BRASILEIRA

A Música Popular Brasileira é belíssima e muito rica.Possuímos compositores fantásticos e cantores inesquecíveis.
Vamos relembrar um pouquinho, da vida dessas pessoas incríveis?



Quando eu era muito pequena, minha mãe tinha alguns amigos dentro desse mundo artístico. E,embora fosse muito raro, quando algum deles vinha à minha cidade por conta de shows, sempre dava um jeitinho de nos ver. E eu era privilegiada, pois logo ia para o colo  e ganhava muito carinho, e um desses queridos amigos era

                     TITO  MADI


Tito Madi era o nome artístico de Chauki Maddi, grande compositor brasileiro, nascido na cidade de Pirajuí, em 12 de julho de 1929.
Além de compositor, é um intérprete sensacional, com sua voz macia e doce e teve o auge de sua carreira nas décadas de 50/60.
Escreveu  e interpretou vários samba-canções e foi  um ardente defensor da bossa nova.



Foi um compositor sempre lembrado nas  carreiras de diversos cantores, como Roberto Carlos e Wilson Simonal.


Compositor da geração pré-bossa nova, influenciou intensamente o movimento com samba-canções de harmonização moderna como " Sonho e Saudade", " Carinho e Amor", " Cansei de Ilusões", " Fracassos de Amr", " Gauchinha Bem-querer", " Não diga não", "Balanço Zona Sul" além do seu maior sucesso " Chove lá Fora":

A noite está tão fria,
Chove lá fora...
E esta saudade enjoada
Não vai embora...
Queria compreender porque partiste,
Quisera que soubesses como estou triste.
E a chuva continua
Mais forte ainda...
Só Deus pode entender como é infinda
A dor de não saber
Saber lá fora,
Onde estás, como estás,
Com quem estás agora!



Tito Madi nasceu numa família de músicos, onde seu pai tocava violão e seus irmãos, alaúde e bandolim. Aos dez anos de idade, Tito já se apresentava em festas na escola, mas iniciou sua carreira como compositor no final da década de 40, ao compor a sua primeira música " Eu Espero Você".
No ano de 1952, foi morar em São Paulo e começou a trabalhar na Radio Tupi.Nessa ocasião, conseguiu lançar seus primeiros compactos como cantor e compositor, conquistando grande sucesso com o samba " Não Diga Não", lançado pela gravadora Continental.
No ano de 1954, foi morar no Rio de Janeiro e foi trabalhar na TV Tupi, mas continuou compondo e se apresentando em boates e rádios. No ano de 1957, fez sucesso com " Chove Lá Fora" e obteve enorme sucesso. Essa canção foi gravada em inglês por Della Reese e The Platters, com  nome " It's Reining Outside",
No ano de 1959 saiu da Continental e foi trabalhar com a gravadora Columbia Records e iniciou seus trabalhos com o maestro Radamés Gnattali. Em 1961, novamente troca de gravadora e passa a trabalhar com a CBS ao lado do maestro Lyrio Panicalli.


No ano de 1963, o cantor Wilson Simonal gravou várias de suas músicas, culminando com " Balanço Zona Sul", no seu álbum de estréia " Tem "Algo Mais", obtendo enorme sucesso em todas as rádios brasileiras. A proximidade com a gravadora  de Wilson Simonal faz com que Tito Madi  escolha trabalhar com a EMI-Odeon, continuando seu trabalho com o maestro Lyrio Panicalli e com o jovem Eumir Deodato.
Tito Madi permaneceu na gravadora Odeon até o ano de 1976, tendo uma breve passagem pela RCA Victor, por volta do ano de 1968. 
A partir dessa data, suas músicas inéditas e seus discos começaram a ficar cada vez mais raros, mas mesmo assim, Tito Madi continua suas viagens pelo Brasil, fazendo seus shows.
Seu último álbum lançado foi Ilhas Cristais, ano 2001.



DISCOGRAFIA
  • 1957 - Chove Lá Fora
  • 1957 - A Saudade Mata a Gente
  • 1958 - Sua Voz... suas Composições
  • 1959 - Encontro no Sábado - Um LP para Namorados (em parceria com a cantora Nelly Martins)
  • 1959 - Quero-te Assim
  • 1959 - ... e a Chuva Continua
  • 1960 - Carinho e Amor (em parceria com Ribamar)
  • 1960 - Canção dos Olhos Tristes
  • 1960 - Romance
  • 1961 - Sonho e Esperança
  • 1963 - Amor e Paz
  • 1964 - De Amor se Fala
  • 1966 - Balanço Zona Sul e outros Sucessos
  • 1968 - Em Nova Dimensão
  • 1971 - A Fossa
  • 1972 - A Fossa Volume 2
  • 1973 - A Fossa Volume 3
  • 1974 - Canção de Amor - A Fossa Volume 4
  • 1976 - Carinho e Amor
  • 1987 - Quem É da Noite, Canta
  • 1992 - Samba Canção - Série Academia Brasileira de Música - Volume VII (em parceria com a cantora Dóris Monteiro)
  • 1995 - Tito Madi
  • 2001 - Ilhas Cristais


                  REGINALDO ROSSI




Reginaldo Rossi era o nome artístico escolhido por Reginaldo Rodrigues dos Santos. Ele nasceu na cidade de Recife, em 14 de fevereiro de 1943 e faleceu,recentemente, em 20 de dezembro de 2013.
Foi compositor e cantor conhecido como "O Rei do Brega".
Foi estudante de graduação em Engenharia Civil durante quatro anos e era professor de Física e Matemática. Tendo recebido a influência dos Beatles, deu início a sua carreira artística cantando rock e durante muito tempo, foi crooner em boates.




Reginaldo Rossi deu início à sua carreira artística no ano de 1964, integrando-se na Jovem Guarda.No início, ele imitava o cantor Roberto Carlos.
Ele se orgulhava muito por ter sido o primeiro cantor de rock do Nordeste , quando comandava o grupo The Silver Jets.
Apo longo de sua carreira, o cantor gravou com grandes nomes como Wanderléia, Roberta Miranda e Planete Hemp.
Com cerca de 50 álbuns lançados, recebeu 14 discos de ouro, dois de platina duplo e um de diamante.



Resolveu ingressar na política em 2008, candidatando-se a vereador do município de Jaboatão dos Guararapes, obtendo, apenas 717 votos, sendo somente o 119* mais votado.
Filiado ao Partido Democrático Trabalhista( PDT) Reginaldo Rossi tentou novamente se eleger, só que, dessa vez, como Deputado Estadual, nas eleições de 2010. Mas não conseguiu se eleger, pois obteve apenas 14.934 votos, ficando na 93* colocação no pleito.
Sua saúde começou a dar problemas e no dia 09 de novembro de 2013, através de um procedimento chamado toracocentese, retirou dois litros de líquido acumulados entre a pleura e o pulmão. O resultado dessa biópsia, divulgado no dia 11 de dezembro, confirmou o diagnostico de câncer no pulmão.
O Rei do Brega faleceu no dia 20 de dezembro de 2013. Vai deixar muita saudade!

LPs
  • 1966 - O pãoChantecler
  • 1967 - Festa dos pães; Chantecler
  • 1968 - O Quente (1968); Chantecler
  • 1970 - À procura de vocêCBS
  • 1971 - Reginaldo Rossi; CBS
  • 1972 - Nos teus braços; CBS
  • 1973 - Reginaldo Rossi; CBS
  • 1974 - Reginaldo Rossi; CBS
  • 1976 - Reginaldo RossiBeverly
  • 1977 - Chega de promessas; CBS
  • 1980 - A voltaEMI
  • 1981 - Cheio de amor; EMI
  • 1982 - A raposa e as uvas'; EMI
  • 1983 - Sonha comigo; EMI
  • 1984- Não consigo te esquecer; EMI
  • 1985 - Só sei que te quero bem; EMI
  • 1986 - Com todo coração; EMI
  • 1987 - Teu melhor amigo; EMI
  • 1989 - Momentos de amor; EMI
  • 1990 - O rei; EMI
  • 1992 - Reginaldo Rossi; Celim

SUCESSOS

  • Se Meu Amor Não Chegar
  • Garçom (Reginaldo Rossi)
  • A raposa e as uvas (Reginaldo Rossi)
  • O pão (Reginaldo Rossi, Orácio Faustino e Namyr Cury)
  • Deixa de banca (versão de Borogodá, de Pocker, feita por Eduardo Araújo e Ferrer)
  • Tô doidão (Picket e F. Thomas)
  • Mon amour, meu bem, ma femme (Cleide)
  • Era Domingo (Reginaldo Rossi)
  • Ai, Amor (Reginaldo Rossi)
  • Em Plena Lua de Mel (Reginaldo Rossi)
  • Tenta Esquecer (Reginaldo Rossi)
Álbuns
  • 1997 - Reginaldo Rossi - Tão SofridoPolydisc
  • 1998 - Reginaldo Rossi-ao vivo; Polydisc
  • 1999 - Reginaldo Rossi the kingSony Music
  • 1999 - Popularidade-Reginaldo RossiContinental
  • 2000 - Reginaldo Rossi; Sony Music
  • 2001 - Reginaldo Rossi ao vivo; Sony Music
  • 2001 - Para Sempre -Reginaldo Rossi; EMI
  • 2003 - Reginaldo Rossi; EMI
  • 2003 - Ao Vivo, O melhor do bregaIndie Records
  • 2010 - Cabaret do Rossi
                  VICENTE CELESTINO

É lamentável que a nova geração não conheça nada sobre esse cantor fantástico que foi Vicente Celestino. Meus pais e avós o idolatravam e eu cresci aprendendo a ouvir, entender e apreciar a boa música e a bela voz de Vicente Celestino.



 Antônio Vicente Filipe Celestino, cantor, compositor e ator, nasceu no Rio de Janeiro (RJ), em 12 de setembro de 1894, e faleceu em São Paulo, em 23 de agosto de 1968, aos 74 anos de idade.
 Filho de um casal de imigrantes italianos, da região da Calábria, chegados ao Brasil dois anos antes de seu nascimento, teve dez irmãos, sendo quatro também artistas: João, comediante; Pedro Celestino, tenor; Radamés, barítono; e Antônio, baixo.   Já Vicente Celestino começou a cantar aos oito anos, num grupo chamado Pastorinhas da Ladeira do Viana e, ainda aluno de escola primária pública, iniciou-se no ofício de sapateiro com o pai, e depois, ao concluir o curso primário, entrou para o Liceu de Artes e Ofícios, para aprender desenho industrial.  



 Em 1903 participou do coro infantil da ópera Carmen (Bizet, 1838-1875), no Teatro Lírico e, notado pelo tenor italiano Enrico Caruso, recebeu convite para ir estudar canto na Itália, mas seu pai recusou-lhe autorização.  
 Assim, talvez com uma grande carreira lírica truncada, Celestino foi trabalhar numa fábrica de guarda chuvas, em 1905 e, no ano seguinte, trabalhou de servente de pedreiro. Em 1910, voltou à sapataria do pai.  
 Cantou solo em público, pela primeira vez, na peça Vida de artista, encenada em 1912 pelo Grupo dos Cartolas, formado por amigos do bairro da Saúde. Depois, começou a cantar em festas, serenatas e casas de chope, abandonando o emprego em 1913 para dedicar-se somente à música. Numa dessas casas de chope, foi ouvido por Alvarenga Fonseca, que o levou para a Companhia Nacional de Revistas, do Teatro São José, onde era diretor.  




 No dia 10 de julho de 1914, estreou na revista Chuá-Chuá, de Eustórgio Wanderley e J. Ribas, participando do coro e solando a valsa Flor do mal (Santos Coelho e Domingos Correia), com calorosos aplausos. Dois anos mais tarde, integrando a Companhia Leopoldo Fróis, foi cantar em São Paulo, sendo promovido a ator-cantor, apresentando-se depois em Pernambuco, Bahia e no Rio Grande do Sul.  
 Em 1915, gravou seu primeiro disco, Flor do mal e Os que sofrem (Alfredo Gama e Armando Oliveira) na Casa Edison (mais tarde Odeon), no Rio de Janeiro. Deixou o Teatro São José em 1917, para se dedicar ao estudo do canto, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Em 1919, voltou aos palcos, como ator de várias peças, começando em março, no papel principal em Amor de bandido (Oduvaldo Viana e Adalberto de Carvalho), encenada pela Companhia de Pascoal Segreto, no Teatro São Pedro (hoje João Caetano).  





