INTERNACIONAL II

Quem não se lembra dessa canção no filme A Noviça Rebelde?

Famosa em todo o mundo, encantou multidões!



 DO-RÉ-MI

Let's  start at a very beginning

A very good place to start

When you read  you  begin a-b-c

When you sing you begin with  do-re-mi

Do-re-mi...do-re-mi

The first three notes just happen to be

Do-re-mi...do-re-mi

Let's see if I can make  it  easy


Doe, a deer, a female deer
Ray, a drop of golden sun
Me, a name i call myself
Far, a long, long way to run
Sew, a needle pulling thread
La, a note to follow sew
Tea, a drink with jam and bread
That will bring us back to do (oh-oh-oh)
Do-re-mi-fa-so-la-ti-do
So-do!



Saindo um pouco das músicas maravilhosas dos filmes, vamos conhecer um


 estilo musical diferente, belíssimo, que encanta pessoas em todo o mundo:


                                    B L U E S

Estilo vocal e instrumental afro-americano, caracterizado pelas expressivas

modulações ( blue notes), qualidades tonais únicas e fraseado original, com


temas tristes, de desilusão amorosa e das agruras da vida e da condição negra.

A influência africana fica patente no padrão de " chamados e respostas" dos

refrões, e na imitação de frases vocais pelos instrumentos, especialmente a 

guitarra. O blues surgiu no sul dos EUA, no delta do Mississipi, no fim do séc.

XIX.

W.C.Handy e Charlie Patton são os primeiros bluesmen conhecidos.







Atinge sua maturidade no norte ( Chicago), influenciando todos os estilos de

jazz e os anos 20 consagram Bessie Smith como sua intérprete clássica, como

podemos ouvir em Mama's got the blues.




Louis Armstrong, com suas criações coesas e inovadoras, eleva o blues e  jazz

à categoria de expressão artística.




Outra grande intérprete é Billie Holiday, nos anos 30 e 40.




Na década de 40 surge a variante be-bop, com Charlie Parker e Dizzy Gillespe,

numa nova concepção harmônica. Sua influência na música contemporânea 

internacional e no rock é extensa.

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A música chinesa tem seis mil anos de história. De origem popular ( canções de

 amor e de trabalho), cumpriu inicialmente funções ritualísticas até o aparecimento

de uma música mais erudita, empregada nas cerimônias e divertimentos da corte.

Misturando o canto e a dança, utilizava inúmeros instrumentos, classificados 

conforme o material de que eram feitos: metal, pedra, seda. bambu, barro, couro,

madeira. Eram : flautas ( di, paixiao), cítaras ( se, zheng), violões ( qin), órgão de

 boca ( sheng). alaúde ( pipa), tambores com duas peles ( dagu).




A teoria musical baseia-se em uma escala pentatônica com cinco funções. Cada 

escala ou modo possui um caráter particular utilizado com fins expressivos. O ritmo

e as células rítmicas binárias são frequentes.




A história da música chinesa está ligada à das diferentes dinastias. Depois de ter 

sofrido influência coreana e indiana, a música teve um grande desenvolvimento 

sob a dinastia dos Tang ( 618-907). As canções e poemas, inspirados na música

 popular, dividem-se em duas categorias: o shi e o ci, segundo a simetria ou não 

dos versos. O ci, muito elaborado sob a dinastia Song ( 960-1279), tornou-se um 

elemento importante do teatro tradicional, porta-voz do povo.




 Graças aos mongóis

( dinastia dos Yuan, 1279-1368) uma nova escala musical penetrou nos sistemas 

chineses. O teatro continua sendo o principal meio de expressão artística.




O jingxi ou teatro musical, conhecido como " Ópera de Pequim" aparece no início 

do século XVII ( sob a dinastia dos Qing, 1644-19110, com jogos de cena inspirados

na dança. Depois da queda da monarquia, a música europeia fez sua aparição. A 

ocidentalização, considerada como um sinal de progresso, trouxe instrumentos, 

teorias e regras de composição ocidentais, músicos formados em conservatórios 

ocidentais são hoje responsáveis pela música de vanguarda.













