ÓPERAS, UM MUNDO MARAVILHOSO

Ópera  é um gênero   artístico  teatral que consiste em uma composição dramática em que se combinam música instrumental e canto, com presença ou não de diálogo falado. Os cantores são acompanhados por um grupo musical, que em algumas óperas pode ser uma orquestra sinfônica completa.São inúmeras as óperas divulgadas em todo o mundo, através dos tempos.
Eu tentarei apresentar aqui, algumas dessas preciosidades, mostrando detalhes, particularidades de cada uma delas. Posso garantir que todas são...inesquecíveis!









     AS   BODAS  DE  FÍGARO




Ópera bufa em quatro atos de Mozart, com libreto italiano de Da Ponte, extraído da obra de Beaumarchais (Viena, 1786).
A personagem de Fígaro foi criada pelo francês Pierre Augustin Caron de Beaumarchais, que era professor de música dos filhos do então rei da França Luís XV.
Caron escreveu, nos finais do século XVIII, três comédias para teatro:
-O Barbeiro de Sevilha ( 1775)
-As Bodas de Fígaro ( 1784)
- A Mãe Culpada ( 1792), partilhando as duas primeiras obras mencionadas a personagem de Fígaro.
Beaumarchais  tinha uma sólida finaceira a qual lhe permitia efetuar muitas viagens, nomeadamente a Espanha, em 1764.
A obra O Barbeiro de Sevilha, foi transformada em ópera por Giovanni Paisielo, no ano de 1782, cuja  estreia aconteceu em São Petersburgo.
Mais tarde, foi orquestrada para uma outra ópera, com o mesmo nome, por Rossini.
As Bodas de Fígaro fora imrtalizadas pela ópera, em quatro atos de Wolfgang Amadeus Mozart, estreada em 1786, na cidade de Viena,com libreto italiano, escrito por Lorenzo da Ponte. Esta história é uma continuação da vida de Fígaro, iniciada em O Barbeiro de Sevilha, na qual Fígaro é barbeiro e, inteirando-se dos amores do Conde de Almaviva e de  Rosina, resolve unir o casal.
A trama das Bodas de Fígaro, situada 30 anos depois da ação de O Barbeiro de Sevilha começa com os preparativos do casamento de Fígaro, serviçal do Conde Almaviva)com a bela donzela Susana que trabalha para a condessa Rosina.
Fígaro fica ofendido  quando Susana lhe conta que o Conde pretende exercer o direito de " pernada", direito ancestral que consistia em tomar o lugar do noivo na noite de núpcias, costume muito comum nos tempos medievais e exercido pelos nobres sobre suas criadas.
Fígaro resolve enganar o Conde.
Começa por se apresentar no palácio com um grupo de camponeses que homenageiam o Conde, atirando-lhe pétalas de rosas aos seus pés, por este ter, alegadamente, eliminado o direito de " pernada".
O Conde desconfia e resolve enganar Fígaro também!
Entretanto, a Condessa confessa a Susana que gostaria de recuperar a paixão de seu marido.
Susana conta-lhe as insinuações do Conde relativas a ela própria, assim como os ciúmes que o Conde possui da Condessa por causa dos amores que esta dedica ao seu criado Querubim.




Fígaro urde o plano de enviar um aviso ao Conde, dizendo-lhe que a Condessa tem um amante com quem irá se encontrar a noite. Querubim se disfarça de Susana  para, mais tarde, juntar-se ao Conde que, pensando ter Susana, julgará estar, ao mesmo tempo, a vingar a sua honra.




O Conde, por se encontrar os aposentos da Condessa fechados a chave fica muito irritado, enquanto esta e Susana disfarçam Querubim.
Segue-se uma cômica troca de pessoas que culmina com a revelação da Condessa que afirma ser Querubim se encontrava fechado em seu toucador, mas quando o Conde abre a porta quem encontra é Susana. 
A Condessa e Susana condessam ao Conde que a carta enviada por Fígaro é falsa mas este continua a desconfiar de Querubim.



A data das bodas estava se aproximando e o Conde, que também suspeitava da trama de Fígaro, diz a Susana que Fígaro deve dinheiro a Marcelina e que, portanto, ele terá de se casar com ela. Susana quer entregar o dote que o Conde lhe deu para desobrigar Fígaro, mas o Conde lembra-lhe o direito de " pernada", implícito na promessa do dote.
Entretanto, no momento da decisão, uma tatuagem no braço de Fígaro faz com que ele seja identificado como  filho  desaparecido de Marcelina e Bártolo, que lhe perdoam a dívida e abençoam  seu casamento com Susana.
Com algumas peripécias engraçadas a peça termina com o casamento de Fígaro e Susana e com o Conde ajoelhado aos pés da Condessa pedindo-lhe perdão e renovando o seu amor.
Em termos musicais, a ópera de Mozart, composta em 1785, apresenta na Abertura, a sua parte mais famosa, introduzindo, pela primeira vez, o clarinete numa orquestra sinfônica e usando um tempo extremamente rápido, oprestissimo, que era dificilmente executado na época.
O tempo da música acompanha desta forma, o ritmo alucinante da narrativa encadeada de intrigas e situações cômicas que se sucedem  como uma avalanche.

Fonte:As Bodas de Fígaro. In Infopédia . Porto: Porto Editora, 2003-2014.
Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$as-bodas-de-figaro>.





O QUE VEM A SER ÓPERA BUFA?


A ópera bufa , também conhecida como commedia per musica ou divertimento giocoso, se refere a versão italiana da  ópera cômica.. A sua origem estava ligada a desenvolvimentos musicais e literários que ocorriam em na cidade de Nápoles no início do  século XVIII, de onde se espalhou para Roma e norte da Itália.
Distingue-se da ópera-cômica (produzida mais tarde na França) onde o diálogo é falado. Na ópera cômica a ação não é sempre cômica, como exemplos: "Les Deux Journées" e "Carmen". "O Barbeiro de Sevilla", de  Rossini  é um exemplo de ópera bufa.
A ópera-bufa era de caráter ligeiro e burlesco, mantendo grande parte do efeito dramático, mas frequentemente se convertia em vulgar e meramente comum. O diálogo por meio de recitativos, fora tarde modificado com a introdução de  árias, duetos e corais. Estilo de ópera se tornou popular em  na cidade de Nápoles onde dava aos cantores oportunidades para exibir suas técnicas vocais.

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Ópera em três atos, libreto de N.Tate baseado na obra do poeta Virgilio;  direção e música de H.Purcell ( 1689).
Destinada a um colégio de moças, teve a sua primeira apresentação na Escola para Meninas de Josias Priest, na cidade de Londres, em 1688. essa partitura realizou uma síntese bem sucedida da estática de Lully e da arte vocal italiana, junto a um lirismo inglês muito pessoal.




A história é baseada no livro IV de "Eneida", do poeta romano Publio Virgílio, onde retrata o amor da Rainha de Cartago Dido, pelo herói troiano Enéias, que a leva ao desespero quando é abandonada por ele.


O ponto culminante da obra  continua sendo a cena da morte de Dido.

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Mimi, uma pequena florista, apaixona-se por um poeta, Rodolfo, que, demasiado pobre para cuidar da jovem, atacada de insidioso mal,  renuncia a ela, deixando-a com um ricaço.



Mas. à hora da morte, Mimi volta para junto de Rodolfo; segurando entre as mãos o regalo que ele lhe dera, cerra os olhos para sempre, pensando no frio sótão que vira nascer seu amor.










A glória e a riqueza só surgiram na vida de Puccini após o sucesso  de Manon. Em poucos anos a familia Puccini mudou-se para uma vila as margens do Lago Massaciuccoli, um povado de 120 casas, que se chamava Torre del Lago. O local era encantador, a caça abundante de gaivotas e outras aves aquáticas, como galinholas e narcejas, enfim, um lugar ideal para o maestro, pois sua paixão pela caça ali se satisfazia e sua alma de cmpositor podia encontrar beleza, calma e sugestividade.
Neste belo recanto do mundo, Giacomo Puccini viveu sua " Bohéme"! E, dizer-se que viveu é mais exato porque, enquanto musicava os versos que Illica e Giacosa lhe tinham  traduzido da pitoresca obra-prima de Henri Murger, Giacomo conseguira reunir em torno de si uma comitiva de boêmios, com os quais vivia o clima de sua ópera. A " Bohéme" foi terminada e apresentada em 10 de fevereiro de 1896, no mesmo teatro Régio, de Turin, que assistira o sucesso de Manon.
Naquela noite, porém, a crítica foi severa e "Boheme"  definida " a ópera que não seria mais apresentada". Todavia, Mimi, a pequena florista, que caira e cheio no mundo despreocupado dos artistas e que se enamorara perdidamente do poeta Rodolfo, comoveu  público, que chorou e aplaudiu, e a ópera, apesar das severas críticas, permaneceu em cena por muitos e muitos dias, esgotando lotações no " Régio".
Depois, foi apresentada na Sicília; finalmente, transpôs mares e fronteiras e por toda parte foi recebida como a uma obra-prima.
Giacomo acompanhou sua criatura ao Egito, Londres e Paris. A vida social, as recepções, as frivolidades, porém, não tinham sido feitas para ele.
Puccini não nascera para aquela vida, que começou a exasperá-lo!
Por isso, voltou à Torre del Lago, à sua terra, para poder reiniciar suas caminhadas, com a espingarda ao ombro, cigarro nos lábios, simples e franco, como era o seu natural. Voltou ao piano, com redobrada inspiração.





                    MANON  LESCAUT

Manon Lescaut é uma ópera em quatro atos de Giacomo Puccini, com libreto baseado na novela do Abade PrévostL'Histoire du Chevalier des Grieux et de Manon Lescaut. Estreou em 1° de fevereiro de 1893, no Teatro Régio de Turim.



Manon, moça belíssima, mas muito frívola, é deportada para as Guianas.
Segue-a, em seu trágico destino, superando toda a sorte de dificuldades, o cavaleiro Des Grieux, que recebe o último suspiro da mulher que ele amara apaixonadamente.











Giacomo  precisava de um bom libreto, escrito por  um bom poeta; auxiliado por Giulio Ricordi, procurou-o e encontrou-o, no jovem peta Illica e, mais tarde, também em Giacosa. Foram muitos, entre os quais ele próprio, a transformar em poesia o drama de Manon, que já fazia seis anos, Massenet traduzira em música. O libreto desta ópera, de fato, permaneceu sem assinatura.
O drama de Prévost viu uma luz nova, graças a Puccini, e sua apresentação, em fevereiro de 1893, no Teatro Régio, de Turim, obteve êxito total e entusiasmante. No doloroso epílogo da ópera, o maestro introduziu a triste composição " Os crisântemos", que ele mesmo escrevera para a morte de Amadeo de Sabóia.

DETALHES:

Puccini trabalhou três anos na composição desta ópera. Em janeiro de 1890, Puccini escreveu a seu irmão em Buenos Aires: Eu estou trabalhando na Manon, e depois vou fazer o Buda. A partitura ficou pronta em novembro de 1892. Primeiro, Puccini convidou Ruggero Leoncavallo para ser seu libretista. Ele logo se desentendeu com Leoncavallo, e chamou Marco Praga para trabalhar no libreto. Luigi Illica, Giuseppe Giacosa e o editor Giulio Ricordi também deram uma mão, mas parece que, no final das contas, o próprio Puccini escreveu grande parte do libreto. Às vezes, ele mandava seus libretistas escreverem versos para a música que ele já havia composto. A certa altura, ele escreveu a sua irmã Tomaide: Este libreto está me levando ao desespero. Mandei escreverem tudo de novo. Não se consegue mais achar um poeta que faça alguma coisa decente. Uma outra fonte de dificuldades está no fato de que Puccini queria evitar ao máximo utilizar as mesmas cenas do romance que já haviam sido tratadas por Massenet . A partitura foi publicada pela Ricordi em 1893, sem nome de libretista.

Com o passar dos anos, Puccini comporia outras obras musicais que caíram mais no gosto do público. No entanto, Manon Lescaut foi, provavelmente, a ópera que projetou Puccini à fama e, a partir daí, muitos italianos passaram a considerá-lo como sucessor de Verdi. É uma partitura extremamente rica e complexa. Este último ato, por exemplo, não tem atrativo cênico algum. O cenário é um deserto, não há qualquer movimentação ou elemento visual que nos possa distrair. A atenção fica toda concentrada na música de Puccini.

PRIMEIRO ATO:
Um pequeno hotel à beira da estrada em AMIENS, na França.
À porta da hospedaria há um belo jardim com mesas ao ar livre, onde os viajantes bebem cerveja, jogam cartas, conversam. Edmondo, um jovem estudante, recita uns versinhos burlescos e picantes para umas jovens donzelas, quando chega seu amigo Des Grieux, que parece um pouco sério e preocupado. Edmondo lhe pergunta se ele está apaixonado. Des Grieux responde ao amigo que o amor é uma espécie de comédia ou tragédia na qual ele não está nem um pouco interessado.
Chega um coche de ARRAS, do qual descem vários passageiros, entre os quais uma jovem de rara beleza, que imediatamente chama a atenção de Des Grieux; junto com ela estão seu irmão, Lescaut, sargento da guarda real, e um senhor que eles conheceram durante a viagem, chamado Geronte. O jovem e o velho entram na hospedaria e conversam com o dono; enquanto isso, a jovem senta-se sozinha num dos bancos do jardim, com uma pequena bagagem de mão e um olhar triste mas doce. Des Grieux não resiste à tentação, aproxima-se da jovem e pergunta como ela se chama. "Chamo-me Manon Lescaut," diz ela, e explica que vai dormir naquele hotel só por uma noite, e partirá na manhã seguinte para um convento. É desejo do pai que ela seja uma freira. A curta conversa dos dois, contudo, mostra claramente que este não é o desejo da jovem. Ouve-se a voz do irmão chamando Manon de dentro da hospedaria. "Ver-nos-emos mais tarde?" pergunta Des Grieux. Ela responde que sim. "Eu nunca vi uma mulher como esta," exclama ele numa ária, Donna non vidi mai simile a questa que exprime a paixão por Manon que acaba de despertar nele. Des Grieux concebe um plano: raptar Manon e levá-la para Paris. Só que o velho lúbrico, Geronte, teve a mesma idéia. Lá dentro da hospedaria, ele oferece uma boa soma em dinheiro ao dono da mesma para que prepare uma carruagem dentro de uma hora, pronta a partir voando para Paris. Edmondo, que entreouviu a conversa de Geronte com o dono da hospedaria, vem correndo avisar Des Grieux. Chega Manon, como prometeu, e Des Grieux e Edmondo contam a ela que o velho pretende raptá-la. Des Grieux convence Manon a fugir com ele. Eles fogem na mesma carruagem que Geronte havia ordenado. Quando Geronte percebe que lhe passaram a perna, fica enfurecido, mas Lescaut o consola. Afinal, diz ele, bolsa de estudante logo fica vazia. Os dois seguem para Paris.

SEGUNDO  ATO:
Assim como Lescaut previra, o caso de amor entre Manon e Des Grieux não durou muito tempo. Assim que as condições materiais de subsistência do jovem casal desceram ao nível do PROLETARIADO, não foi difícil convencê-la a instalar-se na mansão do velho indecente. Nós a vemos cercada de luxo, com cabeleireiros, costureiros, peruqueiros, e um batalhão de criados satisfazendo seus mais ínfimos caprichos - chegou a hora dos minuetos e pó-de-arroz, dos quais Puccini havia acusado Massenet - talvez inescapáveis, em se tratando da Manon. Chega seu irmão Lescaut. Numa ária, In quelle trine morbide, ela exprime seu enfado com aquela vida vazia. Lescaut conta que seu amigo Des Grieux não para de importuná-lo: onde está Manon? Onde vive? Com quem fugiu? Lescaut vai buscar Des Grieux, que entra pela janela. Nem é necessário dizer que, quando eles estão no auge dos amassos amorosos, Geronte entra no quarto, arregala os olhos, abre bem a boca, põe a mão na cara num gesto de estupefação, e se retira do quarto. Manon e Des Grieux pretendem fugir; Manon enche a bolsa de jóias roubadas que ela pretende levar consigo. Geronte chamou a polícia; a casa está cercada. Policiais entram no quarto. A bolsa cai da mão de Manon e se espatifa no chão, esparramando todas as jóias. Manon é presa.

TERCEIRO  ATO:

O porto francês de  Le Havre
Manon é processada por PROSTITUIÇÃO , e agora deve enfrentar o destino de todas as prostitutas: deportação para a  AMÉRICA. O comandante do navio vai lendo um por um os nomes de todas as prostitutas "convidadas" a subir a bordo do navio para a deportação: Rosetta… Madelon… Claretta… Ninon… Violetta… Manon! Ao ouvir o nome de sua bem-amada, Des Grieux cai aos pés do comandante do navio e, chorando, canta para ele uma ária de  tenor, suplicando a ele que o deixe embarcar como descascador de batatas. "Vai, meu rapaz! Vai povoar a América" diz o comandante.