 Seu maior sucesso nessa temporada foi a opereta Juriti, de Viriato Correia, com música de Chiquinha Gonzaga, apresentada no mesmo teatro. Em 1920, ao lado da atriz e cantora Laís Areda, organizou sua própria companhia de operetas, estreando com Loucuras de amor (Adalberto de Carvalho), no Teatro Americano. No ano seguinte trabalhou nas óperas Tosca, de Giacomo Puccini (1858-1924) e Aida, de Giuseppe Verdi (1813-1901), no Teatro Lírico, e em Carmen, no Teatro São Pedro.  




 Muito dinâmico, apesar dos seus apenas 29 anos de idade, fundou nova companhia com a cantora Carmen Dora, em 1923, para excursionar pelo Brasil; nos anos seguintes continuou a percorrer o país de norte a sul. 

 Mas sua popularidade veio mesmo através dos discos, cantando músicas populares e não óperas, como ele mesmo afirma na entrevista com Sarmento. Em 1917 gravou seu segundo disco, Urubu Subiu, marcha carnavalesca em duo com Bahiano; em 1918 gravou o Hino Nacional Brasileiro (Francisco Manuel da Silva e Osório Duque Estrada); e, em 1924, O cigano, de Marcelo Tupinambá e João do Sul.  
 Na Odeon, já no processo elétrico, de abril de 1928 a outubro de 1930 lançou 19 discos com 35 músicas, alcançando sucesso com Santa (Freire Júnior), em 1928, e o tango-canção Nênias (Cândido das Neves, apelidado de Índio), 1929, entre outras. Em 1932 passou para a Columbia, gravando no primeiro disco o grande sucesso Noite Cheia de Estrelas, de Cândido das Neves, que deu novo impulso à sua carreira discográfica. No ano seguinte, casou se com a cantora e atriz Gilda de Abreu. 




 No mesmo ano Vicente Celestino trabalhou em dupla com a esposa no Teatro Recreio do Rio de Janeiro, na opereta "A canção brasileira", de Luís Iglésias, Miguel Santos e Henrique Vogeler. 
 Em 1935 começou a gravar na RCA Victor, obtendo dois êxitos já no primeiro disco: as músicas Ouvindo-te, de sua autoria, em duo com Gilda, e Rasguei o Teu Retrato (Índio). A partir desse ano, começou a se projetar também como compositor de grandes sucessos como, por exemplo, O Ébrio, 1936, Coração Materno, 1937, Patativa, 1937, Sangue e Areia (com Mário Rossi), 1941, Porta aberta, 1946.  
 Como não podia deixar de ser, dada à sua veia lírica, Vicente transformou as canções O Ébrio e Coração Materno em operetas, encenando-as entre 1941 e 46. Nesse mesmo ano, sua esposa Gilda levou os roteiros das peças para as telas do cinema, sendo que o Ébrio elevou de vez Celestino aos "píncaros da glória", como ele diz na letra da canção. E grande parte do povo acreditava que aquela era realmente a história do cantor, tal a força da canção e da interpretação de Celestino. 

 Em agosto de 1968, o cantor que ficou conhecido com A Voz Orgulho do Brasil, estava se preparando para gravar um programa de televisão em que seria homenageado pelos componentes do Movimento Tropicalista (Gil-Caetano), quando sentiu-se mal no quarto do hotel Normandie, em São Paulo. 
 Às 22h30, calava para sempre a voz do grande artista.
 No total, em todas as gravadoras, desde a fase mecânica, Vicente Celestino deixou um histórico legado de 137 discos em 78 rpm com 265 músicas, mais dez compactos e 31 LPs, vários destes com relançamentos. 



SUCESSOS:

                 GILDA DE ABREU





Filha de um diplomata brasileiro e de uma cantora lírica, começou como atriz de teatro em 1933, passando ao cinema no papel principal da comédia romântica "Bonequinha de Seda", produzida por Ademar Gonzaga, em 1936.

Foi uma das primeiras mulheres a dirigir filmes no Brasil, fazendo estrondoso sucesso com o melodrama "O Ébrio" de 1946, sobre a ascensão e decadência de um cantor em virtude de uma decepção amorosa e do alcoolismo. O papel principal foi de seu marido, o cantor e compositor Vicente Celestino, com quem se casou em 1933.




Dirigiu também os dramas "Pinguinho de Gente", uma história ingênua e simplória, em 1947, "Coração Materno", onde também atuou como atriz e roteirista, em 1951, ao lado de Vicente Celestino, e "Chico Viola não Morreu", documentário sobre a vida e as canções de Francisco Alves.

Foi cantora lírica e de operetas, autora de radionovelas, das peças teatrais "Aleluia", "A Mestiça", "Arca de Noé" e "Alma de Palhaço" e de vários livros, dois deles sobre o marido, que morreu em 1968. Quando ela morreu estava casada com José Spinto.

No dia 04/06/1979, onze anos depois da morte do marido, aos 74 anos, a bonequinha de seda de Celestino despediu-se da vida na cidade do Rio de Janeiro, partindo ao encontro daquele que tanto amou e admirou.



Um do maiores intérpretes da nossa musica e que marcou época, causando emoções nos corações femininos.


               NELSON  GONÇALVES

Nelson Gonçalves era o nome artístico de Antônio Gonçalves Sobral.
Ele nasceu em Santana do Livramento, no dia 21 de junho de 1919 e faleceu no Rio de Janeiro em 18 de abril de 1998.
Foi cantor e compositor brasileiro, considerado o terceiro maior vendedor de discos da história da Música Popular Brasileira, com mais de 75 milhões de cópias vendidas. Ele ficou apenas atrás do cantor Roberto Carlos, com mais de 120 milhões e Tonico & Tinoco, com aproximadamente 150 milhões.
Seu maior sucesso foi a canção " A Volta do Boêmio".

Nasceu no interior do Rio Grande do Sul, mas mudou-se com os seus pais, portugueses de Lisboa para o bairro do Brás em São Paulo. Quando criança, era levado para praças e feiras pelo seu pai, que precisava sustentar a família, e para isso, além de fazer outros serviços, fingia-se de cego e tocava violino, enquanto Nelson cantava, agradando os transeuntes e ganhando gorjetas.

Sua família era muito humilde e por isto, Nelson teve que abandonar os estudos no início de sua adolescência, para ajudar o pai a sustentar o lar. Foi jornaleiro, mecânico, engraxate, polidor e tamanqueiro. Querendo ganhar mais dinheiro e seguir uma profissão, se inscreveu em concursos de luta e venceu, tornando-se lutador de boxe na categoria peso-médio, recebendo, aos dezesseis anos de idade, o título de campeão paulista de luta. Após o prêmio, só ficou mais um ano lutando, pois queria investir em seu sonho de infância: Ser artista.



Mesmo com o apelido de "Metralha", por causa da gagueira, tomou coragem e não se deixou levar pelos preconceitos, e decidiu ser cantor, após deixar os ringues de luta. Em uma de suas primeiras bandas, teve como baterista Joaquim Silva Torres. Foi reprovado duas vezes no programa de calouros de Aurélio Campos. Finalmente foi admitido na rádio PRA-5, mas dispensado logo depois.
Nesta época, no ano de 1939, aos 20 anos, casou-se com sua noiva, Elvira Molla. Com Elvira teve um casal de filhos: Nelson Ramos Gonçalves Filho e Margareth Molla Ramos Gonçalves. Sem emprego, trabalhava como garçom no bar do seu irmão, na avenida São João.



Neste mesmo ano, seguiu para o Rio de Janeiro com a esposa, onde trilhou mais uma vez o caminho dos programas de calouros. Foi reprovado novamente na maioria deles, inclusive no de Ary Barroso que o aconselhou a desistir.
No ano de 1941, conseguiu gravar um disco de 78 rotações, que foi bem recebido pelo público. Passou a crooner do Cassino Copacabana (do Hotel Copacabana Palace) e assinou contrato com a Rádio Mayrink Veiga iniciando uma carreira de ídolo do rádio nas décadas de  40 e 50, da escola dos grandes, discípulo de Orlando Silva e Francisco Alves.




Alguns de seus grandes sucessos dos anos 40 foram Maria Bethânia (Capiba), Normalista (Benedito Lacerda/ Davi Nasser), Caminhemos ( Herivelto Martins), Renúncia (Roberto Martins/ Mário Rossi) e muitos outros.Na década de 50 novos grandes sucessos como Ultima Seresta( Adelino M0reira/ Sebastião Santana), Meu Vício É Você e a emblemática A Volta do Boêmio (ambas de Adelino Moreira).





No final dos anos 40, seu casamento com Elvira estava abalado, por muitas brigas conjugais devido aos ciúmes de Elvira. Em uma turnê por Minas Gerais,Nélson conheceu Maria, uma fã, que se declarou apaixonada por ele. Não resistindo a jovem, os dois passaram a ter um caso, e Nélson sempre ia visitá-la no interior de Minas. A moça engravidou, mas não revelou a Nélson, por medo de a família saber que ela se envolveu com um homem casado, pois Maria sabia que Nélson jamais largaria a esposa para ficar com ela. Ele até poderia assumir o bebê, mas a família de Maria não aceitaria vê-la sendo mãe solteira. Assim, a jovem terminou o relacionamento e Nélson ficou sem entender o porque. Nélson, então, já não mais feliz no casamento com Elvira, entrou com o pedido de  divórcio que foi dado pela esposa. Só em 1991 Nélson conheceu a filha que teve com a amante, Maria, mas esta já havia falecido. Após exame de DNA, comprovou-se que Lílian realmente era sua filha. Sendo assim, ele aceitou feliz esta nova filha, que conheceu seus meio-irmãos, sendo bem aceita por eles.
Durante a década de 50, além de shows em todo o Brasil, chegou a se apresentar em países como Uruguai, Argentina, Estados Unidos no Radio City Music Hall.
Logo após o divórcio conhece Lourdinha Bittencourt , substituta de  Dalva de Oliveira no Trio de Ouro Os dois se apaixonam e após alguns anos de namoro, casam-se, no ano de 1952.. O casal passou os primeiros anos em lua-de-mel, e não pensavam em ter filhos, já que Lourdinha era muito vaidosa com o corpo e apesar de ser apenas quatro anos mais nova que o marido, se considerava jovem demais para ter filhos. Apesar da felicidade no início do casamento, com os anos a união foi se deteriorando, e o casamento durou até 1959 quando Lourdinha pediu o divórcio, devido as traições de Nélson.



No início da década de 60 Nélson conheceu Maria Luiza da Silva e começaram a namorar. Em poucos anos noivaram e em 1965, casaram-se. O casal teve dois filhos: Ricardo da Silva Ramos Gonçalves e Maria das Graças da Silva Ramos Gonçalves. Em homenagem a filha, sua caçula tem seu apelido no refrão da música Até 2001. (É no gogo gugu).
O casamento passou por grandes tribulações, quando Nélson se envolveu com cocaína no ano de 1958.,  Usando drogas por anos, sua esposa lutou contra o vício de Nélson, e apesar disto, Nélson foi preso em flagrante no ano de 1965  por porte de drogas, e passou um mês na Casa de Detenção, o que lhe trouxe problemas pessoais e profissionais. Por todo esse tempo, sua esposa o visitou no presídio e juntava economias dela e do marido, que pagavam seu tratamento e seu advogado. Após sair da cadeia e diminuir o uso de drogas, voltou a lançar o disco A Volta do Boêmio nº1, um grande sucesso.

A VOLTA DO BOÊMIO

Boemia, aqui me tens de regresso
e suplicante te peço
a minha nova inscrição

Voltei, pra rever os amigos que um dia
eu deixei a chorar de alegria,
me acompanha o meu violão

Boemia, sabendo que andei distante
sei que essa gente falante
vai agora ironizar

Ele voltou, o boêmio voltou novamente
partiu daqui tão contente
por que razão quer voltar?