A noite clara sobre o deserto do Norte da África e os tanques de nosso batalhão comprimiam-se num círculo protetor. Um grupo de camaradas meus juntou-se em volta do rádio. Aproximei-me e um deles pôs o dedo nos lábios.
Do rádio saía um som de trompete, seguido por uma voz terna de mulher, cantando em alemão a melodia mais obsessiva que eu já ouvira.

" Vor der Kaserne
vor dem grossen Tor
stand eine Laterne
und steht sie noch davor...




Nem eu nem a maior parte de meus companheiros entendia as palavras, pois não pertencíamos ao Afrikakorps alemão, mas ao 8. Exército, os chamados Ratos do Deserto. Mas isso não impedia que ficássemos cativados por aquela voz misteriosa que de algum modo chegava ao mais fundo de nossos pensamentos e recordações.
A curta distância dali, soldados alemães ouviam a mesma canção, partilhavam de nossa solidão e de nossa saudade. Era na primavera de 1942; ambos os lados estavam longe de casa, mas todos estávamos apaixonados pela mesma garota. E o mesmo se passava com milhões de soldados de quase todas as nacionalidades que ainda hoje a recordam. Seu nome é Lili Marleen.



Quem era Lili e como atravessou fronteiras, línguas e gerações para se  tornar a  amada de todos os soldados? Sua história começa em 1915, nos bastidores da Primeira Guerra Mundial.
Numa noite de nevoeiro em Berlim, Hans Leip, um jovem cadete e poeta iniciante, estava de sentinela num aquartelamento de fuzileiros. Do outro  lado da rua, o nevoeiro movia-se fantasmagoricamente em redor da luz forte de uma lanterna.
Leip deixara há pouco os braços da bela Lili, filha do dono de uma loja de hortaliças e, sonhador, pensava ainda nela quando, do meio da nevoa iluminada pela lanterna, surgiu Marleen, uma beleza coquete de olhos verdes como o mar, que Leip conhecera numa galeria de arte. Para ele, fora mesmo amor à primeira vista.
Marleen ia a  caminho de um hospital próximo, prestar ajuda a soldados feridos.
Acenou-lhe e saudou-o no momento preciso em que o sargento de sentinela veio ao portão. Impossibilitado de responder, Leip, com o coração partido, viu-a desaparecer no nevoeiro.



Nessa noite, deitado no catre a sonhar com Lili e Marleen, sentiu-se inspirado a escrever um poema com os nomes das duas, que intitulou  Canção de Um Jovem Sentinela.
O poema fala de um soldado que está de plantão à porta de seu quarto, à luz de uma lanterna, e que acena à sua amada., Lili Marleen. O clarim soa. Ele anseia por estar com Lili, mas o clarim volta a chamar. Na despedida, o soldado pergunta-se em voz alta: Se alguma coisa me acontecer, outro homem abraçará o meu amor à luz da lanterna? Ou o meu fantasma voltará a abraçá-la...wie einst, Lili Marleen...como outrora, Lili Marleen?
Enviado para a frente russa, Leip não voltou a ver Lili nem Marleen. Cerca de 20 anos mais tarde, incluiu a A Canção de Lili Marleen numa antologia de poemas seus. O compositor berlinense Norbert Schultze descobriu o poema, musicou-o, deu-lhe o título de Lili Marleen e ofereceu-o ao tenor Jan Bayern, que o achou " demasiadamente simples" e o devolveu.
Schultze então deu Lili Marleen a uma cantora de clube noturno chamada Lale Andersen, uma loura vistosa, de voz impressionante e sensual, que se adaptava à melancolia da canção. Em 1939, a Electrola Company gravou-a. Nessa altura, já a guerra eclodira, e só se venderam 700 cópias, cada uma das quais vale hoje 300 dólares.