QUARTO  ATO;
Um deserto na lUISIANA , perto de NOVA ORLEANS.
Numa região constantemente devastada por  furacões e inundações., Manon e Des Grieux fogem de Nova Orleans, em busca de água e comida. Eles cantam um longo dueto de amor. Des Grieux se afasta um pouco para ver se avista alguma caravana ou algo parecido. É então que Manon canta sua famosa ária, Sola, perduta, abbandonata, um verdadeiro teste para as habilidades dramáticas e musicais das melhores sopranos. Parece que o pior pesadelo de Manon tornou-se realidade: ela vai morrer sozinha, abandonada por todos. Des Grieux retorna, e Manon morre feliz nos braços dele. A cortina cai.


FONTE: 
OS GRANDES COMPOSITORES
WIKIPÉDIA
VIDA DE PUCCINI..
LAROUSSE
LELLO UNIVERSAL
ENCICLOPÉDIA TRÓPICO ...VOLUME III....DOC.148






Tosca é uma ópera em três atos de Giacomo Puccini, com libreto de Luigi Illica e Giuseppe Giacosa, baseado na peça de mesmo nome de Victorien Sardou. Estreou no Teatro Costanzi de Roma, a 14 de janeiro de 1900.




Sua heroína,desta feita, não seria uma criatura tímida e reservada, mas, sim, uma esplêndida cantora, Tosca, que se enamora de um pintor, Mário Cavaradossi, ao vê-lo pintar afrescos para uma igreja.





De Tosca, também está enamorado Scárpia, o chefe de polícia de Roma, o qual, sob pretexto de que tomara parte em uma conspiração, manda prender Mário e condena-o à morte.



Tosca, desesperada, promete à Scárpia abandonar o homem amado, contanto que o chefe de polícia lhe poupe a vida, dando-lhe um salvo-conduto.







Ao ter o documento nas mãos, Tosca apunhá-la Scárpia e corre para junto de Mário, a fim de fugirem juntos.








Mário, porém, é fuzilado e Tosca atira-se no rio Tibre, do alto das muralhas do Castelo de Santo Ângelo.






Como se difundira o boato de que Giacomo Puccini pretendia musicar essa peça, seus adversários passaram a murmurar que o maestro se dedicava à música fácil. Como resposta, Giacomo retirou-se para Chiatri, uma vila isoladíssima e deu início ao seu duríssimo trabalho. Quando terminou a ópera, todavia, já a amava e tinha confiança nela. Levou-a, ainda fresca, e nova em folha para a estréia no Teatro Constanzi, de Roma. Era o dia 14 de janeiro de 1900, na aurora do novo século.Poucos minutos antes do início do espetáculo, um comissário de Segurança Pública aproximou-se de Mugnone, diretor da orquestra e disse-lhe que, ao primeiro tumulto, interrompesse a execução da ópera e tocasse a Marcha Real. Mugnone guardou só para si a notícia e subiu ao estrado: levantou o pano de boca; e eis que surge um borborinho na platéia. A música ficou parada no ar, a batuta do maestro bateu na partitura e estava para levantar-se de novo e dar início à Marcha Real, quando ficou bem patente que o incidente fora motivado por perturbadores retardatários e pontualíssimos espectadores, ansiosos por ouvirem a nova música.
Com a testa banhada de suor, o maestro Mugnone recomeçou a " Tosca" e regeu-a até o fim, com clamoroso sucesso.

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Madama Butterfly é uma ópera em três atos (originalmente em dois atos) de Giacomo Puccini, com libreto de Luigi Illica e Giuseppe Giacosa, baseado no drama de David Belasco, o qual por sua vez se baseia numa história escrita pelo advogado americano John Luther Long. Estreou noteatro Scala de Milão a 17 de fevereiro de 1904. É sobre um tenente da marinha que se apaixona por uma gueixa.

O Japão era um país quase totalmente isolado do resto do mundo, até que por volta de 1870 um presidente americano mandou uma expedição de reconhecimento a Sua Majestade Imperial, cujo intuito era forjar laços de amizade com o Império do Sol Nascente. Nas décadas que se seguiram, vários oficiais da marinha americana visitaram o Japão e contraíram matrimônios temporários com jovens japonesas. A história de Cio-Cio-San (Butterfly, ou Borboleta), portanto, se baseia em fatos reais, e descreve as trágicas consequências de um desses matrimônios contraídos com leviandade.




PRIMEIRO  ATO:
Benjamin Franklin Pinkerton, oficial da marinha dos Estados Unidos em Nagasaki, acaba de fazer um excelente negócio: comprou não somente uma casa na colina, com vista para o mar e o porto de Nagasaki, mas também leva de brinde uma gueixa, Cio-Cio-San, garota de apenas quinze anos de idade, que irá morar com ele na casa. Goro, o agente imobiliário e matrimonial, mostra a Pinkerton sua nova casa, quando chegam Suzuki, sua nova serva, aia de Butterfly, e Sharpless, cônsul dos Estados Unidos em Nagasaki. Pinkerton oferece um uísque ao amigo, e explica a ele o negócio que acaba de fazer. Sharpless o adverte, porém, de que seria um grande pecado machucar os sentimentos da garota, que parece acreditar na seriedade desse casamento e está perdidamente apaixonada por ele. Pinkerton, numa atitude discriminatória e ignorante, ergue um brinde ao dia em que se casará de verdade com uma esposa americana.



Chega Butterfly com suas amigas, que cantam um hino à beleza da paisagem e à ternura das garotas do Japão, enquanto Cio-Cio-San canta seu amor por Pinkerton. Chegam convidados, os parentes todos de Butterfly, com exceção do tio, um monge budista que se opõe a esse casamento. Butterfly, porém, confessa que visitou a missão americana em Nagasaki e se converteu à religião de Pinkerton - prova da sinceridade dos seus sentimentos.



A cerimônia de casamento de Butterfly e Pinkerton é interrompida pela chegada do tio bonzo, que ficou sabendo que Butterfly havia renunciado à fé dos seus antepassados, e lança uma maldição contra ela. Butterfly chora, mas é consolada pelo marido. Os convidados se retiram, e Butterfly e Pinkerton estão finalmente a sós. A noite cai. Segue-se um dueto de amor entre ambos.




SEGUNDO  ATO:

Pinkerton regressou aos Estados Unidos; prometeu, porém, que voltaria "quando os pintarroxos fizerem os seus ninhos." Já se passaram três anos. Butterfly chora, e Suzuki reza o tempo inteiro, ajoelhada diante da imagem do Buda. Suzuki diz a Butterfly que suspeita que seu marido não voltará mais. "Não se preocupe,minha amiga Suzuki,pois meu bem amado voltará.Será que você não tem fé?", responde Butterfly. Ela chora, mas não perde a esperança: Un bel dì vedremo - um belo dia veremos um fio de fumaça no horizonte - o navio de Pinkerton!



Chega Sharpless, que traz uma carta de Pinkerton para Butterfly, cujo objetivo é prepará-la para o golpe que ela vai receber, ao saber que ele se casou com uma americana. Butterfly lhe pergunta quando fazem seus ninhos na América os pintarroxos. "Não sei," responde Sharpless, "nunca estudei ornitologia." Logo após chega Goro, trazendo um novo candidato à mão de Butterfly: o Príncipe Yamadori, homem rico e perdidamente apaixonado por Butterfly. Butterfly o repele com zombarias, reafirma que está casada com Pinkerton, e manda o príncipe e o insolente nakodo embora de sua casa.
Sharpless começa a ler a carta, mas não consegue terminar


 a leitura, porque Butterfly o interrompe o tempo todo com manifestações de carinho e fidelidade ao marido, e ele também não tem coragem de revelar-lhe a rude verdade. Num gesto brusco, ele fecha a carta, a põe de volta no bolso, e pergunta a ela o que ela faria se ele não voltasse. Voltaria a ser gueixa, responde Butterfly; ou, melhor ainda - "me mataria." Sharpless pede a ela que pare de alimentar ilusões e aceite a proposta do rico Yamadori.




 Sentindo-se ultrajada, Butterfly mostra a ele o filho que ela teve com Pinkerton, cuja existência tanto o cônsul como Pinkerton ignoravam. Sharpless promete escrever a Pinkerton para revelar a ele a existência desse seu filho, e se retira.



Lá fora, Suzuki golpeia Goro, acusando-o de espalhar calúnias a respeito do filho de Butterfly, dizendo que ninguém sabe quem é o pai do garoto.
Ouve-se um tiro de canhão vindo do porto. Uma nave de guerra! Butterfly olha com seus binóculos e lê o nome do navio: é o Abraham Lincoln, o navio de Pinkerton. Suzuki e Butterfly decoram a casa com flores primaveris, para aguardar a chegada de Pinkerton (Scuoti quella fronda di ciliegio, o famoso Dueto das Flores). Sem poder dormir, Butterfly esperará a noite toda pelo marido.





TERCEIRO ATO:


Butterfly, que não dormiu a noite inteira, canta uma cantiga de ninar para o filho, que adormece nos seus braços. Suzuki aconselha a ela que durma também; quando Pinkerton chegar, ela virá despertá-la. Exausta, ela por fim cai no sono. Falta pouco para amanhecer quando batem à porta; Suzuki vai atender, são Sharpless e Pinkerton. Pinkerton, ao ver todas as flores e ao ouvir de Suzuki como Butterfly o esperou todos esses anos, é tomado de um súbito remorso. De repente, Suzuki nota uma mulher no jardim, e pergunta quem é ela. Sharpless não aguenta mais essa farsa e conta-lhe toda a verdade. Suzuki leva as mãos ao rosto e diz: "Santas almas! Para a pequena, o sol se apagou!" Sharpless pede a Suzuki que vá ao jardim falar com Kate Pinkerton. Enquanto isso, este último, possuído por um remorso avassalador, por fim reconhece que foi naquela casinha pequenina que ele conheceu a verdadeira felicidade (Addio, fiorito asil). Pinkerton sai correndo; ele não tem coragem de enfrentar a jovem cuja vida ele destruiu.



Butterfly desperta e, ao sair do quarto onde estava dormindo, entra na sala e se depara com Sharpless, Suzuki, e uma mulher estranha. Suzuki chora. Num átimo, Butterfly compreende tudo. "Não! Não me digam nada. Eu já sei. Aquela é a mulher de Pinkerton?" Kate pede a ela que lhe entregue o seu filho. "Serei como uma mãe para ele." Butterfly promete que o entregará dentro de meia hora. Sharpless e Kate se retiram, e Butterfly pede a Suzuki que vá buscar seu filho. Enquanto isso, ela retira de um baú um punhal, com o qual seu pai havia cometido seppuku, também conhecido como hara-kiri, um suicídio ritual japonês, e lê a inscrição: "Com honra morre aquele que não mais com honra viver pode." Suzuki volta com o garoto, e Butterfly pede a ela que a deixe a sós com ele. Ela beija ternamente o seu filho, e pede a ele que nunca se esqueça da sua mãe japonesa. Venda os olhos do menino, dá-lhe uns brinquedos para que brinque, e enfia a faca no  próprio ventre. É o fim.







Depois do sucesso da " Tosca", Puccini compôs " Madame Butterfly".
Fala sobre a história de uma delicada e romântica japonesinha, que foi à cena em 17 de fevereiro de 1904, no " Scala" de Milão.Naquela mesma noite, a meiga e apaixonada criatura retirou-se, ferida e mortificada, e acabou no gabinete de Giulio Ricordi, que não mais desejava enfrentar a indiferença do público. Giacomo, entretanto, não se deu por vencido: lançou-se outra vez ao trabalho, modificou a peça e exibiu-a de novo no " Teatro Grande", de Bréscia, poucos meses depois exatamente em 28 de aio.
A ópera teve a sua desforra, com estrepitosos aplausos e olhos banhados de lágrimas.


Fonte: Enciclopédia Trópico ...documentário 148...volume III
Lello Universal
Wikipédia



                        Sóror  Angélica




Suor Angelica (título original em italiano , em espanhol , Angelica) é uma ópera em um ato com música de Giacomo Puccini e libreto em italiano por Giovacchino Forzano .




Tendo tido um filho, uma jovem solteira é obrigada, pela rígida disciplina da
famila da a ingressar num convento.
Chegando a saber, um dia, que seu filho morrera, Sóror Angélica, tomada de desespero, envenena-se.Mas. logo depois, arrependida de seu gesto, enquanto a vida lhe foge, invoca Nossa Senhora, para que a salve por amor ao filho seu.


ATO ÚNICO:

A ação da peça se passa em um convento italiano perto de Siena , na segunda metade do  século XVII .
A ópera começa com cenas mostrando aspectos típicos da vida no convento - todas as irmãs cantam hinos, todos se reúnem para brincar no quintal.As irmãs se alegram, porque, como explicado pela mestra de noviças, esta é a primeira de três noites a cada ano o sol atinge a fonte e a água vira ouro.Este evento faz com que as irmãs  se lembrem  que uma das  irmãs  morreu, Bianca Rosa. A irmã Genevieve sugere que eles jogam um pouco da água de ouro sobre seu túmulo.
As freiras, então, discutir os seus desejos - ninguém quer entender que qualquer desejo é errado, mas a irmã Genevieve confessa que ela quer ver cordeiros novamente porque ela costumava ser pastora quando  menina, e a irmã Dolcina quer algo bom para comer. Angélica diz que ela não tem nenhum desejo, mas assim como ele diz, as freiras começam fofocando.  Angelica mentiu, porque seu verdadeiro desejo é saber algo sobre sua família, rica e  nobre, de que ela não ouviu nada em sete anos. Segundo rumores, ela foi enviada para o convento como punição. Angélica vive em um exílio infeliz por ordem de sua família, que desaprovava seu caso extraconjugal, o que resultou em um filho. Ela anseia pelo filho desconhecido e tia odeia a causa de seu confinamento. Angelica é dedicada ao cuidado das flores.




A conversa é interrompida por enfermeira Irmã, que pede a Irmã Angélica para fazer um remédio com ervas - especialidade da irmã Angélica. Fontes de chegar ao convento, bem como a notícia de um grande treinador está esperando do lado de fora do convento. Angelica imediatamente se torna nervoso e triste, pensando justamente que alguém da sua família veio para visitar. A abadessa repreende Irmã Angélica para ela impróprio emoção e, em seguida, foi enviado para anunciar ao visitante, a princesa, tia da irmã Angélica.
A princesa explica que sua outra sobrinha, a irmã mais nova Angelica, vai se casar, algo que era quase impensável após a gravidez escandalosa Angelica. Ele traz um pergaminho Irmã Angélica deve assinar renunciar a sua herança. É uma prova de que os bens da família estão divididos. Angélica responde que ela se arrependeu de seu pecado, mas há uma coisa que não pode oferecer um sacrifício à Virgem, que ela não pode esquecer a memória de seu filho ilegítimo que foi tomada há sete anos. Princesa se recusa a falar, mas finalmente tem sua sobrinha palavras impiedosas: seu filho morreu de febre há dois anos. Angelica, devastada, assina o documento e cai em lágrimas. A princesa foi embora.



Sozinha nas sombras da noite,  com lembranças de seu filho com ternura evoca uma oração desolada. É preso por uma visão celestial - pensa ela ouve  seu filho chamá-la a encontrá-lo no paraíso.
Em um momento de exaltação, ela  bebe uma poção  feita por ela mesma, mas percebendo que ele tenha cometido uma tentativa de  suicídio e sendo um pecado mortal  não poderá ver seu filho na vida após a morte. Presa de arrependimento, pedindo clemência para a Virgem e, quando ela morre, ela vê um milagre que envolve tudo se torna uma visão mística e reconfortante, coroado pela presença da Virgem Maria e seu filho, levando a freira para o céu.



Após a conclusão do Il tabarro , um jovem libretista, Giovacchino Forzano compositor foi apresentado. Ele contribuiu com duas músicas que, literalmente, conquistou Puccini, incluindo Sóror Angelica. Escrito no início de 1917 a setembro do mesmo ano, a escrita foi interrompida momentaneamente espaços em branco para a terceira parte do tríptico, Gianni Schicchi .



                  GIANNI SCHICCHI




Gianni Schicchi é uma ópera em um ato de Giacomo Puccini, com libreto de Giovacchino Forzano, baseado no Canto XXX do Inferno, da Divina Comédia de Dante Alighieri. Única ópera cômica de Puccini, estreou no Metropolitan Opera House de Nova York, a 14 de dezembro de 1918





Representado em Nova York,  conta um episódio cômico, no qual um falso moribundo dita suas últimas vontades testamentárias, zombando de todos quantos estão ao seu lado.