Acontece, que a mulher que floriu meu caminho
de ternura, meiguice e carinho,
sendo a vida do meu coração 

Compreendeu, e abraçou-me dizendo a sorrir:
meu amor você pode partir,
não esqueça o seu violão

Vá rever, os seus rios, seus montes, cascatas,
vá sonhar em novas serenatas
e abraçar seus amigos leais

Vá embora, pois me resta o consolo e a alegria
de saber que depois da boemia
é de mim que você gosta mais

Após poucos anos, abandonou de vez o vício, sempre com o apoio de sua mulher. Totalmente recuperado, retomou sua carreira, cada vez mais bem sucedida.
Continuou gravando regularmente nos anos 7080 e 90, reafirmado a posição entre os recordistas nacionais de vendas de discos. Além dos eternos antigos sucessos, Nélson Gonçalves sempre se manteve atento a novos compositores, e chegou a gravar canções de Ângela Rô Rô (Simples Carinho), Kid Abelha (Nada por Mim), Legião Urbana (Ainda É Cedo) e Lulu Santos(Como uma Onda). Compôs e gravou A Deusa do Amor, com Lobão.
Ganhador de um prêmio Nipper da RCA, dado aos que permanecem muito tempo na gravadora, sendo somente Elvis Presley o outro agraciado. Durante sua carreira, gravou mais de duas mil canções, 183 discos em 78 rpm, 128 álbuns, vendeu cerca de 75 milhões de discos, ganhou 38 discos de ouro e 20 de platina.2
Morreu em consequência de um infarto agudo do miocárdio no apartamento de sua filha Margareth, no Rio de Janeiro. Encontra-se sepultado no Cemitério São João Batista no Rio de Janeiro.

 SUCESSOS

  • 1941 - Se Eu Pudesse um Dia
  • 1942 - Dorme que Eu Velo por Ti
  • 1942 - Fingiu Que Não Me Viu
  • 1942 - Renúncia
  • 1943 - Noite de Lua
  • 1943 - Quando a Saudade Vier
  • 1943 - Não Sou Feliz nos Amores
  • 1943 - A Saudade É um Compasso de Mais
  • 1943 - A Mulher do Seu José
  • 1943 - Solidão
  • 1943 - Perfeitamente
  • 1944 - Sabiá de Mangueira
  • 1944 - Quase Louco
  • 1944 - Dos Meus Braços Tu Não Sairás
  • 1944 - Ela me Beijou
  • 1945 - Eu Não Posso Viver Sem Mulher
  • 1945 - Aquela Mulher
  • 1945 - Meus Amores
  • 1945 - Maria Bethânia
  • 1946 - Pelas Lágrimas
  • 1946 - Seus Olhos na Canção
  • 1946 - Segure no Meu Braço
  • 1946 - Quando É Noite de Lua
  • 1946 - Menina dos Olhos
  • 1946 - A Você
  • 1946 - Coração
  • 1946 - Espanhola
  • 1947 - Dona Rosa (com Isaura Garcia)
  • 1947 - Segredo
  • 1947 - A Rainha do Mar
  • 1947 - Odalisca
  • 1948 - Princesa de Bagdá
  • 1948 - Perdôo, Sim
  • 1949 - Normalista
  • 1949 - Quando Voltares
  • 1949 - Pepita
  • 1952 - Confete Dourado
  • 1953 - Camisola do Dia
  • 1953 - Meu Vício É Você
  • 1954 - Carlos Gardel
  • 1954 - Francisco Alves
  • 1955 - Último Desejo
  • 1955 - Esta Noite me Embriago
  • 1955 - Hoje Quem Paga Sou Eu
  • 1956 - Nossa Senhora das Graças
  • 1956 - Por um Beijo de Amor
  • 1956 - Meu Vício É Você
  • 1956 - Natal Branco (com o Trio de Ouro)
  • 1957 - A Volta do Boêmio
  • 1957 - Pensando em Ti
  • 1957 - História da Lapa
  • 1957 - Grilo Seresteiro
  • 1958 - Escultura
  • 1958 - Pensando em Ti
  • 1959 - Prece ao Sol
  • 1959 - Revolta
  • 1959 - Deusa do Asfalto
  • 1960 - Meu Dilema
  • 1960 - Chore Comigo
  • 1960 - Queixas
  • 1961 - Negue
  • 1961 - Fica Comigo Esta Noite
  • 1962 - Dois Amores
  • 1963 - Enigma

Ataulfo Alves de Souza, compositor e cantor popular brasileiro, nasceu na cidade de Miraí, em Minas Gerais, no ano de 1909 e faleceu no Rio de Janeiro em 1969.



Nasceu na Zona da Mata em Minas Gerais, na Fazenda Cachoeira, no município de Miraí. Um dos sete filhos (Ataulfo, Alaor, Paulinho, Tita, Maria Mercedes, Maria Antonieta e Norina) de Dona Matilde Rita de Jesus e do lavrador, violonista, sanfoneiro e repentista Severino de Souza (conhecido como Capitão Severino, apesar de nunca ter sido militar).



Ataulfo desconhecia a origem de seu sobrenome. Aos oito anos, o futuro compositor já fazia versos para responder aos desafios do pai. Estudou no Grupo Escolar Dr. Justino Pereira. Aos dez anos, tornou-se órfão de pai e precisou trabalhar para ajudar no sustento da casa. Foi leiteiro, condutor de bois, menino de recados, carregador de malas na estação, marceneiro, engraxate e lavrador.


Deixou sua família em 1926, ao mudar para o Rio de Janeiro com o médico recém-formado Dr. Afrânio Moreira Resende. Trabalhou em seu consultório entregando recados e receitas, além de, à noite, fazer a faxina e serviços domésticos na casa do médico. Sem perspectivas nesse trabalho, empregou-se em uma funilaria de automóveis e mais tarde na Farmácia e Drogaria do Povo, onde lavava frascos. Logo aprendeu a decifrar receitas e manipular as drogas, assumindo assim a responsabilidade do laboratório. Em pouco tempo já era prático (manipulador de drogas) de farmácia.




Tocava violão, cavaquinho e bandolim nas rodas de samba do bairro onde residia (Rio Comprido). Ali organizou um conjunto para animar festas. A turma do bairro formou o bloco Fale quem quiser do qual Ataulfo tornou-se diretor de harmonia.
Em 1928, com apenas 19 anos, casou-se com Judite. O casamento durou até a morte do compositor. Tiveram 5 filhos: Adélia, Matilde, Adeílton, Adelino (que morreu muito cedo, ainda criança) e Ataulfo Júnior.



No ano seguinte começou a compor. Em 1933, por intermédio do compositor e percussionista do Estácio, Bide (Alcebíades Barcelos), conheceu Mr. Evans, diretor da Victor, um norte-americano apaixonado pela música brasileira. Este fez com que o cantor Almirante gravasse uma música de Ataulfo, a primeira a ir ao disco: Sexta-feira.



 Sua amiga, que estava em início de carreira,  Carmen Miranda, resolveu gravar, infelizmente sem sucesso, Tempo perdido (que também fora desclassificada no concurso patrocinado pelo Diário Carioca de músicas carnavalescas daquele ano, 1933) de Ataulfo. Pelo menos foi proveitoso para lançar o nome do compositor. De fato, daí pra frente foi muito mais fácil, sempre tinha um intérprete disposto a gravar suas composições. Seu primeiro grande sucesso só aconteceu em 1935, Saudade do meu barracão, gravado pelo cantor Floriano Belham. Neste mesmo ano o Bando da Lua obteve sucesso com Menina que pinta o sete, marchinha de Ataulfo e Roberto Martins. Em 1936 foi a vez de Sílvio Caldas com Saudade dela, Carlos Galhardo com A você, em parceria com Aldo Cabral, e assim por diante. A obra e a popularidade de Ataulfo foram crescendo e sendo reconhecidas.




No Rio de Janeiro, no ano de 1935, conseguiu gravar seus primeiros sambas, logo  obtendo grande sucesso com Saudade Dela, lançado em 1936 por Silvio Caldas. Enorme sucesso também foi com a música Quanta Tristeza, logo no ano seguinte, lançado por Carlos Galhardo.
Compôs também em parceria:
Oh! seu Oscar ( 1940) e Bonde São Januário ( 1941), com Wilson Batista
Ai, que saudades da Amélia (1942) e Atire a Primeira Pedra (1944), com Mario Lago.



Como intérprete, estreou no disco  no ano de 1941 com a bela composição Leva Meu Samba.
Mais tarde, com um grupo de cantoras, apresentou-se como Ataulfo Alves e suas Pastoras.



Com extensa obra gravada por inúmeros intérpretes, Ataulfo Alves foi um verdadeiro estilista do Samba.


Em 1966, mesmo debilitado por seu problema de úlcera no duodeno, viajou para Dacar, Senegal para representar o Brasil no I Festival de Arte Negra.
A partir de 1959, seu filho Ataulfo Alves Júnior passou a fazer parte dos espetáculos com o pai como passista-ritmista, ganhando assim o título de "herdeiro".


Ataulfo morreu em decorrência do agravamento da úlcera que o incomodava há 20 anos (segundo ele "de estimação"), após uma intervenção cirúrgica.
Foi conselheiro e presidente da UBC e diretor da ADDAF. Compôs mais de 700 músicas.




Em 1962, em Miraí, a Rua do Rosário (que já fora Rua do Buraco) onde morou foi transformada na Rua Ataulfo Alves.

FONTE: http://musicachiado.webs.com/gravacoesraras/AtaulfoAlves.htm
               LAROUSSE CULTURAL -1995. P.230



                                   C A R M É L I A      A L V E S


Carmélia Alves Curvello ficou conhecida apenas como Carmélia Alve, foi uma grande cantora brasileira, nascida na cidade do Rio de Janeiro em  fevereiro de 1923.
Consagrou-se na década de 60 como a " Rainha do Baião",  titulo fornecido merecidamente pelo cantor e compositor Luiz Gonzaga, obtendo enorme sucesso com as gravações  de TREPA NO COQUEIRO, do compositor Ari Kerner, e SABIÁ NA GAIOLA, de Hervê Clodovil e Mário Vieira, entre outros.


 Carmélia começou sua carreira artística nos anos 1940, quando foi contratada para apresentar-se no programa "Picolino" cantando músicas de Carmen Miranda.
Mais tarde, foi contratada pela rádio Mayrink Veiga e ganhou um programa semanal. Tempos depois, devido a sua grande popularidade, Carmélia Alves  participou de programas na rádio Nacional e na rádio Fluminense. Apresentou-se também no hotel Copacabana Palace e, por seu desempenho, foi eleita "a melhor crooner" do Rio.

 Foi integrante do grupo "Cantoras do Rádio", formado em 1988, ao lado das amigas Ellen de LimaVioleta e Carminha Mascarenhas.

Em 1943, gravou seu primeiro disco, do qual participaram, no coro, artistas como Elizeth Cardoso e Nélson Gonçalves. O baião "Sabiá Lá na Gaiola", gravado no início da década de 1950, lhe fez conhecida no país todo. Em 1977, fez com Luiz Gonzaga um show para 3.000 pessoas no Rio. Ao todo, lançou mais de 50 discos.

A cantora Carmélia Alves , que ajudou a estender o domínio popular do baião pela década de 1950  morreu do dia 03 de novembro de 2012, num  sábado,  por volta das 22h30, aos 89 anos, em decorrência de uma falência múltipla de órgãos.


A informação foi confirmada pelo Hospital das Clínicas de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, onde a cantora estava internada há aproximadamente um mês.
O velório aconteceu no domingo na capela do Retiro dos Artistas, onde a cantora vivia há dois anos. O ator Stepan Nercessian, presidente do Retiro dos Artistas, declarou que o enterro seria realizado na tarde do domingo no cemitério do Pechincha, no Rio.

SUCESSOS:
  • 1943 - Deixei de Sofrer
  • 1944 - Quem Dorme no Ponto é Chofer
  • 1949 - Me Leva (com Ivon Curi)
  • 1950 - Coração Magoado
  • 1950 - Trepa no Coqueiro
  • 1951 - Sabiá na Gaiola
  • 1951 - Pé de Manacá (com o Trio Madrigal)
  • 1951 - Esta Noite Serenou
  • 1951 - Cabeça Inchada
  • 1956 - Cevando o Amargo
                FRANCISCO  ALVES



 Francisco de Morais Alves, mais conhecido apenas como Francisco Alves, foi um notável cantor e compositor popular brasileiro. Nasceu no Rio de Janeiro no ano de 1898.
Foi um dos primeiros artistas-ídolos de massa no Brasil.
Filho de portugueses, nasceu na Região Central do Rio de Janeiro, mais precisamente à Rua Conselheiro Saraiva. Seu pai era dono de um botequim. Começou sua carreira  no ano de  1918 nas companhias de teatro de João de Deus e Martins Chaves, e após, na companhia de Teatro São José, pertencente a  José Segreto.


Gravou seu primeiro disco, no ano de 1919. Foram  quase 500 discos ( 78 rpm) gravados e com sucesso.
Conhecido também como Chico Alves e Chico Viola, foi apelidado de o " Rei da Voz" e transformou-se num nome nacional nas décadas de 30 e 40. Participou também em diversos filmes, como ator, e viajou muito para o exterior, levando o nome da música popular brasileira.