A canção permaneceu no anonimato durante dois anos. Depois de a Alemanha ter ocupado a Iugoslávia, a Wehrmacht abriu a Rádio Belgrado para transmitir para transmitir para suas tropas nos Bálcãs e no Norte da África. O diretor da estação teve de surrupiar alguns discos. Numa cave da Rádio Viena, um soldado foi desencantar uma coleção poeirenta de discos, entre os quais a Lili Marleen de Lale.Na noite de 18 de agosto de 1941, a música foi para o ar pela primeira vez.
Meu futuro cunhado, então comandante de tanque no Afrikakorps, ouviu a canção." Fiquei enfeitiçado", contou-me ele anos mais tarde. E como ele, milhares de soldados. Os pedidos de repetição choveram na Rádio Belgrado.
A canção tornou-se também favorita na frente alemã, regularmente transmitida na Rádio Berlim. " Meu filho morreu em combate", escreveu uma mãe alemã ao compositor Schultze. " Na última carta, falava de Lili Marleen. Penso nele sempre que ouço sua canção!"



O comandante do Afrikakorps, o astuto general Erwin Rommel, viu na canção uma forma de elevar o moral de seus homens e ordenou que ela fosse transmitida todas as noites. Às 21:55, a canção encerrava a emissão da Rádio Belgrado e espalhou sua magia quase até o fim da guerra.
Em seu livro The Great Lili ( A Grande Lili), Carlton Jackson lembra que o ministro da propaganda nazista, Joseph Goebbels, detestava Lili. O que ele queria eram músicas que incentivassem o moral, como  Bomben auf Engelland ( Bombas sobre a Inglaterra), e ordenou a destruição da matriz da gravação de Lale Anderson. Quando da queda de Stalingrado, em janeiro de 1943, na qual morreram 300.000 soldados alemães, ele proibiu terminantemente a canção, dizendo que " uma dança de morte soava em seus acordes"!
O que Goebbels realmente não sabia era que uma  segunda cópia fora enviada à Suíça, um país neutro. Três dias após a proibição, Lili estava de novo no ar.
Incapaz de abafar a canção, ele vingou-se na cantora, pondo-a sob vigilância e espalhando o boato de que tinha amigos judeus. De fato, Lale Anderson era amiga íntima de alguns judeus e escreveu a um deles, para um endereço na Suíça, confessando-lhe o quanto ansiava por sair da Alemanha.



Na Itália, a seguir a uma turnê de concertos para as tropas, ela decidiu escapar de trem pela fronteira suíça, mas foi identificada por dois agentes da Gestapo numa plataforma da estação de Milão. De novo em Berlim, um oficial nazista exibiu-lhe cópias das cartas incriminatórias que haviam sido interceptadas. Acusada de espionagem, Lale foi posta em prisão domiciliar e ameaçada a ir para um campo de  concentração.
Os Serviços Secretos britânicos souberam de sua prisão. A BBC transmitiu a notícia que os nazistas tinham enviado a menina querida da Alemanha para um campo de concentração. A intervenção  britânica pode ter contribuído para salvá-la. A Gestapo pareceu desinteressar-se dela, que assim pode escapar calmamente para a casa dos avós numa ilha do mar do Norte, onde permaneceu até o fim da guerra.
O romancista John Steinbeck disse: " A canção alemã foi " capturada" pelos britânicos que lutavam contra Rommel no deserto, mas, tal como Goebbels, as altas patentes militares também não gostaram dela.Não era música adequada para os soldados  marcharem _ e ainda por cima cantada em alemão.
Carlton Jackson conta ainda que, de regresso à Inglaterra, alguns veteranos do 8. Exército estavam uma noite cantando alto Lili Marleen num bar frequentado pelo editor musical J.J. Phillips quando este fez-lhes notar que a polícia da aldeia  poderia pensar que eles eram espiões alemães. " Se o senhor está tão incomodado", gritou um soldado, " por que não nos escreve uma letra em inglês?"
Phillips aceitou o desafio com a ajuda do letrista Tommie Connor. Lili tornou-se
My Lili of the Lamplight ( Minha Lili da Lanterna), Marleen mudou para Marlene e o nevoeiro e o espírito que se erguia do túmulo para beijá-la ficaram para trás. A nova Lili era a garota que  ficava nostalgicamente à espera que seu soldado voltasse são e salvo.
Sob a lanterna, à entrada da caserna.
Querida, lembro-me como costumavas me esperar
E suspirar ternamente
Que me amavas, que serias sempre
Minha Lili da lanterna
Minha Lili Marlene.
o sucesso foi imediato. No espaço de seis meses, as vendas de pautas atingiram 1 milhão de cópias.A inesquecível balada exprimia todos os receios de um soldado longe de casa, ansioso pelos braços da amada. Edith Piaf cantou-a para as tropas francesas e Marlene Dietrich, em suas apresentações, para os soldados americanos estacionados no estrangeiro. Os soldados do 5. Exército americano marcharam sobre Florença entoando Lili.
O poema de Leip foi adaptado em mais de 40 linguas. A versão italiana diz: " Dá-me uma rosa e aperte-a de encontro a meu coração". A francesa fala em " E na noite escura, nossos corpos enlaçados". Os soldados russos, que aprenderam Lili com os prisioneiros alemães, criaram uma versão ainda mais picante, que foram proibidos de cantar.
Mas os americanos ainda foram mais longe. No pós-guerra, os soldados criaram a seguinte paródia em inglês, alemão e francês:
Down by the bahnhof, American soldat
Zie haben cigaretten and beaucoup chocolat
Das ist prima, das ist gut
A zwanzing Mark for fumph minute
How much, Lili Marlene?
How much, Lili Marlene?
( Na estação, soldado americano,
Tens cigarro e muito chocolate
É uma maravilha, é tão bom
Vinte marcos por 5 minutos
Quanto é, Lili Marlene?
Quanto é, Lili Marlene?)