Florença, 1 de setembro de 1299. Buoso Donati acaba de morrer. Seus parentes, reunidos no quarto em torno ao leito de morte, choram lágrimas fingidas, cada um deles de olho na herança. O falecido é membro da alta burguesia, dono de moinhos e distribuidoras de farinha, fábricas de macarrão e panetone, padarias, etc., sendo as Indústrias Donati uma das empresas mais bem sucedidas de toda a Toscana. Em meio às preces fúnebres e aos prantos, cochicham nos ouvidos uns dos outros: "Ouviste o que dizem em Signa (onde estão situados os moinhos)? " "Parece que ele deixou todos os bens para os frades do convento de Santa Reparata." Este rumor causa alarme entre os membros da família. "Se o testamento já está no cartório," diz o velho Simone, "nada resta a fazer. Mas pode ser que ainda esteja neste quarto." Rebuliço, abrem gavetas, fuçam aqui, fuçam ali, até que Rinuccio, excitado, anuncia: "Achei! O testamento de Buoso Donati!" Fantasia que o tio pode tê-lo deixado rico, permitindo assim seu casamento com Lauretta, a filha de Gianni Schicchi. A leitura do testamento, porém, causa grande decepção entre os Donati. O falecido deixou quase tudo para os frades, e praticamente nada para eles, que começam a chorar - agora sim, lágrimas de verdade. Mas nem tudo está perdido, diz Rinuccio; há uma pessoa que pode nos ajudar. Quem? Gianni Schicchi. Mas ao ouvir tal nome, a velha Zita se enfurece - Nunca! Nunca vou permitir que meu sobrinho se case com a filha desse cidadão, sem eira nem beira, sem dote nem nada, esse forasteiro que chega aqui em Florença e pensa que pode… Mas Rinuccio defende seu futuro sogro, dizendo que ele é um grande jurista, além de muito esperto, e que ele é um desses talentos que, vindos de outras partes, assim como GiottoArnolfo, ou os Medici, enriquecem a vida de Florença (Firenze è come un albero fiorito).



Chega Gianni Schicchi com sua filha Lauretta, e se põe a par da situação. Ele sabe que é detestado naquela casa, mas isto não quer dizer que tenham qualquer pejo em recorrer a ele, agora que estão em apuros. Lauretta, que está perdidamente apaixonada por Rinuccio, pede ao pai que faça algo pelos Donati. "Por essa gente?" diz ele. "Nada! Não faço absolutamente nada!" É então que Lauretta, com sua célebre ária O mio babbino caro consegue amolecer o coração do pai. Gianni expõe seu plano: já que ninguém fora daquela casa sabe que Buoso Donati morreu, que alguém vá à cidade avisar ao tabelião que a saúde do Sr. Donati piorou muito, e que este quer fazer seu testamento. Enquanto isto, o cadáver é escondido, e Gianni Schicchi, cuja semelhança física com o falecido é marcante, além de poder imitá-lo com perfeição com sua voz de falsetto, se põe no leito para a farsa. Assiste-se então a um espetáculo de ganância, sordidez e mesquinharia, quando cada um dos Donati tenta subornar Gianni Schicchi para poder ficar com a maior parte dos bens. Gianni adverte-os, porém, do risco que estão correndo: a pena para a falsificação de documentos em República de Florença é a amputação da mão e banimento perpétuo da cidade, tanto para o perpetrador do crime quanto para seus cúmplices. Addio Firenze, addio cielo divino, io ti saluto con questo moncherino… (Adeus, Florença, adeus céu divino, eu te saúdo com este toco de braço) canta ele, fazendo troça dos parentes.



Chega o notário, com as testemunhas do cartório. O farsante começa a ditar seu testamento. Alguns trocados para os frades, tudo bem. O dinheiro vivo que se encontra na casa, em partes iguais para os membros da família, tudo bem. Mas os Donati ficam estarrecidos quando ele deixa a mula, a casa, os moinhos e as empresas Donati para… "seu devoto amigo… Gianni Schicchi!" Após a retirada dos representantes da lei, há alvoroço na casa dos Donati - que agora é, legalmente, a casa de Gianni Schicchi. A casa é saqueada; roubam tudo que podem: as roupas de seda fina, as jóias, os objetos de arte, a prataria, até mesmo a mobília. Só os dois amantes, Rinuccio e Lauretta, alheios a tudo que se passa em torno deles, cantam seu pequeno dueto de amor. Gianni Schicchi se levanta da cama, então, e pergunta ao auditório se o dinheiro de Buoso Donati poderia ter tido um fim melhor. "Se é opinião de Dante que eu deva ir parar no inferno, se vocês se divertiram, espero que tenham uma opinião melhor…"


     LA   FANCIULLA   DEL   WEST



Posta em cena pela primeira vez no Metropolitan de Nova York, no ano de 1910, renovou seu primeiro e clamoroso sucesso, no " Constanzi" de Roma. A trama da ópera poderia dar vida a um vivaz filme de "Far West":
a protagonista, Minnie, protetora dos " buscadores de ouro", joga, no pôquer, a vida do bandido, a quem ela ama e vence a parada.







La Fanciulla del West nasceu principalmente por causa da colaboração de um músic negro, que levara à Europa os ritmos primitivos do " jazz. Foi encenada com grandiosidade, no " Metropolitan" e alcançou todo o êxito almejado pelo autor. 



Terminada essa ópera, Giacomo Puccini teve mais um ano obscuro e estéril para a  Música. Sua veia parecia exaurida, não encontrava nenhum assunto adequado. Finalmente, compôs Il Tabarro ( O Capote) um episódio quase macabro, feito de traição e ciúmes, que se desenvolveu todo numa barcaça do Sena.





Essa peça foi feita antes de " Gianni Schicchi".




                           VILLI




Le Villi (The Willis or The Fairies) é uma ópera-ballet em dois atos (originalmente um) composta por Giacomo Puccini para um libreto em italiano por Ferdinando Fontana, baseado no conto Les Willis de Jean-Baptiste Alphonse Karr, também utilizado no ballet Giselle.



 A ópera, na sua versão original um ato, foi realizada no Teatro Dal VermeMilão, em 31 maio de 1884.





Depois de ingressar no Conservatório de Música, Puccini foi muito elogiado pelos seus mestres.Saindo-se vitorioso do Conservatório, voltou a Luca, com a promessa de ajuda de seu mestre Ponchielli que, de fato, com muita diplomacia, conseguiu convencer o poeta Fontana a escrever um libreto que Puccini usaria e apresentaria no concurso  do Teatro Ilustrado de Sonzogno.
Obtido o libreto, Giacmo retirou-se para Luca, para junto de sua mãe e iniciou o trabalho. Nasceu, assim a ópera " Villi", com que ele enfrentou o júri. A ópera foi mal recebida, mas somente por causa da pressa, que originou a horrível letra, quase ilegível. 


A primeira derrota foi amarga e aviltante o que fez com que Fontana, já seu amigo, para reanimá-lo, o conduzisse a uma recepção, da qual participavam o maestro Arrigo Boito e o critico  musical Marco Sala. Pediram a Giacomo que tocasse e ele executou " Villi", com o desespero da derrota e com todo o impeto e a ânsia de uma reabilitação. Os convidados ficaram tão impressionados que o próprio Boito abriu uma subscrição entre amigos e admiradores para representar a ópera no Teatro Dal Verme, de Milão. Assim, " Villi" foi de novo à cena, em 31 de maio de 1884 e teve grandioso êxito, de modo que Giacomo pode enviar à mãe este telegrama:
-"Sucesso clamoroso - grandes esperanças- dezito chamadas- repetido três vezes final primeiro ato".


Depois desse triunfo ele se encontrou com Giulio Ricordi, que lhe adquiriu a ópera e encomendou-lhe outra. 










Edgar é uma ópera dramma lirico em três atos (original quatro atos) de Giacomo Puccini com libretto italiano de Ferdinando Fontana, baseado em La Coupe et les lèvres de Alfred de Musset.
 A estreia foi no Teatro alla Scala em Milão a 21 de abril 1889.


A história situa-se na Flandres, no ano da graça do senhor de 1302. Edgar é um homem que se encontra dividido entre dois amores, Fidélia, uma moça pura e casta, e Tigrana, uma moça “fresca”. O primeiro ato começa com Fidélia a oferecer flores a Edgar mas afasta-se quando Tigrana se aproxima. Esta tenta convencer Edgar a voltar para a sua vida antiga de brincadeiras pouco puras mas ele diz-lhe estar apaixonado pela pureza de Fidélia. Irritada Tigrana goza com os aldeões que estão em oração e estes juntam-se para a expulsar. Tigrana corre para casa de Edgar e este defende-a da multidão alvoraçada, a qual os amaldiçoa. Ele sai da vila com ela e a sua casa é incendiada. Frank, um homem que está apaixonado por Tigrana desafia Edgar para um duelo e sai ferido.
O segundo ato começa com Edgar a deixar a casa de Tigrana, cansado da vida de orgias. Tigrana tenta faze-lo regressar e quando está prestes a convence-lo surge um regimento de soldados. Frank é quem os lidera e Edgar aproxima-se e pede-lhe o seu perdão. Vendo como uma oportunidade para se livrar de Tigrana, Edgar alista-se. Tigrana jura então vingar-se dele.
O terceiro e último ato começa com o funeral de Edgar, o qual morreu em batalha. Frank e a multidão relembram Edgar como um herói mas o monge que ouviu a confissão de morte de Edgar denuncia-o e revela a sua antiga vida de orgias e depravação. Facilmente persuadida, a multidão amaldiçoa Edgar. Apenas Fidélia permanece defensora de Edgar. Assim que a multidão sai, Tigrana aparece em lágrimas, aborrecida porque ninguém a está a ver a chorar por Edgar. Frank e o monge tentam convence-la a denunciar Edgar e esta resiste até ao momento em que lhe oferecem jóias. A multidão regressa e o monge conta que Edgar traiu o seu país por ouro e Tigrana confirma esses fatos. Os soldados levantam a campa e descobrem que a urna apenas contem uma armadura. O monge revela que ele é Edgar e que vai partir com Fidelia. Tigrana esfaqueia Fidélia e esta acaba por morrer. Edgar chora sobre o corpo de Fidélia , os soldados prendem Tigrana e a multidão faz uma oração.

 A história é algo simples e ingênua e, quando comparada com as suas ultimas óperas, muito mais desinteressantes.  Esta ópera foi, lamentavelmente, tão poucas vezes levada ao palco. Possui momentos de grande beleza, onde se podem notar algumas frases musicais que mais tarde iriam ser  exploradas mais dramaticamente em óperas como La Boheme e La Rondine. Pode-se  realçar ainda o réquiem.








Enquanto Giacomo Puccini ia recebendo os louros pela sua vitória, sua maravilhosa mãe, a confidente de todas as suas mágoas, estava morrendo serenamente em Luca  e o filho pode apenas receber -lhe, entre lágrimas, o último sorriso. Em seguida, Giacomo fugiu de Luca, ficando algum tempo afastado dali, onde tudo lhe recordava e lhe falava da mãe: sua dor era intensa.



Quando regressou à cidade, foi festejadíssimo pelos amigos; mas a sua volta, sobretudo, dedicada a uma belíssima senhora, que vivia com sua filha Fosca, de cinco anos: a Senhora Elvira que, mais tarde, se tornaria a esposa amorosíssima e a fiel companheira de Puccini. Eles casaram-se e foram residir em Milão.
Tiveram um filho, Antônio e juntos, viveram dias duríssimos, durante os quais Puccini dava lições de piano para equilibrar seu magro orçamento doméstico.
E, nessas aperturas ele compôs " Edgar", sua segunda ópera, que, entretanto não agradou ao público e veio a empalidecer o sucesso obtido com " Villi".



         IL  TABARRO ( O MANTO)




  Il Tabarro (O manto) é uma ópera em um ato de Giacomo Puccini com libreto italiano de Giuseppe Adami, baseado em Didier Gold's La Houppelande. É o primeiro do trio de óperas conhecido como Il trittico. A Estreia foi dada em 14 de dezembro de 1918 no Metropolitan Opera, em Nova Iorque.





Local: A barcaça no Sena em Paris .
Time: 1910.
Fica perto do pôr do sol, em Paris, e os estivadores trabalham descarregando barcaça de Michele. Giorgetta, a esposa de Michele, pede ao marido se  ela pode trazer vinho para os trabalhadores. Ele concorda, mas não se juntar a eles, porque ela  recusa seu beijo. Os estivadores começam a dançar ao som da música de uma vizinha tocador de realejo e um deles pisa no pé de Giorgetta. Luigi, um estivador, dança com ela, e é evidente que há algo entre eles. Ao saber do retorno de Michele encontro dos estivadores se desfaz.




O trabalho está ficando escasso e Giorgetta e Michele discutem qual dos estivadores deve ser descartado, ela prefere que ele seja alguém que não Luigi apesar de ele ser a primeira escolha de Michele. Logo a conversa se transforma em uma luta. La Frugola entra, procurando Talpa, seu marido e um dos estivadores. Ela mostra a todos os frutos de sua eliminação em Paris e repreende os homens pela sua bebedeira. 



 Luigi lamenta sua sorte na vida, e La Frugola canta de seu desejo de um dia comprar uma casa no país em que ela e seu marido pode se aposentar. Giorgetta e Luigi cantar um dueto com a cidade onde eles eram ambos nascidos.
Os estivadores partem exceto para Luigi, que pede Michele para demiti-lo e deixá-lo fora em Rouen , mas Michele a convence-lo contra isso, dizendo que não há trabalho suficiente em Rouen. Quando eles estão sozinhos, Giorgetta pede Luigi por que ele pediu para ser demitido, a para reconhecer seu amor. Eles planejam se encontrar mais tarde naquela noite após o sinal de um jogo ser iluminado on-board. Até agora Luigi parece determinado a matar Michele e fugir com Giorgetta.


Michele pergunta em voz alta se Giorgetta ainda é fiel a ele e pondera que poderia ter mudado tanto.
 Ele analisa a lista de homens que compartilharam em suas vidas, mas rejeita cada um deles como improvável. 
Michele mais tarde relembra com Giorgetta dos dias antes de seu filho morrer e como ele poderia cobrir os dois sob o seu manto. Ele está angustiado sobre ser o dobro de sua idade, ela o conforta, mas ela ainda não vai beijá-lo, e se apaga.



Michele acende o cachimbo e Luigi, vendo-a de longe, pensa que é sinal de Giorgetta. Ele volta para a barca e é confrontado por Michele. 

Na luta que se seguiu, Michele é superior às  forças  de Luigi  e  faz com que ele confesse o seu caso antes de matá-lo e esconder o corpo sob o seu manto. Giorgetta retorna para a barca, fingindo remorso, e Michele escancara o manto para revelar seu amante morto.







A Princesa Turandot deseja por marido um homem tão inteligente que saiba resolver dificílimos enigmas, e tão corajoso que possa dar como penhor sua própria vida.




O filho de um velho cego aceita o desafio; e a este ousado, uma jovem e delicada criatura, Liú, sacrifica a vida, imolando-se para mostrar seu imenso e não correspondido amor.













Giacomo Puccini já atingira a glória tão ambicionada: sua nomeação para Senador do Reino.
Vivia, o maestro, horas felizes em Torre del Lago, entre voos  de aves aquáticas, rodeado de seus entes queridos. Sua inspiração musical, entretanto não estava liquidada; começou a musicar uma espécie de fábula oriental.
A obra, contudo, não estava terminada, existia dela somente um esquema; era necessário ainda descrever o amor da princesa por um ousado cavaleiro e o epílogo feliz.
Infelizmente, Giacomo Puccini precisou interromper o seu trabalho e partir urgentemente para Bruxelas onde, um célebre cirurgião ia tentar libertá-lo do mal que lhe atacara a garganta. Em Bruxelas, a luta contra a doença, depois de longos dias de sofrimento, resignação e esperanças, serenamente vividos, não foi vitoriosa.
Puccini apagou-se e 29 de novembro de 1924, tendo ao lado,  á  hora extrema, seu filho Antônio, sua enteada Fosca e tantas outras pessoas amigas.
Foi transportado para Torre del Lago, para aquela aldeiazinha de 120 casas, para a terra que ele tanto amara. Agora, ele repousa perto de suas coisas; e, sobre o piano, em seu gabinete, o visitante que dele se aproxima religiosamente, talvez ainda sinta adejar, por ali,  grande espirito do imortal compositor.


Mais tarde, o maestro Alfano apanhou a partitura de " Turandot", a ópera inacabada, completou-a e apresentou-a ao público.




A morte de Liú, a orquestra parou, os artistas vieram à ribalta, em atitude compungida, os espectadores puseramse todos de pé:
-Aqui parou Giacomo Puccini! - foram as breves palavras que reboaram no silencio da ampla platéia.