Seu primeiro sucesso foi a marcha carnavalesca O Pé de Anjo, do compositor Sinhô. Devido à sua voz firme e potente, era conhecido como o 'Rei da Voz. Compôs com Orestes Barbosa algumas obras-primas da canção brasileira: "Meu Companheiro", A Mulher que Ficou na Taça", "Dona da Minha Vontade", "Por Teu Amor".


Foi intérprete de sambas, como alguns da dupla Ismael Silva/Nílton Bastos, que gravava com total exclusividade, desde que os autores lhe dessem a co-autoria, como  em Se Você Jurar (1931).
Obteve muito sucesso com algumas músicas de Carnaval, tais como Formosa ( de Nássara e J.Rui, 1933). Sucesso grandioso com valsas (Eu Sonhei Que Tu Estavas Tão Linda, de Lamartine Babo e Francisco Matoso, 1942).
Foi um grande intérprete de tangos, versões de foxes e boleros.
Sua morte, em acidente automobilístico na Via Dutra, no ano de 1952, foi chorada por milhares de fãs. Nesse dia, o Brasil parou.
Homenageado no filme Chico Viola Não Morreu, em 1955, de Rámon Vignolly Barreto, tendo como papel-título o cantor Cyll Farney.

MORTE DE FRANCISCO ALVES

"Num desastre de automóvel ocorrido em 28 de setembro de 1952, às 18,30 horas, na rodovia Presidente Dutra, morreu, em trágicas circunstâncias, o popular cantor Francisco Alves, o "Rei da Voz". O acidente verificou-se na localidade denominada Uná, município de Pindamonhangaba.


Francisco Alves viajava com destino a esta capital, na "Buick" chapa número 11-65-80 D.F., de sua propriedade, em companhia de um amigo, de nome Haroldo Alves. No local mencionado, a "Buick" colidiu com o caminhão chapa n. 11-58-84, R.G.S., que seguia com destino a São Paulo, dirigido pelo motorista João Valter Sebastiani. O choque dos dois veículos foi violentissimo, resultando ficarem ambos seriamente avariados e tendo a "Buick", a seguir, se incendiado. Ao que se presume, Francisco Alves pereceu imediatamente, pois as chamas que dominaram o carro carbonizaram-lhe o corpo tornando-o irreconhecível.


 Seu companheiro foi projetado fora do carro, sendo recolhido, momentos depois, por um auto que passou no local, e conduzido à Santa Casa de Taubaté, onde ficou internado em estado de coma. O motorista do caminhão sofreu ferimentos sem importância. Francisco Alves estava com 54 anos.


Era impossivel ter-se uma ideia exata do número de pessoas que formavam aquela fabulosa onda humana, que provocou colapso no trânsito, acompanhando os funerais de Francisco Alves. Cem, duzentas mil pessoas?  Foi um espetáculo comovente, o coroamento das manifestações de dor popular pela morte trágica do Rei da Voz. Durante as últimas 48 horas, a cidade se transformou de tal modo, ligando-se ao destino de um artista por vinculo do mais profundo sentimentalismo, que até parecia não ter morrido apenas um seresteiro de alta classe, mas um mistico de poderosa influência sobre multidão deslumbradas. Era o milagre do talento de um cantor, que soube interpretar, como ninguém, as tristezas e as alegrias, as venturas e os infortúnios da sua gente, dizendo no lirismo da sua voz harmoniosa e tropical o que não se pode expressar em meras palavras. (...)
As filas em frente ao edifício da Câmara Municipal, onde, o corpo do cantor estava sendo velado  eram engrossadas a toda hora. Pessoas de todos os níveis sociais ficaram, pacientemente, a espera da oportunidade de chegar até a urna mortuária, num tributo à memória do inditoso cantor. Por toda a madrugada  a romaria não cessou: dos bairros e subúrbios mais longinquos surgiam amigos e admiradores de Chico, que queriam render-lhe a última homenagem. Muitos levaram lágrimas e flores. Outros ficaram, silenciosos, com um nó na garganta da eça armada no saguão do legislativo da cidade. Lá compareceram desde elementos dos meios artisticos e das camadas mais humildes a figuras representativas da nossa vida pública, numa comunhão de sentimentos que deu a justa medida da repercussão que o trágico acontecimento causou em toda a metrópole. (...)" O Dia, 30 de setembro de 1952.

SUCESSOS:
DISCOGRAFIA:

  • Pálida Morena / Ouve Esta Canção (1933) - disco em 78 RPM
  • A Vida é Sempre a Mesma Coisa / Fui Eu o Seu Primeiro Amor / Entre Nós Dois (1935) - disco em 78 RPM
  • Aquarela do Brasil (1939) disco em 78 RPM participação de (Radamés Gnattali)
  • Linda Judia / Céu e Mar (1940) - disco em 78 RPM
  • Esmagando Rosas / Vivo Bem na Minha Terra (1941) - disco em 78 RPM
  • Capela de São José / Ai, Ai, Que Pena (1942)
  • Quantas São / Céu Cor-de-rosa (1943) - disco em 78 RPM participação de As Três Marias
  • Se é Pecado / Transformação (1943) - disco em 78 RPM participação de Abel Ferreira
  • Ela Partiu / Adeus Escola (1943) - disco em 78 RPM
  • Chuá, Chuá / Oi Iaiá Baiana (1944) - disco de 78 RPM
  • Onde o Céu É Mais Azul / A Flor e o Vento (1944) - disco em 78 RPM
  • Brasil / Lamento Negro (1945) - disco em 78 RPM com participação de Dalva de Oliveira e Trio de Ouro
  • Noite Santa, Silenciosa / Amanhã Vem o Papai Noel / Natal - disco em 78 RPM participação Trio de Ouro
  • Te Quero, Disseste / Para Sempre Teu (1946)
  • Bahia com H / Caminhemos (1947) - disco em 78 RPM
  • Cinco Letras Que Choram / Você e a Valsa (1947) - disco em 78 RPM
  • Duas Almas / Dez Minutos Mais (1948) - disco em 78 RPM
  • Cadeira Vazia / Vem Meu Amor (1949) - disco em 78 RPM
  • Holandesa / Se o Divórcio Vier (1950) - disco em 78 RPM participação de Dalva de Oliveira
  • Aquarela Mineira (1950) - disco em 78 RPM
  • São Paulo Coração do Brasil / Sem Protocolo (1951) - disco em 78 RPM
  • Saudade do Passado / Não Sei (1951) - disco em 78 RPM
  • Brasil de Amanhã / Canção da Criança (1952) - disco em 78 RPM



FONTE: http://www1.uol.com.br/rionosjornais/rj43.htm
LAROUSSE, 1995
WIKIPÉDIA


                       L Ú C I O  A L V E S




Lúcio Ciribelli Alves, cantor e compositor popular brasileiro, ficou conhecido como Lúcio Alves. Mineiro de nascimento, nasceu na cidade de Cataguases no ano de 1927.


Liderou o conjunto Namorados Da Lua,  criado por ele em 1940, de 1941 até 1947, onde ele era o arranjador, violonista e cantor e apresentou-se em diversos países tais como México, Estados Unidos e Cuba, com os Anjos do Inferno.


. Compôs com Haroldo Barbosa a canção De conversa em conversa e Baião de Copacabana.
Lançou o disco Lúcio Alves interpreta Dolores Duran- 1960- homenageando a cantora que morreu no ano de 1959.



Dono de uma interpretação muito pessoal, entre os seus maiores sucessos destacam-se Sábado em Copacabana( Dorival Caymmi/ Carlos Guinle), Manias ( Flávio e Celso Cavalcanti), Valsa de uma Cidade ( de Ismael Neto e Antonio Maria), Teresa da Praia( Tom Jobim e Billy Blanco, gravado em dupla com Cyll Farney).


Os discos A bossa é nossa e Balançamba, destacam-se as suas interpretações para Dindi ( Tom Jobim/ Aloysio de Oliveira)  Samba da minha terra (Dorival Caymmi) Ah, se eu pudesse e O barquinho  ( Roberto Menescal/ Ronaldo Bôscoli). Dóris e Lúcio no Projeto Pixinguinha- com Dóris Monteiro- gravadora EMI Odeon Brasil - 1978



Romântico/A arte do espetáculo - ao vivo - gravado ao vivo no restaurante-bar Inverno & Verão -São Paulo agosto de  1986. Foi a última gravação de Lúcio Alves.



Lúcio Alves faleceu no Rio de Janeiro em 1993, no dia 03 de agosto, aos 66 anos, devido a problemas no coração.


DISCOGRAFIA:

  • 1957 Serestas (Mocambo)
  • 1959 Lúcio Alves, sua oz íntima, sua Bossa Nova, interpretando Sambas em 3-D (Odeon)
  • 1960 A noite do meu Bem (Odeon)
  • 1961 A Bossa é nossa (Philips)
  • 1961 Cantando depois do sol (Philips)
  • 1961 Bossa Nova mesmo (Philips)
  • 1962 Tio Samba - Música americana em Bossa Nova (Philps)
  • 1963 Balançamba (Elenco)
  • 1964 Bossa Session (Elenco)
  • 1974 MPB ao vivo
  • 1975 Lúcio Alves (RCA Victor)
  • 1978 Dóris Monteiro e Lúcio Alves no Projeto Pixinguinha (Coronado/EMI-Odeon)
  • 1986 Romântico (Inverno & Verão)
  • 1988 Há sempre um Nome de Mulher

              Teresa da Praia

                                       Tom Jobim
Lúcio
Arranjei novo amor
No Leblon
Que corpo bonito
Que pele morena
Que amor de pequena
Amar é tão bom
O Dick
Ela tem
Um nariz levantado
Os olhos verdinhos
Bastante puxados
Cabelo castanho
E uma pinta
do lado
É a minha Tereza
Da praia
Se ela é tua
É minha também
O verão passou
Todo comigo
O inverno pergunta
Com quem
Então vamos
A Tereza
Na praia deixar
Aos beijos do sol
E abraços do mar
Tereza
É da praia
Não é de ninguém
Não pode ser tua
Nem minha também
Tereza
É da praia
Não é de ninguém!



  • FONTE:
  • WIKIPÉDIA
  • LELLO UNIVERSAL
  • LAROUSSE p. 231



William Blanco Abrunhosa Trindade, mais conhecido como Billy Blanco (Belém8 de maio de 1924 — Rio de Janeiro8 de julho de 2011), foi um  arquiteto, músico, compositor e escritor brasileiro.
É avô do atores e cantores Daniel Blanco,  Lua Blanco e também das atrizes e cantoras, Ana Terra e Estrela Bianco e do ator e cantor Pedro Sol.


Atraído pela música desde criança, quando começou a compor tinha cuidado ao escrever seus sambas, com letras elaboradas, assuntos e composições das canções. Nos anos 1940, quando cursava o segundo ano de  Engenharia, foi para São Paulo, para fazer o curso de Arquitetura e ingressou no Mackenzie  College em 1946. Foi para  a cidade do Rio de Janeiro, e estudou na Faculdade de Arquitetura e Belas Artes, em 1948. Graduou-se em 1950 em Arquitetura.


Tinha um estilo próprio, descrevendo os acontecimentos a sua volta, com humor ou no gênero de exaltação, falando de amor e das desilusões; onde seu  samba sincopado que fugia da cadência vigente do estilo, passou a chamar a atenção dos cantores da época. Sua primeira composição foi "Pra Variar", em 1951. Nos anos 1950 e 1960 seus sucessos foram gravados por Dick Farney, Lúcio Alves, João Gilberto, Dolores Duran, Silvi Caldas, Nora Ney, Jamelão, Elizeth Cardoso, Dóris Monteiro, Os Cariocas, Pery Ribeiro, Miltinho, Rlis Regina e Hebe Camargo. . Seu primeiro sucesso foi "Estatutos da Gafieira", na voz de  Inezita Barroso  em gravação da RCA Victor de 1954.