Ao longo das décadas, os cinéfilos ouviram a versão correta em dezenas de filmes e documentários.No clássico O Julgamento de Nuremberg, de 1961, Marlene Dietrich, de braço dado com Spencer Tracy, percorre as ruínas da cidade, enquanto os acordes de Lili Marleen ecoam de um bar. Lili confortou os soldados das Nações Unidas na Coréia, as forças francesas na  Indochina e até alguns soldados americanos no Vietnam. E ainda hoje é ouvida sempre que os velhos soldados se reúnem para cantar a solidão e os amores perdidos.
Por que terá a canção roubado tantos corações? A resposta de Lale Andersen é simples: " Pode o vento explicar por que se transforma em tempestade?" No meio da horrível e brutal cacofonia da guerra, Lili Marleen soou sempre como uma nota doce e terna. Ela pertence a todas as nações!

John Steinbeck chamou a esta música a mais bela canção de amor de todos os tempos.

Charles W.Smith
Publicada em Seleções do Reader's Digest
Abril de 1996

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                  Grigory Sokolov




   Nascido em  São Petersburgo, na Rússia, em 18 de abri de 1950, está hoje com   64 anos. Alguns  escritores afirmam ter ele nascido em Leningrado.
  1.  Começou a estudar piano aos cinco anos de idade . Aos sete anos foi admitido no Conservatório da sua cidade natal, na classe de Leah Zelikhman. Em 1966, com apenas dezesseis anos, ganha o mundo musical como um dos talentos mais interessantes e mais promissores de sua geração, ganhando o primeiro prêmio no Concurso Tchaikovsky, sendo o júri unânime (presidido Emil Gilels) . Ele é frequentemente convidado para as salas de concerto mais importantes da Europa, Estados Unidos e Japão. Tocou em Londres, Paris, Viena, Berlim, Amsterdam, Munique, Nova York.Tem colaborado com as mais prestigiadas orquestras, incluindo a Filarmônica de Nova Iorque, Londres, Munique e  com mais de 200 maestros como Myung Whun Chung, Neeme Järvi, Herbert Blomstedt, Sakari Oramo, Valery Gergiev,, Trevor Pinnok 
 Assim nasceram as gravações históricas de obras de Bach, Beethoven, Chopin,  Schubert, Brahms, Rachmaninoff, Prokofiev.

Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Grigory_Sokolov

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Da permanência dos Mouros no território português ficaram a narração  em forma de recitativo ( lengalenga) e o nome de certos instrumentos: alaúde, a guitarra( kwitra), a rebeca ( rebebe), o adufe ( al-adofe), os atabaques ou timbales ( tabil).
Nos primeiros tempos  da monarquia, a música era representada pelas formas bárbaras do  contraponto vocal da Igreja e pelas formas poéticas e musicais usadas pelos trovadores e jograis. Deste período e provenientes dos mosteiros de  Alcobaça e Arouca ( assim como na Biblioteca Municipal do Porto), existem obras sacras cuja música é em neumas. Quanto à música dos nossos trovadores, não a copiaram no Cancioneiro da Ajuda, embora nas suas iluminuras se documentem os seus instrumentos.
As recitações dramáticas denominadas  aravias, de fundo musical  árabe, são as precursoras dos rimances populares. As mais importantes  canções dessa época eram as  serranilhas, de origem pastoril, as loas, a endecha, canto fúnebre, a celeuma, barca, cantos marítimos, o solau, a xácara, a trova, as maias, as janeiras, os reis, a chacote, a folia, a gitana, o sapateado, o muchachim, o terolero e o vilão.
O arremedilho  é a mais antiga forma de comédia popular portuguesa; mas o auto ou mistério, representação religiosa que, tanto na letra como na importante manifestação dramática da Idade Média. O vilancico é a forma vocal antiga mais caracteristicamente portuguesa e está indissoluvelmente ligada à forma do auto.
Com o despontar do Renascimento, apareceram numerosas composições sacras e profanas para três e quatro vozes, como correspondente aumento de partes instrumentais que se faziam ouvir no principio em longas introduções além de sistematicamente redobrarem as vozes.
Dentro desta orientação evidencia-se Tristão da Silva ( Les Amables de la Musica), contemporâneo de D.Afonso V.

 Também se salientaram André e Garcia de Resende, Damião de Góis, Jorge de Montemor, Gil Vicente, etc.
O Cancioneiro Musical e Poético da Biblioteca Públia Hortênsia, descoberto na Biblioteca de Elvas e publicado em notação moderna por Manuel Joaquim, demonstra como andávamos em dia com a técnica do contraponto vocal.
Nos séculos XV e XVI fizeram-se muitas glossas ou ou diferenças baseadas na chacota, na folia e noutros motivos nacionais.Foi o período áureo dos guitarristas( violas) que começa com o duque de Coimbra, morto na batalha de Alfarrobeira e vai além da batalha de Alcacér Quibir.
No estilo chamado a capella ( polifonia vocal) Portugal teve mestres notáveis a começar por Manuel Mendes (Lusitano) nascido em Évora na primeira metade do século XVI ( 1605); Duarte Lobo, Fr. Manuel Cardoso, Filipe de Magalhães, Lourenço Rebelo, Diogo Dias de Melgaço( ou Melgaz),Pedro de Cristo e Manuel e Lourenço Rebelo, que revelaram a transição para o sistema tonal moderno .Destes contrapontistas vocais a cappella, há várias publicações, em notação moderna.
D. João IV, além de ter escrito numerosas composições, reorganizou e catalogou a monumental biblioteca musical que seu bisavô fundara.
D.João IV

A obra de música instrumental portuguesa mais antiga é a de Manuel Rodrigues Coelho, impressa em Lisboa em 1620 com o titulo Flores de Música da qual existe um exemplar na Biblioteca Municipal do Porto.
O período do baixo cifrado desenvolveu-se em Portugal nos fins dos séculos XVII, XVIII e XIX e denomina-se também período italiano, característico da ópera italiana.
D.João V atraiu à corte compositores e intérpretes e mandou estudar à Itália alguns artistas portugueses.Os mais notáveis compositores instrumentais desse período foram Carlos Seixas, o Scarlatti português, que escreveu cerca de 700 tocatas ou sonatas para órgão ou cravo, e Francisco Xavier Baptista.