Fontes:  Enciclopédia Trópico...dc. 148...vol.III
                   Curiosidades
                  Larousse





A famosa ópera " O Barbeiro de Sevilha",  antes com o título de Almaviva ou  Inútil Precaução que se inspirou numa comédia de Beaumarchais, apresentada pela primeira vez no ano de 1775, foi escrita pelo compositor italiano Gioachino Antonio Rossini , num tosco banco de jardim, no espaço de vinte dias! É uma obra prima da ópera bufa italiana. Sua estréia data de 20 de fevereiro de  1816 e fez-se em Roma num modesto teatro Teatro Argentina.
Sua abertura foi composta originalmente para outra obra do compositor Aureliano in Palmira e usada posteriormente em Elisabetta Regina d' Inghilterra.



Foi escrita em 4 atos. Segundo alguns autores, essa famosa ópera foi composta em apenas treze dias, para que o seu autor pudesse saldar uma dívida.
Em Veneza, essa ópera subiu a palco mais de cem vezes, em poucas semanas. Rossini inspirou-se na personagem de um barbeiro ao serviço do conde Almaviva.

PRIMEIRO  ATO:
Amanhece. O Conde Almaviva faz uma serenata diante da janela da jovem Rosina, mesmo desconhecendo o nome da donzela a quem canta. Rosina não lhe responde. O Conde ouve ao longe a voz de um homem a cantar: é o barbeiro Fígaro, seu amigo, que estranha vê-lo longe de casa àquela hora. Almaviva explica ao Fígaro o seu intento de cortejar a "filha do médico" que ali mora (embora Rosina seja tutelada e não filha do médico). Prestativo, Fígaro coloca-se à disposição do conde, para ajudá-lo. Ambos ouvem quando Don Bartolo, o tutor de Rosina, diz que vai sair e que no caso de Don Basílio - o professor de música de Rosina e casamenteiro - chegar, devem fazê-lo esperar até a sua volta. Dom Bartolo sonha casar-se com Rosina. Fígaro propõe ao conde que use um disfarce, para entrar na casa de Rosina.
Enquanto isso, o Dr. Bartolo e Basílio discutem uma forma de ficarem livres do conde e chegam à conclusão que o melhor é elaborar um contrato de casamento, já naquele mesmo dia. Fígaro, que ouviu tudo, avisa a Rosina das intenções de Dom Bartolo e informa que o seu primo Lindoro, um estudante está apaixonado por ela - "Lindoro" é, na verdade, o pseudônimo que o conde Almaviva vai usar para aproximar-se de Rosina. Ansiosa, Rosina escreve um bilhete ao conde. Dom Bartolo entra e surpreende o encontro entre o Fígaro e Rosina. Muito desconfiado, Dom Bartolo decide-se por manter Rosina presa em casa.
Entra um soldado (que, na verdade, é o conde Almaviva, disfarçado), e desafia Bartolo para uma luta de espadas. Notando que um pedaço de papel está sendo passado a Rosina, Dom Bartolo exige vê-lo. Rosina troca os papéis e o que ela passa a Dom Bartolo é uma lista de roupas para a lavanderia. Dom Bartolo e o "soldado" discutem acaloradamente, enquanto Fígaro tenta apaziguar os ânimos, dizendo que tamanhos berros podem ser ouvidos pela cidade inteira. Entra um verdadeiro policial que, não conseguindo apurar o que está havendo, retira-se.

SEGUNDO ATO :


Dom Bartolo suspeita de que o policial seja um espião mandado pelo conde. Entra um jovem cognominado "Don Alonso" (novamente, o conde disfarçado), avisando que Basílio estava doente e não podia dar aulas a Rosina, por isso, mandava-o em seu lugar. Avisa a Dom Bartolo que alguém, chamado "Conde Almaviva", o está enganando, mostra-lhe a carta de Rosina como prova, e solicita falar a sós com ela. Dom Bartolo consente. Rosina reconhece Lindoro apesar do disfarce e inicia-se a aula de música, enquanto Dom Bartolo descansa.
O Fígaro chega logo após a aula, e Dom Bartolo exige explicações. O Fígaro diz que ali estava para fazer a barba a Dom Bartolo. Dom Bartolo entrega as chaves para que o Fígaro vá buscar a navalha e o restante material para a feitura da barba. Às escondidas, o Fígaro subtrai uma das chaves do molho que Dom Bartolo lhe entregou. O professor de música Dom Basilio aparece, para espanto de todos. O Fígaro e o conde (disfarçado) passam a afirmar que Basílio está com escarlatina e deve permanecer em repouso. O conde suborna Basílio que acaba por sair.
O Fígaro faz a barba a Dom Bartolo, enquanto o conde e Rosina simulam uma aula de música. O conde combina uma fuga com Rosina. Avisa que o Fígaro já tem a chave da janela e que ambos lá estarão, à meia-noite, para buscá-la. Dom Bartolo ouve a conversa, expulsa o Fígaro e o conde, e procura Don Basílio para avisá-lo de que o tal Dom Alonso que ele mandou para substituí-lo é um farsante. Terminam por deduzir que tanto Dom Alonso quanto Lindoro são disfarces do conde e vão apressar a feitura do contrato de casamento.
Dom Bartolo diz a Rosina que Lindoro brinca com seus sentimentos, e para provar o que lhe diz, mostra-lhe a carta em que Lindoro expõe os planos para a sequestrar e a entregar ao conde Almaviva. Para vingar-se Rosina aceita casar com Dom Bartolo. Cai uma chuva torrencial quando o conde e o Fígaro entram no quarto de Rosina. Rosina quer expulsá-los mas o conde logo se identifica e explica-lhe que Lindoro jamais existiu.
Chega o juiz de paz para celebrar o casamento de Rosina com o conde. Basilio é forçado a ser testemunha do casamento. Dom Bartolo chega com um policial, para prender o Fígaro e o conde, mas Almaviva identifica-se e Dom Bartolo dá-se finalmente por vencido. O Fígaro, o conde e Rosina comemoram.





No dia da estréia  foi um fracasso retumbante: a plateia vaiou e gracejou durante todo o espetáculo, e diversos incidentes prejudiciais ocorreram no palco. Partidários de rivais de Rossini, infiltrados na plateia, incitaram muitas destas manifestações. A segunda performance teve um destino muito diferente, e fez com que a obra se tornasse um grande sucesso. A peça original teve um destino semelhante; odiada a princípio, tornou-se um sucesso depois de uma semana em cartaz.

Rossini pediu antes de morrer que se executassem nos seus funerais uma de suas composições!


Fonte: Curiosidades......
                Wikipédia




Essa notável ópera teatral de Giuseppe Verdi, estreada no ano de 1851, num modesto teatro de Veneza, celebrizou-se por uma de suas árias, La donna è mobile, composta, às pressas, nos bastidores de uma casa de espetáculo, na véspera do ensaio geral da grande ópera.Verdi escreveu-a num caderno de notas todo rabiscado.
É uma ópera em três atos do compositor italiano Giuseppe Verdi, com libreto de Francesco Maria Piave. Estreou no teatro La Fenice deVeneza em 11 de março de 1851. Ópera inspirada na peça de teatro Le roi s'amuse de Victor Hugo. A ópera no entanto desvia ligeiramente da peça, devido à censura imposta. A personagem do Duque era inicialmente o Rei, e alguma parte do texto teve de ser alterado devido ao conteúdo político.




PRIMEIRO ATO:      CENA I
Salão do palácio do Duque de Mântua
No palácio do Duque de Mântua acontece um baile. A música preenche o salão. O Duque conversa alegremente sobre suas aventuras e conquistas amorosas com o cortesão Borsa. Fala, em especial, da sua mais recente aventura: há três meses, uma bela jovem é observada por ele. Mas, até aquele momento, a oportunidade que teve de vê-la foi na igreja, ela desconhece quem ele é. O Duque conta que ela mora em uma pequena vila e um homem desconhecido a visita todas as noites. Entre os convidados estão o Conde e a Condessa de Ceprano. O Duque se encanta com a beleza da Condessa e canta sobre seus amores momentâneos. De um lado, o Duque faz reverências à beleza da Condessa, de outro, o Conde, seu marido, é ridicularizado por Rigoletto, que acaba de entrar. Em seguida entra Marullo, que reúne outros cortesãos para contar um grande segredo: o corcunda Rigoletto, o bobo da corte, tem uma amante! A gargalhada é geral entre todos os presentes. O Duque e Rigoletto retornam. Na presença de Ceprano, Rigoletto insinua maneiras pelas quais o Duque poderia afastar o Conde e, assim, seduzir sua esposa. Rigoletto, quando chega a ponto de sugerir que o Conde fosse executado, o irado Ceprano, embravece num impulso de desafiar um duelo. Outros cortesãos demonstram repúdio e desprezo pelo repugnante e debochado Rigoletto. O Duque, nesse momento, mostra-se irritado. De repente, surge Monterone, que acusa energicamente o Duque de ter desonrado sua filha. Rigoletto, em uma atitude desprezível, faz zombaria do infeliz homem, imitando Monterone. Este jura vingança e amaldiçoa Rigoletto pela atitude indigna, ao rir da mágoa de um pai. Rigoletto, nesse momento, se mostra perturbado e com medo. Todos ficam irritados com Monterone, por ter acabado com a festa.



CENA II
É noite. Beco escuro entre a casa de Ceprano e Rigoletto.
Rigoletto recorda a maldição de Monterone com uma estranha sensação, talvez um mau pressentimento. Aproxima-se Sparafucile, oferecendo seus serviços como assassino profissional. Suas vítimas são atraídas à sua casa por sua irmã, Maddalena. Rigoletto recusa tais serviços, mas aquele encontro o faz refletir. Só, Rigoletto recorda sua vida, as humilhações pelas quais já passou por ser aleijado e bobo da corte. Somente o amor de sua filha, Gilda, o torna mais terno e mais humano. Encontro de Gilda e Rigoletto. Rigoletto está perdido em pensamentos. Ela pede que o pai conte sobre o seu passado, deseja saber o nome da sua mãe. Rigoletto fala das suas desgraças e do amor perdido. Gilda é a única alegria que tem. Energicamente, ele diz para Gilda não sair jamais de casa desacompanhada e reforça o pedido à governanta. Pede a Giovanna que esteja sempre atenta à filha. Rigoletto sai e, sem ser visto, o Duque chega. Suborna Giovanna para deixá-lo entrar. Gilda encontra-se apaixonada pelo Duque, que é belo e jovem e que ela acredita ingenuamente ser um estudante. Gilda nada contou ao pai sobre essa paixão. Nesse encontro, o Duque faz juras de amor. Gilda está encantada e indefesa pelo amor. Ouvem-se os passos de Ceprano e dos outros.
O Duque, que receia ser descoberto, pensa em fugir. No escuro, Ceprano, Marullo e outros cortesãos se encontram com o objetivo de raptar a amante de Rigoletto. Rigoletto chega e pensa que quem está sendo levada é a Condessa de Ceprano, com os olhos vendados. Ele participa da ação ajudando a segurar a escada. Quando partem, Rigoletto tira a venda dos olhos. É tarde. Lembra angustiado da maldição de Monterone.




SEGUNDO ATO:


Palácio do Duque
O ato inicia com o Duque desolado por não ter notícia do seu anjo. O Duque descobriu que Gilda foi raptada. Entra em desespero; deseja encontrá-la para confortá-la. Os cortesãos, com sabor de vitória, contam como prenderam a amante do corcunda. Rigoletto aparece demonstrando indiferença, mas no seu íntimo reina um enorme desespero para encontrar sua filha. Sem querer, com a chegada de um pajem, ele descobre que o Duque está com Gilda. Totalmente fora de si, Rigoletto tenta forçar seu caminho até o Duque. Ele é afastado e, nesse momento, roga para que ela seja liberta. Gilda, em lágrimas, é trazida até o pai. Ela confessa sua ligação com o Duque e que lhe havia tirado a honra. Monterone, ao ser conduzido à prisão, esbraveja contra a impunidade do Duque. Entretanto, Rigoletto jura que haverá, sim, uma vingança. Não existem outros pensamentos para ele, mesmo com as súplicas de Gilda, pois seu único motivo a partir de agora é vingar-se.


TERCEIRO ATO :

Uma hospedaria afastada da cidade. É noite.
Rigoletto, que havia pago Sparafucile para assassinar o Duque, vai com Gilda até um ponto onde poderiam observar tudo que se passa dentro da casa. Gilda, ao longe, vê o Duque, disfarçado, indo ao encontro de mais uma de suas aventuras amorosas. O Duque canta cinicamente a canção que expressa seu desprezo pelas mulheres. Enquanto isso, Rigoletto e Sparafucile planejam o assassinato. Maddalena é chamada e flerta com o Duque. Gilda não tem como evitar a cena do Duque com Maddalena, pois é forçada a olhar. O Duque com Maddalena diverte-se, a corteja. Gilda se amargura com as sombrias ameaças de Rigoletto. Maddalena, com pena do jovem, tenta convencer Sparafucile a matar outra pessoa em vez do Duque. Rigoletto vai embora e pede para que a filha saia da cidade. Gilda retorna, pois fica sabendo dos planos para o Duque e resolve sacrificar-se pelo amado. Ela vai ao encontro de Sparafucile, que se esconde atrás de uma porta aguardando com uma faca o momento para executar o assassinato. A porta se abre. Tudo está escuro. A vítima está escondida em um saco. Muito feliz por estar concretizando sua vingança, Rigoletto está ansioso por jogar o saco no rio, quando, para seu horror, ouve a voz do Duque ao longe cantarolando. Rigoletto abre o saco e vê sua filha agonizando. Ela lhe implora o perdão e morre. Rigoletto está transtornado, infeliz, a maldição de Monterone foi cumprida.







Le Fantôme de l'Opéra (O fantasma da ópera em português) é um romance francês escrito por Gaston Leroux, inspirada no livro Trilby de George du Maurier. Publicada pela primeira vez em 1910, foi desde então adaptada inúmeras vezes para o cinema e atuações de teatro, atingindo o seu auge ao ser adaptada para a Broadway, por Andrew Lloyd WebberCharles Hart e Richard Stilgoe. O espectáculo bateu o recorde de permanência na Broadway (superando Cats), e continua em palco até hoje desde a estreia em 1986. É o musical mais visto de sempre, visto por mais 100 milhões de pessoas, e também a produção de entretenimento com mais sucesso que alguma vez existiu, rendendo 5 bilhões de dólares.

O fantasma da ópera é considerada por muitos uma obra gótica, por combinar romancehorrorficçãomistério e tragédia.



Na obra original de Leroux, a ação desenvolve-se no século XIX, na Ópera de Paris, um monumental e luxuoso edifício, construído entre 1857 e 1874, sobre um enorme lençol de água subterrâneo. Os empregados afirmam que a ópera se encontra assombrada por um misterioso fantasma, que causa uma variedade de acidentes. O fantasma chantageia os dois administradores da Ópera, exigindo que continuem lhe pagando um salário de 20 mil francos mensais e que lhe reservem o camarote número cinco em todas as atuações.


Entretanto, a jovem inexperiente bailarina (e mais tarde cantora) Christine Daaé, acreditando ser guiada por um "Anjo da Música", supostamente enviado pelo seu pai após a sua morte, consegue subitamente alguma proeminência nos palcos da ópera quando é confrontada a substituir Carlotta, a arrogante Diva do espetáculo. Christine conquista os corações da audiência na sua primeira atuação, incluindo o do seu amor de infância e patrocinador do teatro, Visconde Raoul de Chagny.
Erik, o Fantasma, vive no "mundo" subterrâneo que Christine considera um lugar frio e sombrio, onde ela percebe que o seu "Anjo da Música" é na verdade o Fantasma que aterroriza a ópera. Christine descobre também que o Fantasma é fisicamente deformado na face, razão pela qual usa uma máscara para esconder a sua deformidade. Vendo a verdadeira imagem de Erik, ela entra em choque, e Erik decide prendê-la no seu mundo, dizendo que somente a deixará partir se ela prometer não amar ninguém além dele e voltar por vontade própria.
Christine enfrenta uma luta interna entre o seu amor por Raoul e a sua fascinação pelo gênio da personagem do Fantasma, e decide se casar com Raoul em segredo e fugir de Paris e do alcance do Fantasma. No entanto, o seu plano é descoberto e, durante uma atuação da Ópera Fausto de Charles Gounod, Christine é raptada do palco e levada para os labirintos embaixo da Ópera.



Nos aposentos de Erik ocorre o confronto final entre ele, Christine e o Visconde Raoul de Chagny, que é levado até lá pelo Persa, através dos subterrâneos da Ópera, passando pela câmara dos suplícios, onde ambos quase acabam por enlouquecer e enforcar-se com o "Laço de Punjab" (espécie de cordão feito de tripas de gato que Erik usava para matar), e Christine é forçada a escolher entre Erik e Raoul. Christine escolhe Erik, com o intuito de salvar a vida das pessoas da Ópera (já que ele ameaça destruir a Ópera de Paris, colocando muitas vidas em risco, caso Christine escolha ficar com Raoul). Christine diz ainda que concordará em ser a esposa de Erik se ele libertar o Persa e Raoul, ainda presos na câmara dos suplícios. Erik leva o Persa de volta para sua casa, mas mantém Raoul como refém e o encarcera no local mais longínquo dos subterrâneos da Ópera.