Entre seus parceiros estiveram Baden Powel  em "Samba Triste",  Tom Jobim, em "Sinfonia do Rio de Janeiro" (suíte popular em ritmo de samba, de 1960) e João Gilberto , em "Descendo o Morro" e "A Montanha/O Morro", onde os dois doutores do asfalto homenageiam o samba de gente simples e de favela. Foram 56 parcerias com o violonista Sebastião Tapajós e com outros compositores, num total de quinhentas músicas, sendo que trezentas já gravadas.
Entre seus sucessos destacam-se "Sinfonia Paulistana", "Tereza da Praia", "O Morro", "Estatuto da Gafieira", "Mocinho Bonito", "Samba Triste", "Viva meu Samba", "Samba de Morro", "Pra Variar", "Sinfonia do Rio de Janeiro" e "Canto Livre". "Sinfonia do Rio de Janeiro" é composta por dez canções, escritas em parceria com Tom Jobim, em 1960. As canções que formam a suíte são "Hino ao Sol", "Coisas do Dia", "Matei-me no Trabalho", "Zona Sul", "Arpoador", "Noites do Rio", "A Montanha", "O Morro", "Descendo o Morro" e "Samba do Amanhã".
"Sinfonia Paulistana" foi concluída em 1974, depois de dez anos de trabalho. É composta por quinze canções, cantadas por Elza Soares,, Pery Ribeiro, Claudia, Claudette Soares,, Nadinho da Ilha, Miltinho, e pelo coro do Teatro Municipal de São Paulo.. A produção foi de Aloysio de Oliveira, com orquestra regida pelo maestro Chico de Moraes. As músicas se chamam "Louvação de Anchieta", "Bartira", "Monções", "Tema de São Paulo", "Capital do Tempo", "O Dinheiro", "Coisas da Noite", "O Céu de São Paulo", "Amanhecendo", "O Tempo e a Hora", "Viva o Camelô", "Pro Esporte", "São Paulo Jovem", "Rua Augusta" e "Grande São Paulo". Em "Monções, destaca-se o carimbó épico, e em "O Tempo e a Hora", a fusão entre bossa e pop. O jornal O Estado de S.Paulo definiu o refrão de "Tema de São Paulo" como o "que mais define o paulistano". Desde o ano em que foi concluída a suíte, essa música, a mais famosa da suíte, faz parte da trilha sonora do Jornal da Manhã, noticiário matutino da Rádio Jovem Pan.
Depois de passar uma temporada no Forte Copacabana durante a  ditadura brasileira, Billy Blanco compôs "Canto Livre".
Estava em plena atividade dedicando-se a música gospel, até sofrer um derrame e ser internado no Rio de Janeiro no segundo semestre de 2010. Apesar do quadro estável, em dezembro ainda não conseguia se comunicar oralmente. Em 8 de julho de 2011 o cantor e compositor morreu, aos 87 anos. Ele estava internado desde o AVC.


Em 2012, foi homenageado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, emprestando seu nome para o Mergulhão Billy Blanco, obra no Trevo Das Palmeiras  (também conhecido como Cebolão), na localizado na Barra da Tijuca.




                        CARLOS COLLA




Filho de imigrante italiano, Carlos de Carvalho  Colla,  ou apenas Carlos Colla, como é conhecido, nasceu em agosto de 1944 na cidade de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro e hoje vive na capital fluminense.Viveu durante muitos anos na cidade serrana de Teresópolis, com a mãe, D.Diva Colla, maravilhosa professora de Geografia(me orgulho de ter sido a sua aluna) e sua irmã, Selva Colla. Desde muito jovem, interessou-se por música. Aos 14 anos mudou-se com a família  para essa cidade onde conheceu e fez amizade com o violonista Alfredo Pessegueiros do Amaral  e foi em Teresópolis  que recebeu sua primeira oportunidade de emprego feita pelo Radialista  Bandeira Júnior,. O radialista que era muito popular na região, foi o primeiro a observar, e apostar efetivamente no talento de Carlos.


Sua infância  foi vivida viveu com seus país na comunidade de Tapera distrito de Trajano de Moraes, cidade do interior do Rio de Janeiro,Seu Pai , o Dr. Colla era engenheiro na construção da Hidrelétrica de Macabú,  A comunidade deTapera foi e é palco de muitas canções do Carlos, uma delas é "Fogão de Lenha" música que conta um pouco de sua infância.



Teve dois filhos no primeiro casamento, Carlos de Carvalho Colla Júnior e Daniela Colla, e, do relacionamento de dois anos e meio com a  Miss Brasil Marisa Fully Coelho, uma filha, Laura Colla.
Durante anos, Carlos Colla custeou os estudos se apresentando nas noites do Rio, até ser convidado por  Mauricio Duboc para participar do conjunto musical O GRUPO.



Foi numa apresentação do conjunto O Grupo no Canecão que Carlos Colla e o cantor Roberto Carlos se conheceram. Acompanhado de Mauricio Duboc Colla foi pedir ao Rei uma música e, prontamente,Roberto Carlosrespondeu: "tudo bem, desde que vocês façam uma pra mim".
Carlos Colla se entregou ao desafio de corpo e alma e compôs com Maurício as músicas A Namorada e Negra, que Roberto Carlos gravou em 1971. Nascia o compositor e a parceria de grandes sucessos, Colla e Duboc. Desde então, Carlos Colla figura entre os compositores preferidos do Rei, com mais de 40 sucessos gravados por ele.


Em 1977, Roberto Carlos explodia nas rádios com mais uma composição de Carlos Colla, o eterno sucesso Falando Sério. A repercussão foi tamanha que, tempos depois, Falando Sério seria gravada por inúmeros artistas, em vários idiomas.


No ano de  1974, Carlos Colla graduou-se bacharel em Direito. Durante dez anos, exerceu brilhantemente a carreira de advogado, mas não abandonou o amor pela música e tampouco a inquietação de compor as canções encomendadas pelo mais importante intérprete brasileiro, Roberto Carlos.


No ano de 1980, Carlos Colla trabalhava na OAB do Rio de Janeiro e presenciou a explosão da famosa carta bomba, episódio que marcou a história política do Brasil e também assinalou o fim de sua carreira advocatícia. Colla passou a dedicar-se inteiramente à sua arte, e presenteou o público com uma enorme quantidade de composições que, na voz de grandes intérpretes da MPB, se transformaram na trilha sonora da vida de milhares de brasileiros.


Carlos Colla emplacou vários sucessos e produziu muitos artistas, dentre os quais, o cantor mexicano Luís Miguel , e a turnê Brasil do grupo musical Menudo, estrondoso  fenômeno porto-riquenho.
Como intérprete, gravou suas composições em dois trabalhos: um LP, pela gravadora Som Livre e um CD, pela Transcontinental.

No ano de 2009 lançou seu primeiro DVD "50 Anos de Música", pela Diamond, onde comemora seus 50 anos de carreira e seus grandes sucessos.

São muitos os  intérpretes, grupos musicais, bandas e inúmeras duplas sertanejas,  que gravam canções de Carlos Colla.

COMPOSIÇÕES SELECIONADAS:
  • "Sonho Por Sonho" (parceria com Chico Roque), Leandro & Leonardo
  • "Falando sério" (parceria com Maurício Duboc), Roberto Carlos
  • "Vidro Fumê" (parceria com Kaliman Chiappini), Bruno e Marrone
  • "Bijuteria" (parceria com Chico Roque), Bruno e Marrone
  • "Pra te dar Felicidade" (parceria Kely Reinttz) - Alcione
  • "Dança do Côco", Xuxa
  • "Hoje a noite não tem luar", Legião Urbana
  • "Daqui prá frente" (parceria com Maurício Duboc), Vanusa
  • "Cortinas" (parceria com Fred Falcão), Vanusa
  • "Eu quero mais" (parceria com Lilian Knapp), Sandy & Junior
  • "Pra que mentir" (parceria com Marcos Valle), Erasmo Carlos
  • "Mel na minha boca" (parceria com Nenéo), Grupo Desejos
  • "Meu disfarce" (parceria com Carlos Roque), Fafá de Belém
  • "Anoiteceu" (parceria com Mauro Motta), Fafá do Belém
  • "Sinto muito" (parceria com Chico Roque), Wanderléia
  • "Tô deixando você" (parceria com Chico Roque), Chitãozinho e Xororó
  • "Na hora do adeus" (parceria com Chico Roque e Matogrosso), Matogrosso & Mathias
  • "Orgulho não leva a nada" (parceria com Michael Sullivan), The Fevers
  • "Maior que eu" (parceria com Michael Sullivan), Michael Sullivan
  • "Doces algemas" (parceria com Nenéo), Wanderley Cardoso
  • "Avenida paulista" (parceria com Gilson), Wanderley Cardoso
  • "Eu quero ter felicidade" (parceria com Peninha), José Daniel Camillo
  • "Um gato que vai" (versão de "Un gatto nel blu"), José Daniel Camillo
  • "Sotaque do Interior"(parceria Kely Reinttz)- Alex e Gabriel


COMPOSIÇÕES GOSPEL:

Coração a coração. M.Sullivan/Carlos Colla/Marcello Crivella
Cura Jesus.            M.Sullivan/Carlos Colla/ 
Passaporte para o céu.   "              "
Abra os olhos.                "             "
Obreiros do Senhor.        "              "
Um grande amor             "              "
Eu gosto tanto de você      "              "
Justiça                              "             "
Ao pé da cruz.          Carlos Colla
Um sonho maior.      M. Crivella/ Carlos Colla
Um amor tão grande assim.   M. Sullivan/ Carlos Colla            "
Espirito Santo                       M. Crivella/ Carlos Colla
Eu te agradeço.                     M.  Duboc/Carlos Colla
Condições.                             M. Sullivan/ Carlos Colla


FONTE: Wikipédia

                       HEBE  CAMARGO







































  • Hebe Maria Monteiro de Camargo Ravagnani, mais conhecida como Hebe Camargo ou simplesmente Hebe foi uma apresentadora de televisão, atriz, humorista e cantora brasileira, tida como a "Rainha da Televisão Brasileira". Ravagnani era  seu sobrenome de casada. 


  • Nascida em Taubaté, SP,  no ano de 1928, era  filha de Esther Magalhães Camargo e Sigesfredo Monteiro Camargo.




  • Hebe teve uma infância humilde. Caçula dos 6 filhos (4 mulheres e 2 homens) ela estudou até a quarta série do primário e acompanhava seu pai em suas apresentações em festas, casamentos e recitais. Seu pai, mais conhecido como Fêgo Camargo, era violinista e cantor.


  • Apresentadora, e cantora brasileira.

  • Sua família mudou-se para a capital,  São Paulo,, em 1943, quando Hebe tinha 14 anos de idade. Fêgo já na capital passou integrar a Orquestra da Rádio Difusora, onde ele regeu a orquestra da emissora de rádio e sempre levava consigo Hebe Camargo. Ela iniciou como cantora na rádio Tupi aos 15 anos de idade se apresentando no programa Clube Papai Noel.
    Ainda na  década de 40 ela iniciou juntamente com sua irmã e duas primas o quarteto Dó-Ré-Mi-Fá; o grupo durou três anos Já na Rádio Difusora no programa Arraial da Curva Torta em 1944 ela formou com sua irmã Stella Monteiro de Camargo Reis a dupla caipira Rosalinda e Florisbela. Seguiu na carreira de cantora com apresentações de sambas e boleros em boates. Ao gravar um CD em homenagem a Carmem Miranda  ela ficou conhecida como "estrelinha do samba" e posteriormente como "a estrela de São Paulo".


  •  Em 1950 ela lançou sua primeira música cantada, "Oh! José" juntamente com "Quem Foi que Disse" em um compacto  de 78 rotações.Após isso, abandonou a carreira musical para se dedicar mais ao rádio e à televisão.




  • Hebe ajudou o grupo que foi ao porto  da cidade de Santos pegar os equipamentos para dar início a primeira rede de televisão brasileira, a Rede Tupi. Foi convidada por Assis Chauteaubriand para participar da primeira transmissão ao vivo da televisão brasileira, no bairro doSumaré  na cidade de São Paulo, no ano de 1950. No primeiro dia de transmissões da Rede Tupi, Hebe Camargo viria a cantar no início do TV na Taba (que representava o início das transmissões) o "Hino da Televisão", mas teve que faltar ao evento e foi substituída por Lolita Rodrigues, que vei a ser sua grande amiga. Hebe faltou à cerimônia para acompanhar seu namorado na época em uma cerimônia na qual seria promovido e também considerava a letra do hino horrível.
    O programa Rancho Alegre, em 1950  foi um dos primeiros programas de que Hebe participou na TV Tupi de São Paulo: sentada em um balanço de parquinho infantil Hebe fez um dueto com o cantor Ivon Curi. Tal apresentação está gravada em filme e é considerada uma relíquia da televisão brasileira, uma vez que o videotape  ainda não existia e na época não se guardava a programação em acervos, como atualmente.





  • Iniciou a sua carreira profissional cantando com o Trio Tupã e o conjunto Três Américas.