D. João V

No século XVIII esteve em voga uma forma vocal denominada modinha e dentro dela _ lundu _ da qual segundo alguns musicólogos deriva o fado, acompanhado à viola ( violão), ao cravo e depois à guitarra, que aparece entre nós ( vinda da Inglaterra), segundo afirma A. da Silva Leite, em 1797, no reinado de D.Maria I.
João Domingos Bontempo foi um grande pianista e compositor, que exerceu uma influência importante no desenvolvimento da música, primeiro com a instituição da Sociedade Filarmônica e depois como diretor do Conservatório de Música, criado pelo Decreto de 5 de Maio de 1835. A partir de 1863, a música de câmara começa a desenvolver-se em Lisboa.
A Associação Musical 24 de Julho inaugurou os concertos sinfônicos na capital. No Porto, Moreira de Sá, Nicolau Ribas, Marques Pinto e outros artistas contribuíram para o desenvolvimento do gosto pela música de câmara, fazendo que esta cidade se tornasse um meio notável pela cultura musical. Moreira de Sá foi musicólogo e também Ernesto Vieira, autor do Dicionário de Músicos Portugueses, assim como Joaquim de Vasconcelos, que escreveu um minucioso dicionário dos músicos portugueses, em dois volumes.
Quanto à música popular, separando o fado que não tem  caráter nacional determinado, nem raízes seculares, predomina no Norte: a chula, o vira,a cana-verde e suas variantes; como instrumentos preferidos: o cavaquinho, a viola de arame, a harmônica diatônica ; em Trás -os-Montes, a gaita de foles, indispensável para a dança de paulitos assim como o tambor e bombos ( zé-pereiras).
Na Beira Baixa aparece o adufe em terras da Idanha. Na Estremadura há preferências coreográficas pelo bailarico, verde-gato e fandango e ouvem-se os pífaros na região setentrional. No Minho e Beira Alta, região de Lafões  ouvem-se corais a duas e três vozes, assim como  aos Mirandeses, que, com as suas quintas seguidas e dobre de vozes, nos dão a sugestão de fabordões seculares.
Os corais dos Alentejanos, amplos, expressão grandiosa da planície, são mais singelos que os ternos dos Minhotos, mas identificam-se com a paisagem dos latifúndios e a índole da gente rural alentejana.
No Alto Alentejo, predominam as saias ( modas bailadas) e os coros das ceifeiras ou apanha da azeitona, contrastam com o balhos e fandangos com seus adufes, violas, gaita e tamboril.
No Algarve a música é de estilo coreográfico ( corridinhos).
Nos Açores há ainda vestígios das aravias da época moçárabe e predomina a viola de arame de diferentes tamanhos e nomes e a rabeca, que no continente só aparece no Alto Douro, no acompanhamento da rabela e  vareira.
Quanto a compositores,uns enveredaram pela técnica moderna ( Luís de Freitas Branco, Cláudio Carneiro, Armando Fernandes, Maria Antonieta Lima Cruz, Antonio Fragoso, Antonio Tomás de Lima), outros pela rebusca do nacionalismo ( Viana da Mota, Armando Leca, Rui Coelho) e ainda outros que, pelo valor das obras, merecem ser citados como : João Arroio, Augusto Machado, Tomás Borba, Fernandes Fão, David de Sousa, Hernâni Torres, Luis Costa, Frederico de Freitas, hermínio do Nascimento, Joly Santos, Lopes Graça, Berta Alves de Sousa, Carlos Dubbini, Eurico Tomás de Lima, etc.
Até a alguns anos existiam duas orquestras sinfônicas _ Lisboa e Porto_ além de sociedades de concertos " Orfeão Portuense" e " Circulo de Cultura Musical."  Oscar da Silva foi o introdutor do romantismo musical e evolucionou para o modernismo da técnica. Concertistas notáveis tivemos Viana da Mota e Guilhermina Suggia. Como folclorista, após César das Neves ( data de 1890 o seu cancioneiro) citam-se Francisco Serrano, Pedro Fernandes  Tomás, Gonçalo Sampaio, Armando Leça, Jaime Lopes Dias,Francisco de Lacerda, Virgílio pereira e trabalhos dispersos de  vários outros.
Os grupos orfeônicos, vindos do Orfeão Acadêmico de Coimbra e do Porto, este fundado por Raul Casimiro, são, além de algumas cuja atividade cessou e de outros que surgem: o Coro Popular de Lisboa, Orfeão Scalabitano de Leiria, de Ovar, de Viseu, do Porto, Gondomar, Matosinhos, Aveiro, Barcelos, Espinho, Universitários de Coimbra e Porto, etc.