Quando Erik retorna para Christine, ela o está esperando como uma verdadeira noiva; ele então se atreve a dar-lhe um beijo na testa, o qual ela aceita sem rejeitá-lo ou demonstrar horror. Esse ato simples trouxe uma alegria imensa a Erik, que pela primeira vez na vida foi tratado como uma pessoa comum. Os dois começam a chorar e Erik diz a Christine que ela pode ir embora e se casar com Raoul, o homem que ela ama, e que ele, Erik, não passava de um cachorro aos seus pés, pronto para morrer por ela. A única coisa que ele pede é que, quando morrer, ela o enterre junto com o anel que lhe havia dado. 

Christine e Raoul vão embora e nunca mais são vistos. Erik morre três semanas depois. O anúncio de sua morte foi feito pelo Persa em um jornal. Anos mais tarde, um esqueleto é encontrado nos subterrâneos da ópera e, junto ao esqueleto, havia um anel de ouro, o mesmo que Erik havia dado a Christine, indicando que ela cumpriu sua promessa.

Fonte: Wikipédia
               Lello Universal



Carmen é uma ópera em quatro atos do  compositor francês Georges Bizet, com libreto de Henri Meilhac e Ludovic Halévy. Baseada na novela homônima de Prosper Mérimée. Estreou em 1875, no Ópera-Comique de Paris.

PRIMEIRO  ATO:
O primeiro ato começa numa praça de Sevilha, onde se situa uma fábrica de tabaco e um quartel. O cabo Morales comenta com os soldados do corpo da guarda, os Dragões do Regimento de Alcalá, a passagem dos transeuntes pela praça. Então, entra em cena uma simples aldeã chamada Micaela, aproxima-se de Morales e pergunta timidamente pelo cabo Don José. Morales responde-lhe que este chegará com a rendição da guarda e convida-a a esperá-lo na companhia dos seus homens, mas Micaela decide retirar-se para regressar mais tarde. Ouvem-se nos bastidores os clarins que anunciam o render da guarda e aparecem em cena os soldados sob comando de Don José, seguidos por um grupo de crianças que os imita com admiração. À sua chegada ao quartel, Morales comenta em tom jocoso a visita da aldeã. Zúniga, um tenente recém-chegado à cidade, interroga, em seguida, Don José sobre a beleza e a duvidosa reputação das cigarreiras da fábrica da praça, mas o cabo manifesta o seu único interesse por Micaela, por quem está apaixonado. O sino da fábrica soa e anuncia o intervalo das cigarreiras, que entram em cena a fumar e a conversar animadamente com um grupo de homens que as espera. A última a aparecer é Carmen, uma bela cigana que seduz todos os homens que encontra à sua passagem. Seguidamente, Carmen canta uma habanera aos presentes, que manifestam a sua admiração por ela, à excepção do indiferente Don José, que é, precisamente, o objeto do seu desejo. Antes de regressar à fábrica, Carmen, em sinal de desafio, atira-lhe uma das suas flores. Depois deste episódio aparece Micaela, que regressa ao posto da guarda e entrega a Don José uma carta da sua mãe, em que lhe pede que se case com a aldeã. Depois de se relembrarem juntos das paisagens da sua infância, Micaela abandona a cena e Don José começa a ler a carta. Ocorre então um tumulto no interior da fábrica; um grupo de trabalhadoras comenta entre gritos que está a haver uma rixa entre as mulheres em que Carmen interveio, tendo ferido outra cigarreira no rosto, com uma navalha. Zuniga ordena a Don José e aos seus homens que prendam a agressora. O cabo sai da fábrica com Carmen e recebe a ordem do tenente de a levar para a prisão. Carmen e Don José ficam sozinhos na praça. A sedutora cigana convence o cabo de que a liberte, promete-lhe o seu amor a assegura-lhe que o esperará na taberna de Lillas Pastia. Don José, alvoroçado, decide libertá-la. Nesse momento volta Zuniga com a ordem de prisão. Don José e Carmen iniciam a caminhada, mas perante os presentes a cigana finge empurá-lo e foge.Don José é preso imediatamente por permitir a sua fuga. Fim do 1º ato.



SEGUNDO ATO:
O 2º ato começa na taberna de Lillas Pastia, suposto ponto de encontro de contrabandistas. Já se passou um 1 mês. Carmen e as suas amigas, Frasquita e Mercedes, jantam com Zúñiga e outros oficias, que rapidamente se juntam às cantigas e danças dos ciganos. Apesar dos convites dos soldados, Carmen recusa os seus pretendentes. Está à espera de Don José que depois de ter sido preso e mandado encarcerar por sua causa, recuperou a liberdade. A seguir, entre manifestações de júbilo, aparece em cena um famoso toureiro chamado Escamillo que, seduzido pela beleza da cigana, lhe declara o seu amor, abandonando depois a taberna com os oficiais. Em cena ficam Carmen, Mercedes e Frasquita sozinhas. Aparecem então os contrabandistas Dancaïre e Remendado, que propõem um negócio às três mulheres. Carmen recusa no início a proposta, mas por fim muda de opinião perante a possibilidade de que seu apaixonado deserte e participe na operação de contrabando. Finalmente, depois da saída dos contrabandistas, Don José chega a taberna e declara o seu amor a Carmen, que tenta convencê-lo de que se junte a ela e aceite o negócio. Don José, ofendido, nega-se, mas o aparecimento repentino de Zúñiga precipita os acontecimentos. O soldado e o tenente enfrentam-se pelo amor de Carmen. Don José, apoiado pelos contrabandistas, subleva-se ao seu superior, que fica sob custódia de alguns ciganos. Obrigado pelas circunstâncias, o soldado vê-se finalmente forçado a desertar e parte com a cigana. Fim do 2º ato.





TERCEIRO ATO:
Num desfiladeiro, os contrabandistas fazem os preparativos para a entrega dos produtos do contrabando, sob a supervisão de Dancaire. É de noite. Carmen cansada do ciumento amor de Don José e, além disso, descontente com a sua nova vida, tenta adivinhar nas cartas o seu futuro na companhia de Frasquita e Mercedes. As cartas revelam um mal presságio para Carmen: A morte. Á saída dos contrabandistas e das mulheres, Don José permanece num penhasco, a vigiar o esconderijo dos seus novos amigos. Da escuridão surge então Micaëla, que com a ajuda de um guia chega ao esconderijo de seu amado Don José com a esperança de o convencer a voltar a casa de sua mãe. Porém um disparo interrompe os seus propósitos. Don José disparou contra um intruso,que sai ileso. É o famoso toureiro Escamillo, que, desconhecendo a identidade do seu interlocutor, lhe conta que está à procura de Carmen, que está cansada do seu amante, um soldado que desertou por ela. Don José, cego de ciúme, desafia o toureiro para uma luta até à morte com navalhas, que é interrompida graças à volta dos contrabandistas. Depois de insultar o desertor e convidar os presentes para as corridas de touros de Servilha, Escamillo abandona a cena. A seguir, Dancaire descobre a presença de Micaëla ,que abandona o seu esconderijo e pede a Don José que a acompanhe porque sua mãe está a morrer. Ele aceita e sai com a aldeã, não sem prevenir Carmen, em tom ameaçador, de que voltará para vir buscar. A cigana não dá importância aos seus avisos, pensando no seu novo objeto de desejo. Fim do 3º ato.





QUARTO ATO:
Em Sevilha, frente à praça de touros, uma multidão espera a chegada dos toureiros. Os vendedores aproveitam a ocasião para oferecer os seus produtos ao público. Aparece então a quadrilha e atrás dela, Escamillo e Carmen. À entrada do toureiro na praça de touros, Mercedes e Frasquita avisam a cigana da presença de Don José, mas ela mostra não ter medo de se encontrar com o seu antigo amante. A seguir, Don José retém Carmen quando tenta entrar na praça, suplicando-lhe que volte com ele. Ela responde-lhe que o seu amor por ele acabou. Do interior da praça soam as vivas a Escamillo. O desertor tenta deter com violência a cigana, mas ela atira-lhe despeitadamente o anel que ele lhe tinha oferecido. Em fúria, Don José enfia uma faca na barriga de Carmen. A multidão que vai saindo da praça assiste à terrível cena. Don José, cheio de tristeza, cai de joelhos junto ao corpo de sua amada Carmen. Fim do 4º ato.

FONTE:
WIKIPÉDIA
LAROUSSE


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Em principi0s d0 sécul0 XVII, D.Ant0ni0 da Maria, fidalg0 p0rtuguês, estabeleceu-se na Serra dos Órgã0s, às margens d0 Ri0 Paqueuqer, 0nde vivia em luta c0ntra aventureir0s e indi0s inimig0s d0s p0rtuguêses, 0s fer0zes Aymorés.
Peri, indi0 g0itacá, ama dedicadamente a sua senh0ra Ceci, filha d0 n0bre lusitan0, pr0tegend0-a de t0d0s 0s perig0s. Após f0rte ataque, em que tud0 f0i indendiad0 e perdid0, D.Ant0ni0 c0nfia a filha a Peri, que a c0nduz a salv0.

Destacam-se na ópera, sua inigualável sinf0nia, 0 Coro d0s Aventureir0s, a balada de Ceci, 0s bel0s e inspirad0s duet0s entre Peri e Ceci.
Não há quem nã0 c0nheça 0s maravilh0s0s ac0rdes de sua estupenda abertura. A ópera ganh0u l0g0 en0rme pr0jeçã0, p0is se tratava de música agradável, c0m sab0r bem brasileir0, 0nde 0s indi0s tinham papel de primeira plana. F0i representada em tda a Eur0pa e na América d0 N0rte.


O grande Verdi, já gl0ri0s0 e c0nsagrad0, disse de Carl0s G0mes, nessa n0ite mem0rável: -Questo givane comincia d0ve finisc0 i0!
E na n0ite de 2 de dezembr0 de 1870, aniversári0 d0 Imperad0r D.Pedr0 II, em grande gala, f0i estreada a ópera n0 Teatr0 Liric0 Pr0visóri0, n0 Ri0 de Janeir0. Os principais trech0s f0ram cantad0s p0r amad0res da  S0ciedade Filarmônica.
 O maestr0 viveu h0ras de intensa c0nsagraçã0 e em0çã0. Dep0is, " O Guarani" f0i levad0 à cena n0s dias 3 e 7 de dezembr0, send0 que, nesta última noite, em benefício do aut0r. Nesta data, 0 maestr0 fic0u c0mhecend0 André Reb0uças. Após 0 espetácul0, h0uve uma alegre " marche au flambeaux", com música até a0 Larg0 da Cari0ca, 0nde estava h0spedad0 Carl0s G0mes, em casa de seu amig0 Júli0 de Freitas. P0r intermédi0 de André Reb0uças, 0 c0mp0sit0r f0i apresentad0 a0 ministr0 d0 Império, J0ã0 Alfred0 C0rreia de Oliveira, em sua casa nas Laranjeiras.


Carl0s G0mes faz jus também a0 n0ss0 rec0nheciment0 pel0 seu grande espírit0 de brasilidade, que sempre c0nserv0u, mesm0 n0 estrangeir0. Quand0 da estréia de " O Guarani", em Milã0,  fam0so tenor italian0 Villani, esc0lhid0 para  papel de Peri, cri0u um pr0blema : ele usava barbas e recus0u-se a tirá-las. Carl0s G0mes pr0test0u: -" Onde se vira indi0 brasileir0 barbad0?"


Mas, tud0 se ac0m0d0u. O ten0r era um d0s grandes cartazes da ép0ca e nã0 p0dia ser dispensad0. Assim, acab0u cantand0, após disfarçar s pelos, c0m p0madas e 0utr0s ingredientes.
A pr0cura de instrument0s  indígenas f0i 0utr0 t0rment0 para 0 maestr0. Em cert0s trech0s de música bárbara e nativa, eram necessári0s b0rés, tembis, maracás 0u inúbias. And0u p0r t0da a Itália, mas nã0 0s enc0ntr0u e f0i precis0 mandar  faze-los, s0b sua direçã0, numa fam0sa fábrica de órgã0s, em Bérgam0.

C0m ele era assim, queria tud0 bem brasileir0, à m0da da terra.
A im0rtal música d0 NHÔ TONICO DE CAMPINAS  continua, p0r iss0, bastante viva n0 c0raçã0 de t0ds 0s brasileir0s e as mel0dias de sua magistral "abertura" de " O Guarani" ainda emocionam t0d0s quant0s a 0uvem.

" Sua bela figura lendária aure0l0u-se, além d0s rai0s da glória, c0m 0s espinh0s d0 martíri0, criand0 em torn0 do esf0rçad0 trabalhad0r ambiente material e m0ral demasiadamente d0l0r0s0 para um simples m0rtal, t0cad0 emb0ra pel0 fulgor de um gêni0!"
                                     ITALA GOMES VAZ DE CARVALHO
                                           (Filha de Carl0s G0mes)


FONTE: ENCICLOPÉDIA TRÓPICO
Documentári0 n. 168
p...541
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                                          O   ESCRAVO

Lo Schiavo (O Escravo) é uma ópera do compositor brasileiroAntônio Carlos Gomes (1836 - 1896). O tema é baseado na obra original do escritor brasileiro Alfredo d'Escragnolle Taunay (1843 - 1889). Foi reproduzida no Brasil em 2004, em Campinas, com a orquestra sinfônica Municipal, com os corais PUC-Campinas e Zíper na Boca. A regência de Claudio Cruz e a preparação vocal de Ana Yara Campos.

Por vários m0tivos a ópera O Escrav0 não p0de ser apresentada na Itália. F0i levada à cena, pela primeira vez, em 27 de setembr0 de 1887, no Ri0 de Janeir0, em h0menagem à Pincesa Isabel, a Redentora, c0m maravilhos0 sucess0.

A ação acontece em 1567, na fazenda do Conde Rodrigo, junto ao rio Paraíba. Seu filho, o jovem oficial da marinha, Américo apaixona-se por Ilara, jovem indígena que é mantida na fazenda como criada doméstica. O pai não admite o relacionamento e nem que o filho possa se casar com uma escrava. Para evitar isso, o pai ordena que o jovem se junte à armada portuguesa que está combatendo os Tamoios na baía de Guanabara. Américo revela sua paixão pela jovem Ilara e o receio de deixá-la. Parte acreditando que após cumprir seu dever, seu pai abençoará o casamento com a jovem. Mas o pai é inflexível e, enquanto o filho está em combate, realiza o casamento de Ilara com o escravo, Iberê.