  • Na década de 50 comandou, como apresentadora da TV Paulista, os programas:
  • -O mundo é das mulheres ( 1955).
  • -Maiôs a beira-mar.
  • - Com a mão na massa.
  • -Calouros em desafio.
  • Na década de 60 passou para a TV Record, mantendo um programa de entrevistas líder de audiência por muitos anos.
  • Após se afastar dos meios de  comunicação, por um longo período, retornou na década de 80 com o seu programa na TV Bandeirantes e no rádio.
  • No ano de 1986 transferiu-se para o SBT.





  • No dia 08 de janeiro de 2012,  Hebe foi internada no  Hospital Albert Einstein, SP,  Informações preliminares adiantavam que ela passaria por uma cirurgia  para a retirada de um  tumor no estômago. Um boletim emitido posteriormente pelo hospital divulgou que Hebe foi submetida a uma  laparoscopia  diagnóstica, que encontrou  nódulos ,atestando ser um tipo raro e de difícil tratamento do  câncer no peritônio. O resultado da análise confirmou a existência de um tumor primário na região. Em junho de 2012, Hebe foi internada para ser submetida a uma cirurgia de retirada da  vesícula biliar. Em julho foi novamente internada por motivo não divulgado oficialmente.


    Hebe morreu em 29 de setembro de 2012, em São Paulo, aos 83 anos após sofrer uma  parada cardíaca de madrugada, enquanto dormia. O corpo foi velado no Palácio dos Bandeirantes sede do governo do Estado de  São Paulo e sepultado no cemitério Gethsemani.


    Em homenagem à artista, uma avenida em São Paulo ganhou seu nome.
    Hebe Camargo ficou famosa pela sua simpatia extrema, sua generosidade, 
    a maneira super carinhosa com que tratava a todos e pelo seu sorriso e 
    risadas contagiantes! Era muito querida por todos!



    TRABALHOS NA TV...
    PREMIAÇÕES...
    • 1990 — "O rosto de São Paulo"
    • 1994 — "Cidadã Paulistana" da Câmara Municipal
    • 2002 — "Tributo de Portugal"
    • 2007 — "Prêmio especial", do Prêmio Contigo!
    • 2009 — "Título de Professor Honoris Causa" por Universidade FIAM-FAAM
    • 2010 — " Prêmio LIDE 2010" do Comitê Executivo do Grupo de Líderes Empresariais
    • 2010 — "Troféu Mario Lago de 2010" no Domingão do Faustão
    • 2010 — Prêmio da Junta Diretiva de 2010 da Academia Latina da Gravação
    • 2010 — Prêmio Faz Diferença -Categoria Revista da TV 2011
    • 2012 — O Maior Brasileiro de Todos os Tempos (posição de numero 56)
    • Troféu Imprensa como melhor apresentadora de televisão nos anos de 1963, 1964, 1965, 1967, 1968, 1969, 1972, 1973, 1987, 1988, 1990, 1991, 1992, 1993, 1994, 1995, 1996, 1999, 2000, 2002, 2003, 2005, 2007, 2008 e 2009)
    • Troféu Internet como melhor apresentadora de televisão nos anos de 2001, 2002, 2003, 2005, 2007, 2008 e 2009}
    • "Melhor entrevista" da Associação Paulista dos Críticos de Artes
    • "Melhor apresentadora de programa de auditório" da Academia Brasileira de Letras

    FONTE: Wikipédia
    Larousse
    http://mulheresquehonramorole.blogspot.com.br/2012_07_01_archive.html


                             IVON  CURI



    Como eu gostava, quando criança , de ouvir, pelo rádio, pois não tínhamos televisão, esse cantor fantástico que foi Ivon Curi.
    Ivon Curi foi uma das figuras mais curiosas e originais da história da MPB. 
    Ivo José Curi, conhecido como Ivon Curi, nasceu no interior de Minas Gerais. 



    Foi um Cantor e Comediante Brasileiro, o qual nasceu na cidade mineira de Caxambu,, em 5 de junho de 1928  e foi considerado um dos maiores "Showmen" do Brasil.
    Filho de Maria Curi e do comerciante José Kalil Curi, teve oito irmãos, entre eles os locutores da Rádio Nacional Alberto e Jorge Curi. 


    Venceu um concurso de calouros com 11 anos, em sua cidade, cujo juiz era Cesar Ladeira.
    Trabalhou no Laboratório Silva Araújo e foi vendedor de passagens da Panair.
    Estreou na carreira artística acompanhando a orquestra do Copacabana Palace.


    Caribé achava sua voz parecida com a de Jean Sablon e trouxe Vitor Costa para ouví-lo.
    Ivon foi imediatamente contratado pela Rádio Nacional.
    Tinha apenas 18 anos na época e dois de seus irmãos já trabalhavam na mesma emissora.


    Começou cantando "La Vie em Rose" e "Pigalle" e, ao gravá-las, estourou nas paradas de sucesso.
    Na realidade, sua primeira gravação havia sido "O Adeus", de Dorival Caymmi, que não obteve êxito comercial.


    Em 1948, Ivon era o astro do programa "Ritmos da Panair", da Nacional.
    Na década de 50, foi eleito "O Rei do Rádio" e teve cinco de seus discos entre os dez mais vendidos do país, entre eles, "Me Leva" (com Carmelia Alves), "Farinhada", "João Bobo", "Feijão", "Ta Fartando Coisa em Mim", "Amendoim Torradinho" e "Xote das Meninas".


    Foto: Ivon Curi e Hebe Camargo

    No final dos anos 50 e estourou com Neurastênico (Betinho e Nazareno de Brito). Ivon às vezes é brega, às vezes chique, por vezes divertido e por outras até comovente. O CD Bis Cantores do Rádio infelizmente não traz as gravações originais de seus sucessos, que pertencem à RCA (hoje BMG). Vários dos seus grandes sucessos (FarinhadaJoão BoboComida de PensãoXote Miudinho Baião das Velhas Cantigas e a inenarrável Retrato de Maria) já aparecem em versões requentadas (regravadas no começo dos anos 70), muitas vezes com arranjos datados e equivocados, cheios de cordas desnecessárias, sem a brejeirice dos originais. Mesmo assim dá para se ter uma ideia razoável do estilo inconfundível de Ivon. 



    Em 1951, Watson Macedo levou-o para a Atlântida, onde participou dos filmes da fase áurea das chanchadas e transformou-se num popular humorista de rádio, cinema e televisão.
    Ivon gostava de cantar fazendo trejeitos e criou um estilo todo pessoal, que ficava entre o irreverente e o bem-comportado.
    Ivon era caricato, fazia muitas mímicas, caras e bocas e diversas inflexões com a voz, imitando vários personagens, além de contar e cantar histórias.
    Embora lançado como cantor galã, de voz pastosa, Ivon participou da comédia "Aviso aos Navegantes" em 1951.


    Como o personagem era um tipo nobre, meio maneiroso, o público começou a fazer analogias, achando-o muito delicado.
    Ivon chegou a sofrer um arranhão em sua carreira, com as gravações despencando nas vendas e contratos cancelados.
    Decidiu, então, encerrar a fase romântica e levou para o palco a imagem de homem alegre e piadista, lançando as cançonetas, mais interpretativas.



    Atuou também nos filmes "É Fogo na Roupa", ao lado de Ankito e Adelaide Chiozzo, em 1952, "Garotas e Sambas" , "Adorável Inimigo" e "Assim era a Atlântida" em 1975.
    Em meados dos anos 60, teve início o movimento da Jovem Guarda e Ivon permaneceu nove anos sem conseguir gravar.
    Transformou-se em empresário da noite carioca, ao abrir o Sambão e Sinhá, restaurante-boate idealizado por ele e que tornou-se casa conceituada, onde frequentavam presidentes da República, ministros e embaixadores. Vendeu tudo em 1984 e passou a dedicar-se novamente à carreira artística.





    Fez 16 temporadas em Portugal, todas com estrondoso sucesso.
    Os ingressos precisavam ser adquiridos com cinco dias de antecedência.
    Falava fluentemente francês, inglês e espanhol e conheceu a Ásia, África, Europa e Américas.
     Da vertente humorística, vale à pena ouvir  Tudo Que é Bom Engorda (Monsueto), mais Taí no Que Dá (Luiz Vieira), O Chato(Ivon/ Paulo Gesta), Casar É Bom (Ivon/ Mário Meira Guimarães) e O Felizardo(Vicente Celestino). 

    Ivon Curi ficou famoso no programa "Escolinha do Professor Raimundo"com o personagem "Galdêncio", o gaúcho da fronteira, sem a cabeleira característica.




    Sua peruca ficou tão popular que inspirou Renato Aragão no bordão "pelas perucas do Ivon Cury".
    Na Rede Globo, ele também partipou da novela “Feijão Maravilha”, em 1979, interpretando o “Seu” Rachid.
    Notabilizou-se também por suas participações como ator e cantor em inúmeras chanchadas da Atlântida durante a década de 50.
    Em 1960, gravou, ao lado de Elizeth Cardoso, um jingle para a campanha vice-presidencial de João Goulart.
    Nos anos 80 foi homenageado pelo diretor Ivan Cardoso em As Sete Vampiras e O Escorpião Escarlate, filmes nos quais reproduz o seu tipo aristocrático e abobalhado dos tempos de Atlântida.

    Também conhecido pela dublagem brasileira de Lumière, o castiçal de A Bela e a Fera, clássico da Disney.

    Em 35 anos de carreira, lançou seu 27º disco em 1994, "Douce France", interpretando clássicos franceses. Casado com Ivone Cury, deixou três filhos, Ivna, Ivana e Ivan.
    [Obs.: Ivon Curi era Gay, mas nunca assumiu sua opção sexual em público].

    Ivon Curi morreu em  Rio de Janeiro24 de junho de 1995, aos 67 anos de idade na cidade do Rio de Janeiro devido à falência múltipla dos órgãos e insuficiência respiratória, devido, segundo especulações, complicações provocadas pelo vírus da AID's.



    MAIORES SUCESSOS:
    • 1949 - Me Leva (com Carmélia Alves)
    • 1950 - Tá Fartando Coisa em Mim
    • 1950 - Nego, Meu Amor (com Marlene)
    • 1953 - João Bobo
    • 1953 - O Xote das Meninas
    • 1953 - Amor de Hoje
    • 1954 - Sob o Céu de Paris
    • 1955 - Farinhada
    • 1957 - Comida de Pensão - Compositor - Miguel Miranda de Jesus
    • 1957 - Farinhada
    • 1970 - Procurando Tu
    • 1971 - Capim Gordura
    FILMOGRAFIA:
    Fonte: http://www.alemdaimaginacao.com/Obituario%20da%20Fama/Ivon_Curi/ivon_curi.html
    Larousse
    http://cliquemusic.uol.com.br/discos/ver/bis-cantores-do-radio--ivon-curi



                             M O N S U E T O


    Monsueto Campos de Menezes, nasceu na cidade do Rio de janeiro em 04 de janeiro de 1924. Foi sambista, cantor, compositor, instrumentista, pintor e ator brasileiro.




    Criado na favela do morro do Pinto, entre partideiros, rodas de samba e batucadas, tocou como baterista em vários conjuntos na década de 1940, inclusive na Orquestra de Copinha, no Copacabana Palace Hotel.

    Seu primeiro sucesso como compositor foi Me deixa em paz (com Aírton Amorim), gravado por Linda Batista no Carnaval de 1952. Depois dessa gravação, teve várias músicas de sua autoria incluídas no show Fantasia, fantasias, do Copacabana Palace Hotel.



    Em 1953 compôs A fonte secou (com Raul Moreno e Marcleo), um de seus sambas de maior sucesso, seguido de outro grande êxito, no ano seguinte, com Mora na filosofia (com Arnaldo Passos). Atuou ainda no cinema, trabalhando no filme Treze cadeiras (direção de Franz Eichhorn), em 1957. No ano seguinte, participou como cantor em números musicais de Na corda bamba (direção de Eurides Ramos) e, como compositor em O cantor milionário (direção de José Carlos Burle) e, no mesmo ano, no filme Quem roubou meu samba? (direção de José Carlos Burle).
    Atuou em vários shows com Herivelto Martins antes de formar seu próprio grupo, com o qual excursionou pelo Brasil e outros paises da América, Europa e África. Era conhecido também pelo apelido de Comandante, com o qual foi muito popular na década de 1960, época em que participava de um programa humorístico na TV-Rio. Nesse programa lançou expressões de gíria que passaram à linguagem popular, como "castiga", "vou botar pra jambrar", "diz", "ziriguidum", "mora" e outras.