A Orquestra Sinfônica Portuguesa (OSP), actualmente com 110 instrumentistas, foi criada em 1993, por impulso do Secretário de Estado da Cultura (Pedro Santana Lopes) na Direção-Geral dos Espetáculos e do Direito de Autor (dirigida pelo Engº António Xavier) pelo Maestro Álvaro Cassuto e Dra Arminda Agostinho da Silva (Diretora executiva), e colocada, posteriormente, sob a administração do Teatro Nacional de São Carlos.
Desde 1993, tem vindo a desenvolver atividade sinfônica, a qual, para além da sua série regular de concertos, tem incluído concertos de descentralização, participações em festivais de música e concertos para jovens. Colabora regularmente com a Radiodifusão Portuguesa através da transmissão dos seus concertos pela Antena 2 «Rádio Clássica» e da participação em iniciativas da própria RDP, a saber: Premio Pedro de Freitas Branco para Jovens Chefes de Orquestra, Premio Jovens Músicos-RDP e Tribuna Internacional de Jovens Intérpretes. No âmbito de outras colaborações destaque-se também a sua presença nos seguintes acontecimentos: produção da Radiotelevisão Portuguesa do 8.º Torneio Eurovisão de Jovens Músicos, transmitido pela Eurovisão para cerca de quinze países (1996); concerto de encerramento do 47º Festival Internacional de Música y Danza de Granada (1997); concerto de Gala de Abertura da Feira do Livro de Frankfurt; concerto de encerramento da Expo'98; e dois concertos no âmbito do Festival de Música Contemporânea de Alicante (2000).
A orquestra tem sido dirigida em concertos e em récitas de ópera por notáveis chefes de orquestra, tais como Rafael Frühbeck de Burgos, Wolfgang Rennert, Alain Lombard, Maxim Chostakovitch, Nello Santi, Alberto Zedda, Harry Christophers, George Pehlivanian, Michel Plasson, Michael Zilm e o compositor e maestro polaco Krzysztof Penderecki. De entre os cantores que já acompanhou, destaquem-se Gwyneth Jones, Mirella Freni, Teresa BerganzaJosé CarrerasMarilyn HorneEdita Gruberova, Chris Merritt, Anna Tomowa-Sintow, James Morris, Giusy Devinu, Deborah Voigt e ainda os solistas Alicia de LarrochaNella Maissa, Rudolph Buchbinder, Cristina Ortiz, Régis Pasquier, Gerardo Ribeiro, Shlomo Mint, Pepe Romero, Ana Bela Chaves, Tania Achot, Vladimir Viardo, Sequeira Costa e Pedro Burmester.
Álvaro Cassuto foi o seu primeiro maestro titular, a quem se seguiu José Ramón Encinar (1999/2001) e Zoltán Peskó (2001/2004.
Donato Renzetti desempenhou funções de Primeiro Maestro Convidado até à Temporada de 2006/07.
A partir do início da temporada 2008/09, Julia Jones ocupa este cargo.


Fontes: Lello Universal
                Os grandes Compositores Portugueses
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                           MÚSICA NAS  ANTILHAS

Em se tratando das Antilhas, observa-se no seu todo que a música da maior parte dessas ilhas é uma fusão de elementos espanhóis e africanos, que desde o século XVI conseguiu substituir todas as danças e canções de origem indígena.
Cada ilha é possuidora de danças e canções próprias, tais como:
-Beguine........  ........................em Guadalupe
-Calipso e Reggae...................em Jamaica
-Merengue..................................em São Domingos

Toda essa música tem como apoio os tambores e vários instrumentos de percussão.
No entanto, em Cuba e na República Dominicana foi absorvida numa arte que não é unicamente popular.

Mesmo em Cuba, essa evolução foi lenta, apesar de ter se destacado na música universal, com nomes como Estebam Salas, Ignácio Cervantes, Eduardo Sánchez de Fuentes, Argeliers León e Leo Brower.
Já na República Dominicana, destacam-se Manuel Simo, Antonio Morel Guzmán e Enrique de Marchina-Dujarric, como sucessores de compositores de talento como Alfonseca de Baris,Pablo Claudio e Pena Morel.


Fonte:
Músicas e Danças
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