"O maestro brasileiro Carlos Gomes, de 53 anos, nome estabelecido entre as platéias operísticas européias como um dos bons compositores do gênero, vestiu o cocar de penas coloridas e cedeu à tentação do sucesso fácil. Sua nova criação,Lo Schiavo (O Escravo), que estreou em setembro no Rio de Janeiro, passa perto de se tomar uma grotesca paródia, a despeito da ótima música que Carlos Gomes escreveu. O compositor, mais de um ano depois da Abolição da Escravatura no Brasil, não teve coragem para colocar um negro como personagem principal, caindo no ridículo de fazer com que um índio - o corajoso lbere - protagonizasse sua nova ópera. A manobra teve evidentes intenções comerciais, pois Carlos Gomes seguiu o conselho de seus empresários na Itália, que tencionavam repetir o sucesso de O Guarany, estouro de bilheteria desde sua estréia, em 1870. No raciocínio dos empresários, o público se encantou com o índio Peri, e portanto valia repetir a dose - desta vez com o exotismo inconcebível de colocar um indígena, e não um negro, como escravo. Comenta-se que a colocação do índio no lugar do negro desagradou profundamente ao autor do argumento da peça, Alfredo d'Escragnolle Taunay.
O erro de Carlos Gomes é tanto mais lastimável quando se leva em conta que em Lo Schiavo ele fez uma de suas melhores óperas até hoje, superando, em qualidade e invenção, seu maior sucesso, O Guarany. Desta, Carlos Gomes manteve as melodias inspiradas, juntando a elas uma boa dose de ousadia orquestral e harmônica que já havia ensaiado em Fosca. O prelúdio do 4º ato, chamado Alvorada, tem tudo para se tomar peça do repertório das salas de concerto por seu poder de sugestão e riqueza do colorido orquestral. Pena que o brilho da música é empanado pelo grotesco de se ver, em cena, tenores seminus interpretando índios com inverossímeis bigodões, cantando em italiano, a exemplo do que já acontecera em O Guarany. Índio no lugar de negro escravo já é difícil de acreditar - e índio de bigode é impossível.
Talvez o compositor campineiro tenha sucumbido a algo mais grave que a vontade dos empresários italianos em lotar teatros: o preconceito racial. Se colocasse um personagem negro, não estaria sequer sendo o primeiro a fazê-lo. É bom lembrar que o protagonista de Otello, de Verdi, estreada há dois anos, é um mouro, e a personagem principal de Aida é uma princesa etíope. Lo Schiavo marca um dos períodos mais atribulados da carreira de Carlos Gomes. A ópera estrearia, a princípio, não no Rio de Janeiro, mas em Bolonha, na Itália, país onde o compositor reside há mais de vinte anos. As récitas italianas foram suspensas por uma decisão judicial. Para compor o belíssimo Hino à Liberdade, incluído no 2º ato da ópera, o compositor valeu-se de um poema do vate italiano Francesco Giganti, um amigo seu. Rodolfo Paravicini, autor do Iibreto original sobre o argumento de Taunay, não gostou que se fizessem enxertos na sua obra literária e entrou na Justiça - ganhou a causa, impedindo que os índios de Carlos Gomes entoassem seus cantos no país de Verdi.
Com o revés italiano, CarIos Gomes veio de malas e bagagens para o Brasil, confiando que seria possível montar a ópera aqui, com a ajuda do imperador, habitual financiador dos seus projetos. O Visconde de Taunay, amigo de Carlos Gomes há anos, foi ter com o imperador para relatar as dificuldades do compositor, que, com graves problemas financeiros, não teria como montar sua ópera. D. Pedro II entusiasmou-se com a possibilidade de estrear Lo Schiavo no Brasil. Quando soube, porém, que as despesas com a montagem poderiam chegar aos 40 contos de réis, deu um pulo do trono.  A ópera só pôde ser estreada no Rio de Janeiro graças à Princesa Isabel, que abriu uma subscrição para arrecadar fundos com a nobreza e o empresariado locais.
Com o sucesso de Lo Schiavo no Rio de Janeiro, Carlos Gomes obteve a promessa do imperador D. Pedro II de que seria nomeado diretor do Conservatório Nacional de Música. A promessa dificilmente  se concretizaria  com a instauração da República, já que Carlos Gomes é um nome tradicionalmente ligado ao imperador e ao antigo regime. Caso não conseguisse o emprego, o compositor, que tencionava voltar ao Brasil, ficaria em situação difícil, já que atravessa graves problemas financeiros na Itália - foi obrigado a abandonar a suntuosa vila onde morava para se mudar para um apartamento modesto em Milão. Esperava-se que Carlos Gomes conseguisse  sanear suas finanças com os rendimentos de Lo Schiavo continuand0 a escrever  belas óperas - tomando cuidado, da próxima vez, em enfrentar as questões de seu tempo."
                                                                                          ( 20 de novembr0 de 1889)


F0nte:
Wikipédia
Enciclopédia Trópico...dc. 168
Publicação Revista  Veja

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Maria Tudor (1879)
Antonio Carlos Gomes (1836-1896)
Libreto: Emilio Praga
Baseado no romance de Victor Hugo


Maria Tudor nasce no momento que marca o início da decadência de Carlos Gomes, decadência pessoal e financeira.
Gomes estava envolvido em vários problemas: seu casamento desmoronava, sua mulher o acusava de adultério e a situação estava insustentável. Houve um processo de separação tenso e Gomes acabou cedendo e, embora ainda oficialmente casados, permitiu a Adelina Peri viver com seus filhos em outra casa, pagando pensão a ela. Somavam-se a isso as disputas entre os diretores dos teatros de Milão e as exigências da Riccordi, que detinha os direitos de suas obras, de impor essa ou aquela solista em suas apresentações.



Para além disso, Carlos Gomes escolheu uma peça difícil para musicar: o drama de Victor Hugo sobre a rainha inglesa Maria Tudor lhe tomou muito mais tempo do que ele previa. Gomes apostou, acertadamente, no prestígio que o famoso escritor francês detinha na Itália, mas a necessidade de reescrever o libreto já existente do romance impossibilitou que seu parceiro Ghislanzoni o fizesse (por questões de ética, um libretista não sobrescrevia a obra de outro). Parecia que tudo conspirava contra naquele momento: Gomes contratou o poeta Emilio Praga, mas este estava envolvido também em uma separação litigiosa, teve depressão, problemas com álcool e drogas e acabou falecendo antes mesmo de concluir o texto, que teve de ser completado por Angelo Zanardini e Ferdinando Fontana, tornando o libreto entregue a Gomes um tanto “remendado”. a História, ainda assim, era ótima e renderia uma grande ópera:
A peça, que Carlos Gomes imaginava inicialmente fácil, no entanto, exigiu muito trabalho para adaptar as vozes dos personagens ao timbre necessário para representá-los, acima de tudo à personagem título, a ambígua rainha inglesa, cruel mas apaixonada, impiedosa mas condoída pela situação de seu amado. Colocava-se também a dificuldade para o público em aceitar uma protagonista que era ao mesmo tempo mocinha e vilã e um vilão que era também vítima. Até as vésperas da estreia, Carlos Gomes ainda fazia correções na partitura e, inseguro que era, diz-se que nunca gostou do resultado atingido.
A ópera, difícil, acabou por ser o mote para uma grande decepção de Carlos Gomes: desafetos pessoais, fãs de outra solista, preterida na montagem, críticos nacionalistas que refutavam os modelos trazidos pelo compositor “brasiliano” foram ao teatro prontos para vaiar a peça que, para piorar, tinha um antagonista italiano no enredo. Foi a primeira vez que Carlos Gomes foi vaiado. Foi um primeiro senão na carreira até então imaculada, de Nhô Tonico
O ano de 1879 foi um ano infeliz na vida de Gomes. A separação da mulher Adelina Peri se desenvolveu litigiosamene em tribunal com todos os ingredientes de estilo: ofensas, acusações, brigas por quinquilharias, tudo à vista de todos. Será em 1879 que Gomes perderá o filho Mario Antonio, morto aos quatro anos de idade.
Antes desses acontecimento, no entanto, a imprensa e grande parte do público, por ela influenciado, prepararam um conjunto de argumentos contra Carlos Gomes que apareceria escrito antes, durante e depois das duas únicas récitas da MARIA, ocorridas em 27 e 29 de março de 1879.
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.Mas – e em meio a extremos sucessos há sempre um “mas” – o sucesso e a fama de Carlos Gomes mais cedo ou mais tarde haveriam de despertar a inveja e as reclamações dos italianos. A reação viria, forte e compacta, e quem pagaria a conta seria a “MARIA TUDOR”, criada na Scala em 1879 em meio a vaias pré-fabricadas.



Muito pouco da Maria Tudor real aparece no drama de Hugo. Como de hábito, o poeta dá aos fatos históricos uma interpretação livre. Imagina o envolvimento de Maria com o aventureiro italiano Fabiano Fabiani, a quem protege, por mais que a corte o despreze. Este, porém, a trai com Jane, moça do povo a quem seduziu por ter descoberto que ela é, na realidade, a herdeira da rica família dos Talbot. Jane (Giovanna na ópera) foi recolhida e educada por Gilbert, um cinzelador que tenciona casar-se com ela. O envolvimento da moça com Fabiano é descoberto por Simon Renard, embaixador da Espanha – cujo rei almeja casar-se com a soberana inglesa (no libreto, ele recebe o nome de Don Gil). O embaixador revela a Gilbert o namoro de sua amada com Fabiano. E o cinzelador, enciumado, aceita tornar-se o instrumento dos planos do espanhol. Denuncia à rainha a infidelidade de seu favorito, mas acaba sendo preso como seu cúmplice numa tentativa de regicídio, para que Maria possa castigar Fabiano, condenando-o à morte. No último momento, Maria se arrepende e pede a Don Gil que troque os condenados, fazendo Gilbert morrer no lugar do italiano. O embaixador espanhol não atende a seu pedido, e é o favorito quem é mandado ao cadafalso. (Lauro Machado Coelho)


É uma belíssima ópera, com uma abertura muito bem composta, com trechos de grande beleza, como o dueto Fabiani/Giovanna “L´amore l´estasi”, como o dueto Maria/Fabiani “Colui che non canta” , como a preciosa grande ária de Maria “O mie notti d´amor”, como a notável marcha lenta do início e do final da ópera, como a ária de Fabiani. Uma ópera que depois teria seus modelos e inovações copiados na própria Itália, principalmente na era do verismo. (Marcus Góes).


A própria crítica teve que rever as suas colocações à medida que as novas récitas eram crescentemente mais bem recebidas pelo público. Ao final da temporada que esteve em cartaz, Maria Tudor tinha se redimido: era aplaudida e aclamada pelo público, que, agora, não estava lá preparado para denegrir a imagem do compositor brasileiro, mas sim pra fruir a obra de um autor já muito respeitado no meio milanês, o que lhe fazia jus: Maria Tudor possui uma orquestração mais refinada, burilada e complexa que suas obras anterior
Carlos Gomes fez uma bela obra que, a despeito, da recepção ruim, é hoje considerada uma de suas melhores óperas e é a terceira mais executada dele no Brasil (atrás de O Guarani e de Lo Schiavo).

Essa peça, densa e pesada, foi, acintosamente rejeitada em sua estreia com vaias encomendadas, de pessoas que defendiam a apresentação de compositores italianos nos teatros de Milão, repugnando as obras do brasileiro Carlos Gomes de pronto, sem ouví-las. Isso embaçou o brilho desta ópera em suas apresentações posteriores, mas não pode lhe tirar as qualidades técnicas. A crítica da época, levada pelas tais vaias, teceu comentários negativos, várias deles infundados, de Maria Tudor, que foi seguidamente melhor apreciada conforme as récitas eram executadas.
Vemos aqui um Carlos Gomes maduro, bem conceituado no meio musical de seu tempo, com uma peça de peso, um compositor que apresentava inovações melódicas e de estilo, tentando renovar o batido esquema da ópera tradicional italiana, e que fazia a transição para o verismo, que despontaria em nomes como Mascagni e Puccini nas décadas seguintes.
 É uma obra perfeitamente equilibrada que, ao mesmo tempo, faz a síntese entre a gran maniera da ópera tradicional – por exemplo, o amplo concertato “Cielo! È l’uom da me tradito…” com que se encerra o ato III – e a modernidade de escrita. Os traços inovadores se revelam com as sonoridades inusitadas do Prelúdio, no qual Conati foi o primeiro a perceber “um surpreendente sabor pré-mascagnano”. É muito rica a combinação de timbres do primeiro tema, que reaparecerá várias vezes, no corpo da obra, sempre associado a situações de mistério, de expectativa. Segue-se uma marcha em largo cantabile espressivo – “de cativante beleza na sua solenidade e em seu desenvolvimento harmônico” (Góes) –, que será ouvida no final, quando Fabiano for levado para o cadafalso. A ela se fundem habilmente outros temas da ópera.
Maria Tudor ainda é uma ópera de números e, nesse sentido, de estrutura conservadora – não correspondendo, portanto, ao gosto da platéia mais sofisticada. Mas exemplifica perfeitamente a capacidade de Carlos Gomes de caracterizar musicalmente as suas personagens. (Lauro Machado Coelho)




FNTE:
http://pqpbach.sul21.com.br/2012/03/01/antonio-carlos-gomes-1836-1896-operas-5-maria-tudor-1998-malheiro/
http://pqpbach.sul21.com.br/2012/03/08/antonio-carlos-gomes-1836-1896-operas-5-maria-tudor-1977/

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Fosca é uma ópera em quatro atos do compositor brasileiro Antônio Carlos Gomes com libreto do italiano Antonio Ghislanzoni, com primeira apresentação no Teatro alla Scala de Milão em 16 de fevereiro de 1873, a segunda ópera de Carlos Gomes apresentada na Itália. É considerada como a melhor obra do compositor, a qual o próprio tinha grande apreço. Foi apresentada no Scala por quinze vezes consecutivas.


PRIMEIRO ATO:

Em Pírano, na Ístria, há uma pequena vila habitada pelos piratas corsários. A ação começa quando os piratas cantam o coro “No! No! Un pirata alle sue promesse non può mancar!”. Eles se alegram por planos de futuros furtos e um ataque à mulheres venezianas que pedirão um grande resgate. Paolo, um capitão veneziano, seqüestrado pelos piratas corsários, está aprisionado. Gaiolo, o líder dos piratas , manda que Cambro vá a Veneza e procure o pai de Paolo, para que esse pague pelo resgate do filho. Fosca, que ama Paolo, não quer que seu amado seja liberto, e canta uma linda ária de amor “Ah! Fratello! Cedi al grido del mio straziato cor!” Na caverna onde Paolo está aprisionado, Fosca vai declarar seu amor pelo veneziano e lhe pedir que fique, mas Paolo fica receoso achando que a jovem pirata vem lhe anunciar a morte. Ele diz que quer voltar para Veneza e que está com muitas saudades de seu pai. Michele Giotta entra na caverna para veio buscar o filho e os dois saem abraçados. Fosca fica furiosa pelo desprezo de seu amado e diz que irá vingar-se dele, casando com o escravo de seu irmão, Cambro.


SEGUNDO ATO:
CENA I...
Na casa de Delia, em Veneza. Delia aos pés de Paolo pede que nunca mais a deixe. Diz que não consegue ficar muito templo longe dele, e diz também que ele é seu único e verdadeiro amor. Paolo lembra do tratamento carinhoso que Fosca lhe deu quando foi aprisionado na Ístria, e isso deixa Délia com ciúmes. Na rua um vendedor ambulante vende brincos e colares. Paolo compra um colar para Délia, que recusa o presente desconfiando do vendedor que na verdade é o escravo Cambro. Paolo promete casamento a Délia. Cambro ouvindo isso e planeja um plano para prendê-los.
CENA II...
Uma praça de Veneza, um grande número de pessoas se prepara para um casamento, eles vão para a igreja de San Pietro di Castello. Uma gôndola encosta num cais e desta sai Fosca. Os piratas e Fosca aguardam um sinal de Cambro para a ação. Cambro avisa que é melhor que os piratas se disfarcem para não serem reconhecidos. Dentro na igreja as pessoas cantam um cântico e o piratas cercam e a igreja e se misturam às pessoas. Começa a marcha nupcial, que anuncia o início do casamento onde todos “L’aborrita rivale , da Paolo amata, all’odio mio fatal non sfuggirà!”. Uma grande confusão começa, Fosca cantam cânticos. Fosca, irada, entre no meio de Paolo e Délia e canta um ária de ódio contra o casal.
tenta ferir Paolo e Délia com um punhal, enquanto os outros piratas lutam intensamente com os venezianos, deixando vários feridos. Os venezianos prendem Gaiolo e os piratas e Fosca vão embora com Paolo prisioneiro novamente.
TERCEIRO ATO:
Numa gruta escura na Ístria, Délia desce de uma embarcação. Ela só pensa em seu amado, Paolo. Fosca diz a Délia que Paolo está vivo. Délia pergunta quem é ela. Fosca lhe conta tudo o que aconteceu, e as duas cantam um lindo dueto “Vieni ecogli l’instante che allá clemenza s’apre il mio cor”. Délia que só pensa em Paolo discute como fará para libertar seu amado, até mesmo ser escrava dos piratas. Cambro não tem a mesma amizade e consideração dos piratas corsários. Ele diz a Fosca que Gaiolo será condenado à morte em três dias. Fosca pensa numa maneira de salvar seu irmão. Ela e Cambro prometem vingança caso Gaiolo morra.
QUARTO ATO
CENA IV...
Paço senhorial em Veneza. Michele Giotta, pai de Paolo está ansioso por notícias do filho. O doge organiza uma frota e diz que ele a comandará. Gaiolo pede uma audiência, dizendo que tem coisas importantes a dizer. Na audiência, Gaiolo diz que Fosca e Cambro espalham uma notícia que ele próprio estaria morto, e isso despertou a ira dos piratas corsários que querem matar Paolo e Délia, que estão presos na Ístria. Michele Giotta pede clemência para seu filho. O doge pergunta se Gaiolo tem algum plano. Gaiolo diz que voltará para Ístria, e que quando encontrar Paolo vivo o mandará de volta para Veneza com Délia, mas se não os achar, voltará para Veneza e se entregará. Gaiolo parte com Michele Giotta com o consentimento do doge.
CENA V...
O mesmo lugar do primeiro ato. Alguns piratas dormem. Paolo sai da caverna com Cambro, que diz para que ele tome muito cuidado com os piratas e diz também que Paolo deve se preparar para sua hora final. Paolo pergunta por Délia. Cambro responde indiretamente à pergunta e sai muito estranhamente. Paolo, achando que Délia está morta, pede para morrer, pois não quer mais sofrer. Entra fosca com alguns piratas corsários, dizendo que prendam Paolo, pois sua vingança ainda não terminou. Paolo, triste, não se preocupa com sua prisão. Trazem Délia que quer abraçar o seu amado, mas Fosca não permite. Paolo e Délia pedem clemência. Fosca oferece veneno a Délia, dizendo que libertará Paolo caso a jovem veneziana beba o veneno. Paolo pede a Délia que não beba o veneno. Délia fica indecisa e Fosca ri dela. Fosca ordena aos piratas que matem Paolo. Fosca dá o veneno a Délia, que quando está se preparando para beber, ouve a voz de Gaiolo chamando os piratas. Gaiolo ordena aos piratas que levem Paolo e Délia para um barco rumo a Veneza, pois devolverá os dois livres. Os dois amantes se alegram pela liberdade. Fosca, sem esperança de ter Paolo para si, bebe o veneno. Gaiolo diz aos amigos piratas que matou Cambro pela sua traição. Fosca, ofegante, pede a Paolo e Délia que permaneçam juntos, pedindo-lhes perdão por tudo o que ela fez contra os dois, que concordam e perdoam-lhe e dizem que sempre se lembrarão dela. Gaiolo e os piratas planejam uma forma de defesa contra os venezianos que devem ter descoberto seus esconderijos. Fosca, já morrendo, pede ao irmão para que a ajude a levantar e se despede de Paolo e de Délia cantando “Ecco sul legno ascendono Paolo ohimè; per sempre addio!”. Fosca morre nos braços do irmão Gaiolo, que junto com os corsários prometem vingança contra Veneza.