    A partir de 1965 começou a dedicar-se também à pintura primitivista, tendo, inclusive, recebido prêmio do Museu Nacional de Belas Artes, do Rio de Janeiro. Sem se ter filiado a nenhuma escola de samba, era bem recebido e respeitado em todas elas, desfilando cada ano em uma diferente. A última, em 1972, foi a Unidos de Vila Isabel. No ano seguinte, participava das filmagens de O forte (direção de Olney São Paulo), na Bahia, em que fazia o papel de um diretor de harmonia de escola de samba, quando ficou doente e foi hospitalizado no Rio de Janeiro, onde morreu vítima de câncer no fígado, em 17 de março de 1973.


    A importância de sua música, caracterizada por uma letra de versos sintéticos, voltou a ser reconhecida pouco antes de morrer, em 1972, a partir das regravações de suas composições, como Me deixa em paz, por Milton Nascimento e Alaíde Costa, no LP Clube da esquina, da Odeon; Mora na filosofia, por Caetano Veloso, no LP Transa, da Philips; e, no ano seguinte, Eu quero essa mulher (com José Batista), também por Caetano Veloso, no LP Araçá azul, na Philips.


    Outras composições suas de destaque são Na casa de corongondó (com Arnaldo Passos), Couro do falecido (com Jorge de Castro), O lamento da lavadeira (com Nilo Chagas e J. Vieira Filho), Levou fermento (com José Batista), Tá pra acontecer (com José Batista e Ivan Campos) e Ziriguidum.

    COMPOSIÇÕES:
    Eu quero essa mulher (c/José Batista), samba, 1961;
    A fonte secou (c/Raul Moreno e Mardeo), samba, 1953;
    O lamento da lavadeira (c/Nilo Chagas e J. Vieira Filho), samba, 1953;
    Me deixa em paz (c/Aírton Amorim), samba, 1952;
    Mora na filosofia (Arnaldo Passos), samba, 1954;
    Ziriguidum, samba, 1961.
    GRAVAÇÕES DE MONSUETO
    Todas compostas pelo próprio, exceto onde notado.
    • A fonte secou (com Tufic Lauar e Marcléo)
    • Eu quero essa mulher assim mesmo (com José Batista)
    • Me deixa em paz (com Aírton Amorim)
    • Mora na filosofia (com Arnaldo Passos)
    • Couro do falecido (com Jorge de Castro)
    • Tá para acontecer (com José Batista e Ivan Campos)
    • Levou fermento (com José Batista)
    • Me empresta teu lenço (com Elano de Paula e Nicolau Durso)
    • Rua Dom Manuel (com Jorge de Castro)
    • Senhor Juiz (com Jorge de Castro)
    • Prova Real (de Oderlandes Rodrigues, Edson Santana e Amado Régis)
    • Bola Branca (de Antônio Guedes, Otávio Lima e Estanislau Silva)
    • Chica da Silva (de Anescar e Noel Rosa)
    • Maria Baiana
    • Sambamba
    • Copacabana de tal
    • Este samba tem parada
    • Água e azeite (com Estanislau Silva)
    • Na menina dos meus olhos (com Flora Mattos)
    • Lamento da lavadeira (com João Vieira Filho e Nilo Chagas)
    • Na casa de Antônio Jób (com Venâncio)
    • Nó molhado (com José Batista e Ivan Campos)
    • Morfeu (com Luiz Reis)
    • Segunda Lua-de-Mel (com Flora Mattos)
    • Fogo no morro (com José Batista)
    • Aula de samba francês
    • Mané João (com José Batista e Ivan Campos)
    • Retrato de Cabral (com Raul Marques)
    FONTE: WIKIPÉDIA


              DÓRIS  MONTEIRO




    Eu a conheci, de vista, apenas quando ela vinha visitar a mãe, que morava em minha cidade.Minha mãe gostava da voz dela, mas não comprava os seus discos,porque dizia que " não simpatizava com ela.
    Eu achava engraçado isso!
    Mas, naquela época, década de 60 ,eu admirava a voz de Dóris Monteiro e gostava de ouvi-la na rádio.





    Adelina Dóris Monteiro (Rio de Janeiro23 de outubro de 1934) é uma cantora e atriz brasileira.


    Em 1949 foi revelada como cantora no programa Papel Carbono, de  Renato Murce na  Rádio Nacional do Rio de Janeiro.
    Em 1951  ainda estudante do  Colégio Pedro II, foi convidada para cantar na rádio Guanabara.


     Na  Rádio Tupi ficou durante oito anos. Cantou na boate do Copacabana Palace Hotel. Fez sua primeira gravação Se você se importasse, em 78rpm. 
    No ano de 1952  foi eleita Rainha dos Cadetes, e neste mesmo  ano gravou Fecho meus olhos, vejo você, de José Maria de Abreu. 




     Seu primeiro longplay foi gravado no ano de 1954, pela gravadora Continental - Vento soprando .Nesse trabalho, grande destaque para as músicas  Graças a Deus (Fernando César) e Joga a rede no mar (Fernando César/ Nazareno de Brito).
     Foi uma das estrelas da TV Tupi, no ano de 1955, apresentando um programa que levava seu nome. No ano seguinte, 1956,  grava Mocinho Bonito, de Billy Blanco - uma das músicas mais marcantes do seu repertório. 


    Foi eleita Rainha do Radio em 1956 onde permaneceu com o titulo até o ano de 1958, quando foi substituída pela cantora Julie Joy.
    Em 1963 gravou o longplay  Gostoso é sambar, título, música de João Melo - músicas que fizeram sucesso O que eu gosto de você (Silvio César) e Olhou pra mim (Ed Lincoln/ Silvio César) - gravação Philips. Dóris Monteiro de 1964 com a música destaque Samba de verbo (Marcos e Paulo Sérgio Valle) - gravadora Philips.
    Em 1969 conquistou o país cantando Mudando de conversa, título do disco e música de ( Maurício Tapajós/ Hermínio Belo de Carvalho) esse hit ficou cerca de cinco meses nas paradas e foi recordista de vendas.
    Outra música que marcou foi Do-re-mi de  Fernando César - gravadora Odeon.
    No ano de 1970 grava um compacto simples Dóris Monteiro, a música que teve destaque foi Coqueiro verde Roberto e Erasmo Carlos). Durante os anos 70 gravou com com os cantores Miltinho e Lúcio Alves. 
    Entre 70 e 73, gravou quatro LPs ao lado do cantor Miltinho, intitulados "Doris, Miltinho e Charme". 


    A partir dos anos 80, passou restringir suas atuações ao palco, se apresentando ao lado do marido, o pianista Ricardo Júnior em shows por todo o Brasil.

    Nos anos 80 Dóris Monteiro volta a gravar. Dóris Monteiro - gravadora Copacabana. Essas Mulheres com Dóris,Elizeth Cardoso, Helena e Ângela Maria-  1986 - gravadora Continental.
    Samba Canção- da série Academia Brasileira de Música - músicas que se destacaram: Chove lá fora, de Tito Madi, Ronda de  Paulo Vanzolini e Manhã de carnaval ( Antonio Maria/ Luiz Bonfá).


    FILMES:
    No cinema, atuou no filme Agulha no palheiro de 1953, cantou a música com o mesmo nome; e foi premiada como atriz.
     Em 1954 participou de Rua sem Sol do produtor Alex Viany, como uma participação especial.
    Também atuou nos filmes: Tudo é música , de Luís de Barros. "De vento em popa" de Carlos Manga e "A Carrocinha" (este último ao lado de Mazzaropi ) em 1957.




    Turnês


    MUDANDO DE CONVERSA




    Mudando de conversa onde foi que ficou

    Aquela velha amizade

    Aquele papo furado todo fim de noite

    Num bar do Leblon



    Meu Deus do céu, que tempo bom!

    Tanto chopp gelado, confissões à bessa
    Meu Deus, quem diria que isso ia se acabar
    E acabava em samba
    Que é a melhor maneira de se conversar
    Mas tudo mudou, eu sinto tanta pena de não ser a mesma
    Perdi a vontade de tomar meu chopp, de escrever meu samba
    Me perdi de mim, não achei mais nada

    O que vou fazer?
    Mas eu queria tanto, precisava mesmo de abraçar você
    De dizer as coisas que se acumularam
    Que estão se perdendo sem explicação
    E sem mais razão e sem mais porque
    Mudando de conversa onde foi que ficou
    Aquela velha amizade
    Aquele papo furado todo fim de noite
    Num bar do Leblon

    Meu Deus do céu, que tempo bom!
    Tanto chopp gelado, confissões à bessa

    Meu Deus, quem diria que isso ia se acabar
    E acabava em samba
    Que é a melhor maneira de se conversar 

      
    DÓ-RÉ-MI

    Eu sou feliz, tendo você,sempre ao meu lado.
    E sonho sempre com você, mesmo acordado.
    Saiba,também, que só você
    mora no meu coração
    E é de você, é prá você essa canção.

    É de você que vem a minha inspiração
    Você é corpo e alma em fora de
    canção.
    Você é muito, mais do que,
    em sonhos eu já vi
    Você é Dó, é Ré-Mi-Fá
    É Sol- Lá- Si


    MOCINHO BONITO


    Mocinho bonito
    Perfeito improviso do falso granfino
    No corpo é atleta
    No crânio é menino
    Que além do ABC
    Nada mais aprendeu.

    Queimado de sol,
    Cabelo assanhado
    com muito cuidado
    Na pinta de conde
    Se esconde um coitado
    Um pobre farsante que a sorte esqueceu.
    Contando vantagem
    que mora de renda e vive
    em palácio
    Procura esquecer 
    um barraco no Estácio
    Lugar de origem

    Mocinho bonito
    que é falso malandro de Copacabana
    O mais que consegue é um " vintão" por semana
    Que a " mana" do peito
    jamais lhe negou!


    Fonte: WIKIPÉDIA

    http://www.radio.uol.com.br/#/letras-e-musicas/doris-monteiro/mocinho-bonito/339979
    que há pouco deixou.


                                           JULIE JOY

    Beatriz da Silva Araújo (Rio de Janeiro30 de setembro de 1930 - 12 de abril de 2011), mais conhecida pelo nome artístico de Julie Joy, foi uma cantora, atriz e apresentadora brasileira.


    Começou sua carreira em meados dos anos 50, interpretando canções em inglês. Gravou o primeiro disco pela Sinter, em 1956, com o fox Verão em Veneza (Incini e Ribeiro Filho) e o samba Finge gostar (Meira e Chico Anísio). Nessa época, tornou-se contratada na Rádio Nacional. Também se apresentava na TV Tupi.


    No ano seguinte, acompanhada de Britinho e sua orquestra, gravou o xote Amor é bom de dar (Bruno Marnet e Roberto Faissal) e a Valsa do primeiro filho (Ari Rabelo e Luiz de França). Naquele ano, passou a gravar pela Columbia, e lançou um disco com Renato de Oliveira & Orquestra, no qual cantou o beguine Sombras (Johnny Mercer e Lavello, versão de Arierpe) e bolero Tinha que ser (Fernando César).


    Em 1958, foi coroada Rainha do Rádio, sendo a última cantora a receber o título. Neste ano, participou de dois filmes: E o Bicho Não Deu.., produzido pela Herbert Richers, e O Camelô da Rua Larga, pela Cinedistri. Também lançou disco, com o bolero Podes voltar (Othon Russo e Nazareno de Brito) e a valsa E a chuva parou (Ribamar, Esdras Silva e Vitor Freire).


    Em 1960, acompanhada da orquestra e do coro de Bob Rose, gravou os fox Você não tem razão (Bartel, Burns e Magio) e Quero sonhar (J. Gluck Jr e F. Tobias), com versão de Renato Corte Real. Retirou-se da vida artística em fins dessa década.


    Foi casada com o compositor e músico João Roberto Kelly, com quem deixou duas filhas.



    Quantas mulheres  receberam lindas declarações de amor, tendo com música de fundo, a voz melodiosa do grande 







    Dick Farney, nome artístico de Farnésio Dutra e Silva (Rio de Janeiro14 de novembro de 1921 — 4 de agosto de 1987) foi um cantor, pianista  e compositor.


    Começou a tocar piano ainda na infância, quando aprendia música erudita com o pai,e enquanto a mãe lhe ensinava canto.


    Em 1937 estreou como cantor no programa Hora juvenil na rádio Cruzeiro do Sul do Rio de Janeiro, quando interpretou a canção Deep Purple composta por David Rose, foi levado por César Ladeira para a Rádio Mayrink Veiga, passando a apresentar o programa Dick Farney, a voz e o piano.