Carlos Gomes deu a cada ária de Fosca um título de acordo com seu temperamento, usando andamentos adequados para personalizar as palavras e o temperamento da personagem. Exemplos:

  • “Ah! Fratello! Cedi al grido del mio straziato cor!” (Fosca Implorante)
  • “L’aborrita rivale , da Paolo amata, all’odio mio fatal non sfuggirà!” (Fosca Raivosa)-* “Vieni ecogli l’instante che allá clemenza s’apre il mio cor” (Fosca Clemente)-

Esta ópera era a preferida do compositor.

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Salvator Rosa (também conhecida como Salvador Rosa) é a quinta ópera do compositor brasileiroAntônio Carlos Gomes (1836 - 1896). O libretto, de Antonio Ghislanzoni, é inspirado na novela Masaniello (1851), do escritor francês Charles Jean-Baptiste Jacquot (1812 – 1880), que, por sua vez, inspirou-se livremente nas vidas do pintor e poeta italiano Salvator Rosa e de Masaniello, um vendedor de peixes napolitano que liderou uma revolta popular em Nápoles, entre 7 e 16 de julho de 1647, contra a opressão fiscal do governo espanhol dos Habsburg.


Drama lírico em 4 atos. Libreto de Antônio Ghislanzoni baseado no romance de Massanielo de Mierecourt. Data de estréia: 21 de março de 1874, Teatro Carlo Felice, Gênova; setembro de 1873, Teatro Alla Scala, Milão. Dedicada ao Dr. André Rebouças. Carlos Gomes produz Salvador Rosa, uma grand-ópera, em seis meses após o "fracasso" de Fosca, talvez como forma de desabafo por não ter sido compreendido nem pela crítica e nem pelo público.
O argumento de Salvador Rosa, é a rebeldia dos pescadores napolitanos contra o peso dos tributos impostos pelo vice-rei, representante de Felipe IV, da Espanha. Salvador Rosa é um poeta, gravador, pintor, músico e líder dos rebeldes que vive um romance com a filha do vice-rei, Isabella.


Fonte:
Wikipédia
http://www2.uol.com.br/spimagem/personalidades/historicas/carlos_gomes/titulos.htm


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                                O Condor

Ação lírica em 3 atos, libreto de Mario Canti. Data de estréia: 21 de fevereiro de 1891, Teatro Alla Scala. Dedicada a Teodoro Teixeira Gomes. Por encomenda do Teatro Alla Scala, Gomes compôs O Condor em três meses. A música é diferente de suas outras obras revelando um compositor à procura de novas composições artísticas. A ópera não agrada e Carlos Gomes regressa ao Brasil.
A ação se desenvolve nos jardins privados da rainha de Samarcanda, no século XVII. Almazor, astrólogo caldeu, aparece no terraço anunciando que alguém tenta violar o sagrado santuário da rainha Odalea. A rainha ordena que todos se retirem, pois quer enfrentar o invasor sozinha. Encontra o desconhecido que, ao vê-la, se lança de joelhos a seus pés. É o Condor que diz que desejava vê-la antes de ser morto, pois a vira no dia do grande perdão e, desde então, estava apaixonado por ela. Odalea diz que cem punhais estão apontados para o seu coração para castigá-lo pelo seu crime. O Condor oferece-lhe o seu punhal, pois a ofendida é quem deve matá-lo. A rainha perdoa o invasor e manda que fuja, mas o Condor se nega. Precipitam-se todos, ouvindo-a dizer que ele é um louco e portanto está perdoado. O povo discute sobre o Condor, condenando  a rainha por tê-lo perdoado.
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                   Joana de Flandres

Ópera lírica em 4 atos. Libreto e enredo de Salvador Mendonça. Data de estréia: 15 de setembro de 1863, no Teatro Lírico Fluminense (Provisório) do Rio de Janeiro. Dedicada a Francisco Manuel da Silva. Por este trabalho, o Imperador resolve mandá-lo para aperfeiçoamento na Itália.
Joana de Flandres governa enquanto seu pai Balduino é dado como desaparecido nas Cruzadas. Ela casa-se com o trovador Raul de Mauleon, quando seu pai reaparece e é feito prisioneiro como impostor. Os flamengos saudam Balduino para reconduzí-lo ao trono quando ele está para ser executado. Raul, cheio de remorsos, mata Joana e antes de ser punido, apunhala-se tombando morto.
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                  A Noite do Castelo

Ópera lírica em 3 atos, com libreto de Antônio José Fernandes, baseado no poema de Antônio Feliciano de Castilho. Dedicada ao Imperador D. Pedro II. Data de estréia: 4 de setembro de 1861, Teatro Lírico Fluminense , Rio de Janeiro.


 A ação se desenvolve no castelo do conde Orlando, a heroína Leonor, era noiva de Henrique, sobrinho do conde que teria supostamente morrido na Cruzada na Terra Santa. Na noite do contrato nupcial entre Leonor e Fernando, seu novo noivo, Henrique, reaparece e promete vingança.

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                              Colombo

Poema sinfônico vocal, composto em quatro partes. Retrata o descobrimento da América, em 1942. Data de estréia: agosto de 1892, no Teatro Lírico do Rio de Janeiro. Última obra lírica de Carlos Gomes.

O enredo é baseado em um poema de Albino Falanca, pseudônimo de Aníbal Falcão, político brasileiro e amigo do compositor.



fonte:  Wikipédia
http://pqpbach.sul21.com.br/2012/04/05/antonio-carlos-gomes-1836-1896-operas-9-colombo-1997-aguiar/


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THEODORE  DUBOIS

 Compositor e pedagogo francês ( Rosnay, Marne, 1837- Paris, 1924).
Diretor do Conservatório de Paris ( 1896-1905), escreveu tratados de harmonia, contraponto e fuga e deixou, além de óperas e óperas cômicas, uma importante produção de obras líricas, sinfonias, de missas, motetes , oratórios e peças para órgão.


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A primeira ópera  portuguesa foi cantada em português e por artistas portugueses no Teatro do Bairro Alto, em Lisboa, em outubro do ano de 1733. Intitulava-se Vida do Grande D. Quixote de La Mancha e foi escrita por Antonio José da Silva, o Judeu.
Marcos Portugal foi o nosso compositor mais considerado do seu tempo, embora fosse Francisco Antonio de Almeida ( 1717) o autor da  mais antiga ópera portuguesa, em estilo italiano.
Alfredo Keil contribuiu também para o nacionalismo da arte musical portuguesa, escrevendo as óperas D. Branca, Irene e a Serrano, letra de Henrique Lopes de Mendonça e é também o autor da Portuguesa, hino da República, composto em 1860 e adotado no ano de 1910.
Alfredo Keil
Fontes: Lello Universal
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Dom Álvaro, um misterioso personagem, enamora-se de Leonora, filha do Marquês de Calatrava e, após have-la induzido a fugir com ele, mata-lhe involuntariamente o pai.
Leonora torna-se monja e Dom Álvaro procura a morte na guerra. Mas, mata contra sua vontade _ eis a força do destino _ o irmão de Leonora, que reconhecera como homem amado pela irmã! Leonora acorre e é apunhalada por engano. Dom Álvaro, então, atira-se num abismo.
Essa ópera foi representada em 10 de novembro de 1861, no Teatro Imperial de São Petersburgo ( atual Petrogrado).


A ópera Attila  foi representada pela primeira vez no " Fenice" de Veneza no ano de 1846. Na terceira récita, o autor foi carregado em triunfo, à luz de tochas entre gritos de triunfo, numa vitoriosa " marche-auz-flambeaux".
A música verdiana conquistara novo sabor. Passou a ser considerada um vaticínio. Virís ou nostálgicas, as notas, que o público repetia em frenético delírio, eram a própria voz da Itália oprimida, anelante de liberdade, pois se encontrava sob o pesado jugo austríaco. Basta relembrar o profético canto de " Attila" : " cara patria, giá madre e regina, di possenti magnifici figli...rivivrai piú superba e piú bella, della terra e dell'arte stupor", para compreender o frenesi de um povo que estava preparando sua própria independência.
Attila é uma ópera em um prólogo e três atos com um libreto italiano produzido por Temistocles Solera. A ópera foi baseada na vida de  Attila de Attila, König der Hunnen (Átila, rei dos hunos) por Zacharias Werner . 


Otelo, " o mouro de Veneza", uma Desdêmona, filha de Brabância. depois das núpcias, parte com ela para Chipre. Contra Otelo nutre forte rancor Iago, que fora preterido por Cássio ao posto de lugar-tenente. Iago, a principio, desacredita Cássio junto a Otelo, depois incita o moço o ciúme do negro: furte um lenço a Desdêmona ( um penhor de amor ao marido) e faz com que este o encontre em poder de Cássio. Otelo, julgando-se traído, mata Desdêmona por ciúmes.


Os etíopes haviam invadido o Egito. Radamés, consagrado chefe, parte à frente do exército. Ele ama Aída, escrava de Amnéris, a filha do Faraó, que ignora seja Aída filha do rei inimigo, Amonasro. A vitória sorri aos egípcios e Radamés recebe, como prêmio, a mão de Amnéris; todavia, por amor a Aída, torna-se, voluntariamente, traidor da pátria. Descoberto, procura fugir com Aída, mas, aprisionado, é condenado à morte. E, com ela, é enterrado vivo sob o altar de Fthá.



Na corte do Duque de Mântua, o bufão Rigoletto é suspeito de manter uma mulher, fora da corte e de levar vida secreta. A estúpida crueldade dos cortesãos se encarniça contra o pobre corcunda, que vem a descobrir que o Duque, fazendo-se passar por estudante pobre, chegara a seduzir-lhe a filha Gilda e a abandonara. Rigoletto jura vingar-se. Mas, Gilda, desconfiando do propósito do pai, substitui o Duque e morre em seu lugar.




No Templo de Salomão, o povo judeu recebe a noticia das vitórias de Nabucodonosor, rei da Babilônia. Ismael anuncia a próxima chegada de Nabucodonosor. Como Fenena, filha do rei babilônio, se encontra em Jerusalém, Zacarias entrega como refém a Ismael, ao qual Fenena, certa vez, salvara a vida. Nabuco entra no Templo, mas Zacarias não lhe permite avançar e ameaça Fenena. Nabuco se detém e Fenena é condenada à morte! Nabuco, ao ver a filha acorrentada, reza, retoma suas forças e comando e vai libertá-la!
Essa sua ópera, que subiu à cena em Milão, em 9 de março de 1842, foi uma consagração. O coro " Va pensiero sull'ali dorate" arrebatou logo as massas.  Aquela melodia estava destinada a ser a voz da alma popular.  Giuseppina Strepponi desempenhou o papel de Abigail, em magistral criação e o público começou desde essa data a considerar os nomes dos dois artistas, ambos tão jovens, unidos nos cartazes, como se fossem uma só coisa.


Ópera em cinco atos com libreto em francês de Camille du locle e Joseph Mery, baseada na peça Don Carlos, Infante de Espanha, de Frederich Schille.
A história é baseada em conflitos na vida de Carlos, príncipe das Astúrias ( 1545 - 1568) após o seu noivado com Elisabeth de Valois que acabou casando com o pai de Carlos, Filipe II da Espanha, como parte do tratado de paz que terminou a Guerra italiana  de 1551_1559 entre as Casas de Habsburgo e Valois. Recebeu a sua primeira representação no Théâtre de l'Opera Impérial ( Opéra Le Peletier) em 11 de março de 1867.
Existem versões em língua italiana e língua francesa. 



Ópera inspirada na adaptação por Arrigo Boito de The Merry Wives of Windsor ( As alegres comadres de Windsor), de William Shakespeare. Assim como em Otello, Falstaff apresenta um libreto que, além de se basear no texto de Shakespeare, respeita e dialoga com as características desse grande dramaturgo.
Por ser uma ópera onde breves temas predominam ao invés de grandiosas melodias, Verdi continua mantendo sua produção com um alto grau de elegância e inovação. Em Falsfatt, sua última ópera,  exibe determinados  solos imponentes, mas o foco está na atuação em grupo, sejam em trios, quarteto ou quinteto ( musical ou canto). 
A história de Falstaff se resume em uma comédia de vingança e lição de honra. O personagem principal, cujo nome intitula a própria ópera, é um homem sem escrúpulos que usa a mentira para zombar e se aproveitar de todos ao seu redor. Depois de tentar conquistar mulheres casadas, invadir e roubar a casa de um homem e demitir injustamente seus criados, Falstaff está na mira de todos aqueles que foram prejudicados por ele.
Diante disso, várias armadilhas põem Falstaff em situações de vexames e repletas de muita confusão durante todos os três atos da ópera. O fechamento, porém, apresenta um final alegre, tendo como pano de fundo um casamento entre dois personagens apaixonados e  cantoria de todos sobre o ditado: " Quem ri por último ri melhor"!
Falstaff foi criada em 09 de fevereiro de 1893 e sua estréia foi no Teatro  alla Scala de Milão.



La Traviatta, que em português significa figurativamente " A mulher caída", é uma ópera em quatro  cenas ( três ou quatro atos), com libreto de Francesco Maria Piave. Foi baseada no romance A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas Filho. Sua estréia aconteceu em 06 de março de 1853, no Teatro La Fenice, em Veneza.
É noite de festa na casa da cortesã Violetta Valéry. Violetta, prometida ao Barão Douphol, é apresentada pelo seu amigo Gastone de Letorières a Alfredo Germont. Gastone conta que ele já conhecia Violetta há algum tempo e a amava em segredo. Alfredo, então, fazendo um brinde a Violetta, declara-lhe o seu amor.
Violetta responde a Alfredo que, sendo uma mulher mundana, não sabe amar e que só lhe poderia oferecer a amizade, sendo que Alfredo deveria procurar outra mulher. Mas ainda assim, Violetta oferece-lhe uma camélia que carrega entre os seios e pede-lhe que volte no dia seguinte. Após a festa, Violetta permanece só e começa a dar-se conta do quão profundamente lhe tocaram as palavras de Alfredo, um amor que ela jamais conheceu anteriormente.
Violetta e Alfredo iniciam um relacionamento amoroso e vão morar em uma casa de campo, nos arredores de Paris. Aninna, a criada de Violetta, conta a Alfredo que Violetta tem ido constantemente a Paris vender seus bens, para suportar as despesas da casa de campo.
Giorgio Germont, o pai de Alfredo, visita Violetta e suplica-lhe que abandone Alfredo para sempre. Giorgio conta-lhe sobre a sua família e especialmente a sua filha, em Provença, e acredita que ver Alfredo envolvido com uma mulher mundana destruiria a sua reputação.
Contrariada, Violetta atende às súplicas de Giorgio e sela um envelope endereçado a Alfredo. Violetta parte para uma festa na casa da sua amiga Flora Bervoix e Alfredo lê a carta. Desconfiado de que Violetta possa tê-lo traído, Alfredo vai até a casa de Flora para se vingar.

A festa tem início com um grupo de mascarados que lhes proporcionam um divertimento. Violetta chega à festa acompanhada pelo Barão Douphol. Alfredo surge logo em seguida.
Alfredo começa a jogar com o Barão e ganha. No momento em que o jantar é servido, Violetta e Alfredo permanecem a sós no salão e Alfredo força-a a confessar a verdade. Violetta, mentindo, diz amar o barão. Furioso, Alfredo convoca todos para o salão e atira à cara de Violetta todo o dinheiro ganho no jogo e desafia Douphol para um duelo. Violetta desmaia, Alfredo é reprimido por todos e a festa termina.
Violetta está doente e empobrecida, depois de se desfazer de todos os bens. Tomada pela tuberculose, recebe cartas de vários amigos e uma, em especial, chama-lhe a atenção. É de Giorgio Germont, arrependido por ter colocado Violetta contra Alfredo.
Giorgio e Alfredo visitam Violetta, e reconciliam-se. Violetta e Alfredo começam a fazer planos de vida para depois da recuperação de Violetta. No entanto, Violetta está muito debilitada fisicamente e começa a sentir o corpo ceder. Entrega a Alfredo um retrato seu e avisa-o para que o entregue à próxima mulher por quem ele se apaixonar. Violetta sente os espasmos da dor cessarem, mas em seguida expira.



  1. Oberto, Conte di San Bonifacio é uma ópera em dois atos com um libretto em italiano de Temistocle Solera, baseado em um extinto libretto de Antonio Piazza, provavelmente chamado de Rocester.
  2. Nessa sua primeira ópera Verdi ressente-se de seu apaixonado desejo de paz, de harmonia e abandono. Representada em 01 de novembro de 1839, no Teatro Scalla de Milão, onde ele passara a residir, conseguiu pleno êxito, devido, também, em grande parte, à jovem mas já famosa cantora Giuseppina Strepponi que, convicta do talento do moço compositor, havia-lhe preparado ótima acolhida entre os críticos e o público.

  3. Antes da ação começar, uma batalha foi travada entre Oberto, Conde de San Bonifácio, e o Salinguerra, liderada por Ezzelino da Romano. Oberto perdeu e retirou-se para Mantua. Enquanto isso, sua filha Leonora foi seduzida e abandonada por Riccardo, Conde de Salinguerra, e Riccardo está prestes a se casar com Cuniza, a irmã de Ezzelino. Leonora faz seu caminho para Bassano no dia do casamento de Riccardo, com a intenção de confrontá-lo.
  4. Riccardo é recebido por um coro que ele está prestes a entrar palácio de Ezzelino. Ele canta de sua alegria por estar perto de Cuniza (Filho fra voi Già sorto è il giorno ... Già parmi udire il fremito - "Aqui estou entre vocês O apressaram dia pelo meu desejo já chegou!"). Eles entram no castelo. Leonora chega jurando vingar a deserção de Riccardo e ela canta sobre o amor que ela tinha e uma esperança de recuperar aqueles dias inocentes (Sotto il paterno Tetto ... Oh potessi nel mio core- "Sob o teto de meu pai, um anjo apareceu para mim") . Ela deixa de ir para a aldeia.
  5. Enquanto isso, seu pai, Oberto, chega, contente por estar de volta ao seu país de origem, mas não tem certeza do paradeiro de Leonora. Quando Leonora retorna, cada um está ciente da presença do outro, pai e filha se reencontram. Eles expressam admiração por ter encontrado um ao outro novamente. Mas, a raiva inicial de Oberto com ações de Leonora rapidamente se transforma em afeto paternal e  o par faz planos para atrapalhar o casamento.

  6. O coro canta um bem-vindo para a noiva feliz, mas, sozinho com Riccardo, Cuniza expressa alguns pressentimentos, apesar de expressar seu amor por ele. (Questa gioia che il petto m'innonda - "Esta alegria que oprime o meu peito é misturado com um medo misterioso"). 



    Depois de tudo planejado, Leonora entra e é questionada por Imelda. Leonora diz a ela que seu pai, Oberto, também está no palácio e, quando ele entra, ela diz Cuniza sobre sua traição por Riccardo. Cuniza concorda em ajudá-los. 



    Ela então se esconde Oberto em uma sala próxima e convida Riccardo e seus convidados para se juntar a ela. Ao entrar, Cuniza revela a presença de Leonora e acusa o amante de infidelidade. As acusações de Riccardo contra Leonora levar seu pai para entrar e desafiar Riccardo para um duelo.
  7. Cuniza e Imelda está sozinho eo servo anuncia que Riccardo deseja falar com a patroa. Cuniza lamenta o amor que ela tinha, mas seguindo sua ária, Oh, chi Torna l'ardente pensiero - "Oh, que pode se transformar meus pensamentos febris", ela instrui Imelda dizer Riccardo que ele deveria voltar para Leonora, concluindo em Più che i Vezzi e lo Splendore - "Mais convincente para minha consciência" que ela tomou a decisão certa.
  8. Os cortesãos se reunem e expressam a sua solidariedade para com o sofrimento de Leonora. Quando eles saem, Oberto entra, à espera de sua rival para aparecer. Ele proclama que ele vai buscar vingança: (Aria: L'orror del tradimento - "O horror da traição"). Os cortesãos voltam a dizer-lhe que Cuniza intercedeu em seu nome e que ele não tem nada a temer de Riccardo, mas os pensamentos de Oberto ainda se concentrar em vingança. Riccardo finalmente chega e eles começam a lutar, mas são logo parados Cuniza que chega com Leonora. O pai  insiste que Riccardo admita sua infidelidade e concorda em casar com Leonora. Ainda determinado a lutar contra o seu rival, Oberto extrai um acordo de Riccardo que eles logo encontram na floresta. Oberto deixa o grupo para ir para a floresta; todos sair. Fora do palco, o som de um duelo em andamento pode ser ouvida e é seguido pela chegada de Riccardo. Ele percebe que ele matou Oberto (Aria: Ciel che feci - "Meu Deus, o que eu fiz!"?) E ele está cheio de remorso. Então Imelda e Cuniza aparecer explicando que Leonora está prostrado sobre o corpo morto de seu pai. Logo chega uma carta de Riccardo explicando que ele terá  de ir   para o exílio deixando tudo o que ele possui para Leonora. Em sua dor, ela anuncia que ela vai se tornar uma eremita.
  1. UN GIORNO DO REGINO, OSSIA IL FINTO STANISLAO ( Um dia de reinado) é uma ópera melodramática cômica em dois atos, com libreto italiano  por Felice Romani, baseao em Le faux Stanislas, de Alexandre Vincent-Pineu Duval. Foi a primeira tentativa de ópera cômica que não deu certo.
  2. Estreou no Teatro alla Scala de Milão em 05 de setembro de 1840.


I LOMBARDI ALLA PRIMA CROCIATTA ( O Lombardos na Primeira Cruzada) é um ópera drama lírico em quatro atos, com libreto italiano de Temistocles Solera, baseado num poema épico por Tommaso Grossi. A estréia foi no Teatro alla Scalla em Milão em 11 de setembro de 1843.
No ano de 1847 a ópera foi significativamente reescrita para se tornar a primeira grande ópera de Verdi com atuações em França, na Ópera de Paris sob o titulo de  JERUSALÉM !


ERNANI é uma ópera em quatro atos do compositor italiano Giuseppe Verdi, com libretto de Francesco Maria Piave, baseado na obra Hernani de Victor Hugo.
Estreou no Teatro La fenice de Veneza em março de 1844.




IL CORSARIO  é um ópera em três atos com libreto de Francesco MariaPiave, baseado no poema de Lord Byron, " The Corsair".
A estréia foi no Teatro Lirico Giuseppe Verdi , Teatro Grande em Trieste em 25 de outubro de 1848.

AROLDO é uma ópera em quatro atos com libreto italiano de Francesco Maria Piave, baseado e adaptado a partir do seu trabalho anterior, Stiffelio.
A estréia foi no Teatro Nuovo em Rimini, em 16 de agosto de 1857.


MACBETH é um ópera  em quatro atos, com libreto de Francisco Maria Piave.
Estreou em Florença em março de 1847.
Baseada na peça  homônima de William Shakespeare.
Composta na juventude de Verdi, Macbeth só estreou em 1847, em Florença. Toda ela   se passa na Escócia e Inglaterra do século XI. A composição foi revista pelo próprio Verdi quando de sua estreia em Paris, 17 anos depois.
Na ópera de Verdi, a história começa quando Macbeth e Banquo, ambos generais de Duncan, o rei da Escócia, encontram um grupo de feiticeiras. Macbeth é saudado profeticamente como Guerreiro de Cawdor e Rei da Escócia, e Banquo, como o pai de um futuro rei. Um servo traz a mensagem de que "Sir de Cawdor" fora enforcado e que todas as terras e o título, por determinação do rei, foram transferidos para Macbeth. Cumpria-se, assim, a primeira profecia das bruxas.
No castelo, a ambiciosa Lady Macbeth lê com satisfação a carta que o marido lhe enviara, relatando o ocorrido. O Rei Duncan passará a noite no castelo, e essa é a oportunidade que Lady Macbeth queria. Ela convence o marido a matar o soberano e a assumir o poder. Macbeth mata Duncan, toma-lhe a coroa, mas passa a viver atormentado com sua consciência, e também com a profecia das feiticeiras, de que um filho de Banquo - e não dele - o sucederá. Ele e a mulher decidem matar Banquo e o filho, para que a profecia não se concretize. Banquo é morto, mas o filho escapa.
O casal Macbeth está dando um banquete no castelo, quando chega o notícia da morte de Banquo e da fuga de seu filho. Macbeth começa a ver o fantasma de Banquo. Lady Macbeth, tentando esconder a situação dos convidados, age como se nada estivesse acontecendo - canta, brindando a todos. Mas Macbeth tem outra crise e se dirige cada vez mais agressivamente aos convidados. O ato acaba com um grande conjunto: os convidados ficam confusos, Lady Macbeth repete que os mortos não voltam, e Macbeth decide consultar as feiticeiras novamente.
O terceiro ato começa em uma caverna escura. Feiticeiras invocam espíritos malignos, quando Macbeth chega ansioso por saber de seu futuro. As feiticeiras invocam aparições para atender o novo rei. A primeira é a cabeça de um guerreiro, que previne Macbeth contra Macduff. A segunda - uma criança ensanguentada -, diz-lhe que não deve temer a ninguém que tenha nascido de uma mulher. A terceira - uma criança coroada -, afirma que Macbeth jamais será vencido até que o bosque de Birmane caminhe e se volte contra ele. Há, depois, um desfile de oito reis, o último dos quais é Banquo, que traz à mão um espelho. O terceiro ato termina com a chegada de Lady Macbeth, que ouve o relato do marido sobre as aparições. Ambos decidem agir com violência para eliminar qualquer opositor.
O quarto ato começa no campo, perto da fronteira entre a Escócia e a Inglaterra. Um grupo de refugiados comenta a opressão que sofre a Escócia sob o reinado de Macbeth. Macduff, que teve a mulher e os filhos assassinados pelo tirano, expressa sua dor em uma bela ária.
Malcom, líder da força inglesa, ordena que cada soldado corte um galho de árvore e o carregue consigo, investindo contra Macbeth. Nessa noite, Lady Macbeth agita-se sonâmbula, blasfemando contra o próprio remorso, que a leva à loucura e à morte. Macbeth, informado sobre a morte de sua mulher, prepara-se para combater os inimigos, acreditando na invencibilidade. Soldados o informam que o bosque de Birmane está se movendo.
Na batalha, Macduff encontra Macbeth e investe contra ele. Macbeth brama que ninguém nascido de mulher poderia matá-lo. Macduff conta que foi "arrancado do ventre de sua mãe" - e o fere mortalmente. A ópera acaba com um coro vitorioso dos escoceses liberados.

  1. I masnadieri é uma ópera em quatro atos de Giuseppe Verdi com libreto italiano de Andrea Maffei, baseado em Die Räuber de Friedrich von Schiller. 
  2. Primeira apresentação: 22 de julho de 1847

    1. Luisa Miller é uma ópera em três atos de Giuseppe Verdi com libreto italiano de Salvatore Cammarano, baseado na peça de Teatro Kabale und Liebe de Friedrich von Schiller, cujo tema é a intriga e o amor. A estreia foi no Teatro San Carlo de Nápoles, em 8 de dezembro de 1849.
    2. Com a festa de aniversário de Luisa Miller filha de um velho soldado na reforma que não vê com bons olhos o pretendente da filha, um jovem que ninguém conhece. Á entrada da igreja, para onde todos se dirigem, Wurm, o mordomo do Castelo do Conde Walter, interroga Miller acerca da promessa que este lhe fizera, há mais de um ano, de que ele se casaria com Luisa, intimando-o a exercer o seu poder paternal, o que Miller recusa. Então Wurm decide revelar a verdadeira identidade do seu rival: ele não é outro senão Rodolfo, filho do Conde. Esta revelação aumenta a inquietação de Miller que passa a desconfiar das intenções do jovem. Entretanto Wurm regressa ao castelo onde executa a 2ª parte do seu golpe revelando ao Conde o que se passa. O Conde fica perturbado, já que os seus projectos eram outros, e acredita que a traição do filho é uma forma de castigo por um crime, que conseguira manter secreto até então. Decide então chamar Rodolfo a quem declara ter já escolhido a sua futura mulher - a Duquesa Federica de Osthein, uma jovem viúva, rica e influente na Corte. Rodolfo deverá ir visitá-la e oficializar o pedido. Rodolfo obedece e vai procurar a Duquesa. Só que, em vez do esperado pedido de casamento, revela a Federica que o seu coração pertence a outra, o que provoca nela uma violenta reacção de dor e de ciúme. Enquanto o Conde parte para a caça, Luisa espera Rodolfo. Miller regressa do castelo, furioso, e revela à filha que o seu pretendente não apenas a enganou, apresentando se sob uma falsa identidade, como lhe escondeu também estar de casamento marcado com a Duquesa. Rodolfo chega e jura a Luisa que ela é a sua única noiva. Se o Conde se opuser ao casamento, ele saberá fazê-lo aceitar. O Conde surge, inesperadamente, agredindo e ofendendo Luisa. Magoado na sua honra, Miller grita por vingança, o que faz com que o Conde ordene de imediato a prisão do velho soldado e da filha. Rodolfo tenta interceder, mas o Conde não recua na sua decisão. Então o jovem faz uma ameaça, prometendo revelar por que meios o pai conseguiu o título. O Conde fica aterrado e manda libertar Miller e Luisa, antes de partir em busca do filho, que saíra intempestivamente.
    3. Na aldeia avisam Luisa de que o pai voltou a ser preso pelo Conde. Desesperada, Luisa que corre para o castelo, mas Wurm chega e diz que Miller fora preso por ter ameaçado o Conde de morte e que espera a pena capital. Wurm acrescenta que Luisa o pode salvar, para tanto basta escrever uma carta endereçada a ele, Wurm, onde afirme ter sido a ambição que a levara a aceitar a corte de Rodolfo, e que na verdade nunca o amara. Agora, que o seu plano falhara, pede a Wurm, a quem na verdade ama, que aceite fugir com ela. Temendo pela vida do pai, Luisa não vê outra saída senão aceitar a proposta ignominiosa de Wurm e escreve pelo seu punho o texto da carta que ele próprio lhe dita. Entretanto, no castelo, o Conde reafirma a sua intenção de tomar em mãos o Destino do filho. Wurm chega e informa-o de que o estratagema funcionara. Mas o Conde teme ainda que Rodolfo revele o seu segredo, o de que não foi um assaltante mas sim ele próprio, com a cumplicidade de Wurm, quem assassinou o antigo Conde, seu primo, para receber a sua herança. Em seguida o Conde informa a Duquesa de que Rodolfo em breve a irá procurar mal tome conhecimento de que Luisa andou a brincar com os seus sentimentos. Como prova do que diz, obriga Luisa a jurar, diante da Duquesa, que ama Wurm. Entretanto Wurm já fez com que a falsa carta de Luisa caísse nas mãos de Rodolfo que não consegue acreditar que a jovem o tenha traído, desafiando Wurm para um duelo - do qual o mordomo se esquiva airosamente. Desesperado, Rodolfo cai aos pés do pai que, hipocritamente, o consola e o faz prometer aceitar casar-se com a Duquesa.
    4. Na aldeia onde os camponeses tentam consolar Luisa. Miller que fora libertado regressa e a filha pede-lhe que entregue a Rodolfo uma sua carta de despedida, já que pretende pôr termo à vida. O pai convence-a, no entanto, a abandonar com ele a aldeia. Miller sai. Rodolfo chega e despeja veneno invisível no jarro de água sobre a mesa. Ele então pergunta se Luisa realmente escreveu a carta em que declara seu amor por Wurm. "Sim", responde a menina. Rodolfo bebe um copo de água, em seguida, passa um copo de Luisa e convida-a para beber. Depois pergunta de novo a Luisa se é Wurm quem ela realmente ama. Luisa hesita. Para a forçar a responder, Rodolfo diz-lhe que em breve irão ambos estar perante Deus. Sentindo-se libertada da promessa, Luisa revela aquilo que se passou. Miller regressa e Luisa morre nos seus braços. Entram em seguida Wurm e o Conde que vêm buscar Rodolfo para se casar com a Duquesa. Ao ver o mordomo, Rodolfo trespassa-o com a espada caindo morto em seguida. A ópera termina com Miller e o Conde petrificados perante os cadáveres dos filhos.
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    6. Fra Diavolo, personagem de uma ópera de Auber, era um conhecido ladrão de estrada; salteador, morto, enforcado, em 1806, com a idade de 35 anos. Chamava-se Miguel Pezza e era italiano!

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