     O conjunto Os swing maníacos formado por Dick, tinha ao lado o irmão Cyll Farney, na bateria, acompanhou Edu da Gaita na gravação da música Canção da Índia, do compositor russo Nikolay Rimsky-Korsakov (1844-1908). De 1941 a 1944, era crooner da orquestra de Carlos Machado, no Cassino da Urca, no tempo em que o jogo era permitido no Brasil.


     Em 1946 foi convidado para ir para os Estados Unidos, depois do encontro com o arranjador Bill Hitchcock e o pianista Eddie Duchin, no Hotel Copacabana Palace. Entre 1947 e 1948 fez várias apresentações na rádio NBC, principalmente como cantor fixo no programa do comediante Milton Berle. Em 1948 apresentou-se com sucesso na boate carioca Vogue. No ano de 1959 era exibido o programa de TV - Dick Farney Show, na TV Record - Canal 7 de São Paulo1960 formou a Dick Farney e sua orquestra que animou muitos bailes. 1965 na recém-inaugurada TV Globo - Canal 4, Rio de Janeiro, apresentados por Betty Faria e Dick Farney, o programa de TV Dick e BettyGogô foi seu pianista acompanhador de 1977 a 1987.


    Foi proprietário das boates Farney´s e Farney´s Inn, ambas em São Paulo. Em 1971 formou um trio com Sabá (Contrabaixo) e Toninho Pinheiro(Bateria). 


    De 1973 a 1978 tocava piano e cantava na boate Chez Régine no Rio.



    Apresentou-se nas cidades norte-americanas de HollywoodChicago e San Francisco, em Nova Iorque (Waldorf Astoria Hotel e Shell Burn Hotel),nos países ArgentinaUruguaiCubaRepública DominicanaPorto Rico e ilhas do Caribe.

    ALGUÉM COMO TU

    Alguém como tu,
    Assim como tu, 
    Eu preciso encontrar.
    Alguém sempre meu
    De olhar como o teu,
    Que me faça sonhar.
    Amores eu sei,
    Na vida eu achei e perdi.
    Mas nunca ninguém desejei
    Como desejo a ti.
    Se tudo acabou
    Se o amor já passou
    Há de um sonho ficar
    Sozinho estarei
    E alguém eu irei procurar.
    Eu sei que outro amor posso ter
    E um novo romance viver
    Mas sei que também
    Assim como tu
    mais ninguém
    Assim como tu
    Mais ninguém!


    ESSE SEU OLHAR

    Esse seu olhar
    Quando encontra o meu
    Fala de umas coisas que não
    posso acreditar

    Doce é sonhar
    é pensar que você
    Gosta de mim
    Como eu de você

    Mas a ilusão
    Quando se desfaz
    Dói no coração de quem
    Sonhou, sonhou demais
    Ah, se eu pudesse entender
    O que dizem os seus olhos!




    MORRE NELSON  NED





    O cantor e compositor Nelson Ned morreu na manhã de 05 de janeiro de 2014, aos 66 anos, no Hospital Regional de Cotia, em São Paulo. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do local por volta das 12h.


    "Nelson  Ned faleceu no início desta manhã em decorrência das complicações de seu quadro clínico. Ele já chegou ao hospital em estado grave, com uma pneumonia. Os médicos iniciaram o tratamento, mas ele não respondeu e acabou indo a óbito", declarou a representante da instituição.

    Nelson Ned nasceu em Ubá, em Minas Gerais, em 2 de março de 1947. 
     Seu nome completo era Nelson d'Avila Pinto.


    Nos anos 60, iniciou carreira e gravou discos que repercutiram, inclusive, na América Latina. 








    Seu maior sucesso é a canção "Tudo Passará", de 1969. Essa música teve mais de 40 regravações. 

    Em 1996, Ned lançou a biografia "O Pequeno Gigante da Canção", referência à sua condição de anão. Ele media 1,12 m de altura e  foi personagens de uma das mais trágicas carreiras do show business brasileiro.




    Anão de pouco mais de um metro de altura, ele chamou atenção pela potência da voz e a personalidade forte. Estourou com Meu camarim, um megahit na América Latina (tinha legião de fãs no Chile, México e Cuba, principalmente nestes países), e depois com Domingo à tarde, e sedimentou a fama com Tudo passará.  


    Seu estilo que se alinhava no modelo romântico italiano. com um tempero do bolerão cubano, frequentou as paradas do país, ao lado de Antônio Marcos, Cláudio Fontana, Marcus Pitter, e outros astros do começo da década de 70.  Fez shows, com casa lotada, para hispânicos, no Carnegie Hall e Madison Square Garden, em Nova Iorque.
    Nos anos 80, começou a sentir na pele o determinismo dos seus versos em Tudo passará. Tudo passou rapidamente. Sucesso, dinheiro, carrões, mulheres lindas. Menos o hábito da cocaína, alimentado por anos, e de que só conseguiu se livrar em 1993.




    Dez anos mais tarde sofreu um AVC. Passou a viver sob os cuidados de uma irmã. Os poucos bens que ainda possuía estão sendo disputados por filhos e uma ex-mulher. No final da vida o amigo Agnaldo Timotéo foi seu anjo da guarda, colocando-o no abrigo onde morava, e contendo a fúria dos credores.

    Deixou uma discografia de cerca de 40 títulos, e vendeu estimados 45 milhões de discos, mas o pouco dinheiro que ganhava vinha de discos evangélicos, que gravou no final da carreira quando se converteu.



    O artista sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) em 2003. 
    Como consequência do AVC, perdeu a visão de um olho e precisou se locomover com a ajuda de uma cadeira de rodas, além de enfrentar diabetes, que
    lhe causou cegueira, hipertensão arterial além de mal de Alzheimer, diagnosticado em sua fase inicial.


    No programa Nada Além da Verdade, de Silvio Santos, em 2008, Nelson Ned fez mais revelações. A máquina da verdade, ele admitiu que, “infelizmente”, seu filho o odeia e que já usou drogas com pessoas famosas.


    Nelson foi casado duas vezes e teve três filhos, Nelson Junior, Monalisa e Verônica. 

    Os três possuem a alteração genética que fez Ned ter a baixa estatura, a displasia espondiloepifisária.



     A Música Popular Brasileira teve grandes intérpretes no passado e que fizeram história. Muitos, ao participarem de programas de calouros foram desencorajados a insistirem na carreira tão sonhada. Mas, não desistiram do sonho de serem cantores, correram atrás, lutaram muito e saíram-se todos vencedores.



     DOLORES  DURAN


    Adiléia Silva da Rocha, conhecida como Dolores Duran, foi uma notável cantora e compositora brasileira.



    Nasceu na cidade do Rio de Janeiro em  07 de junho de 1930 e morreu, na mesma cidade, em  24 de outubro de 1959.
    Nasceu em uma vila na rua do Propósito, no bairro da Saúde, centro do Rio de Janeiro, onde morou por alguns anos. Teve uma infância pobre e não conheceu o pai biológico. Mudou-se para um cortiço no bairro da Piedade,, subúrbio carioca, com a mãe, o padrasto e as meia-irmãs Denise, Solange e Leila.


     Desde criança gostava de cantar e sonhava em ser cantora famosa. Aos oito anos de idade contrai a febre reumática, que quase a levou à morte, e que deixou como sequela um sopro  cardíaco  gravíssimo.



    Aos doze anos de idade, influenciada pelos amigos, resolve, com a permissão da mãe, inscrever-se num concurso de cantores. Surpreendentemente, ela cantou muito bem, como uma profissional e conquistou o primeiro prêmio no programa Calouros em Desfile, do grande Ary Barroso.. As apresentações no programa tornaram-se frequentes, fixando-a na carreira artística.



    Quando Adiléia tinha doze anos, teve que abandonar os estudos, parando no ensino primário, para ajudar a mãe com despesas de casa. Arranja um emprego e passa a trabalhar como atriz nas rádios Cruzeiro do Sul, nos programas da Tupi e no teatro, além de cantar em programas de TV, mas todos esses empregos eram temporários, o que não garantia dinheiro certo.



    Adiléia tenta terminar os estudos, ingressando no ginásio, pagando uma escola, mas como o dinheiro era pouco e as mensalidades da escola estavam atrasadas, ela é expulsa do colégio. Como ela tinha que se dedicar muito a música e ao teatro, ela decide de vez parar de estudar. Sua mãe não gosta desta atitude e mesmo após brigas, a mãe, a contra gosto, tenta aceitar a vocação de cantora da filha, já que a mãe dizia que artistas também estudavam e que a fama acaba um dia. Adiléia tinha uma personalidade muito forte e não levava desaforos para casa, respondia a quem quer que fosse, sabia se defender bem.



    No final dos anos 40, ela conhece um casal rico e influente: Lauro e Heloísa Pais de Andrade, que já a tinham ouvido cantar. Eles passam a ajudá-la a se tornar realmente uma cantora e a levam em diversos lugares chiques e reconhecidos, frequentado por famosos. Lauro passa a chamá-la de Dolores Duran, por ser um nome fino na época. Este nome é espanhol e dramático que significa Dores. Ele é muito forte e traz uma carga de dor e sofrimento intenso, e o sobrenome Duran, que quer dizer durante, sempre, intensifica ainda mais, como se não tivesse fim essa dor.

    Sem nunca ter estudado línguas, aprendeu sozinha a cantar em inglês, francês, italiano, espanhol e até em esperanto. A grande Ella Fitzgerald, nos anos de 1950, durante sua passagem pela bela cidade do Rio de Janeiro,  foi à boate Baccarat especialmente para ouvir Dolores e entusiasmou-se com a interpretação de Dolores para My Funny Valentine - a melhor que já ouvira, declarou Fitzgerald.



    O jornalista Antônio Maria foi um dos melhores amigos da cantora, e escrevia publicações sobre ela.
    Suas músicas se tornaram estrondoso sucesso.


     Eram dramáticas, belas e românticas, e expressavam os sentimentos mais puros de um coração. Prova disso é que Antônio Maria publicou: "Dolores Duran falou de sentimentos como ninguém, em todas as línguas. Seu idioma era o amor!"
    Cantava em diversas boates no boêmio e encantador Rio de Janeiro daquela época. Sua fama se espalhou e foi contratada pela Rádio Nacional, uma das várias rádios cariocas que reuniam artistas do país inteiro, e que na época só escolhia os melhores cantores. Era a rádio mais disputada. Qualquer artista brasileiro, para fazer sucesso, tinha que vir ao Rio de Janeiro, capital política e cultural do Brasil, para se lançar.
    Ela jamais estudou canto e música, mas sua voz não precisava de correção através de aulas. Parecia mesmo que ela tinha nascido para cantar. Nessa época seu padrasto morre e sua família enfrenta grandes dificuldades.

    Passou a cantar músicas internacionais no programa Pescando Estrelas, onde só havia cantoras jovens e conceituadas. Lá ela conhece e se torna melhor amiga da cantora da importante Rádio Guanabara e da famosa Rádio Nacional, Julie Joy.
    Teve muitos namorados. O primeiro que teve foi um garçom da boate Vogue. O apelido dele era Serra Negra. O namorou por alguns poucos meses. Ele pediu para voltar, mas como ela era mulher de uma palavra só, não voltou. Viu que não deu certo na primeira vez, na segunda sairiam brigas novamente.
    Depois dele, namorou por seis meses o compositor Billy Blanco, de quem também gravou canções, já que ele escrevia várias letras. Nessa época compôs junto com Tom Jobim o samba O negócio é amar, que fez grande sucesso. Nara Leão interpretou a canção. Nesse período já estava famosa, distribuía autógrafos pela rua, onde ia a entrevistavam e tiravam fotos suas. Gostava de futebol e frequentava o famoso estádio do Maracanã, onde assistiu à Copa de 1950. Também ia muito nas maravilhosas praias cariocas e nos badalados cinemas.
    década de 1950 se iniciou marcante para Dolores, que passou a cantar nas sofisticadas boates do famosíssimo Hotel Glória.

    Em 1951, conhece um músico do Acre, tocador de acordeão, chamado João Donato. Eles se encontravam em frente ao Hotel Glória todas as noites. Dolores, João e Julie eram grandes amigos, sempre saíam juntos e passeavam, também com outros colegas. Só não se casaram devido à oposição da família do rapaz e do preconceito da sociedade. Donato tinha 17 anos, enquanto Dolores tinha 21 e uma mulher mais velha não era bem vista com um homem mais novo. Ela lutou muito para tê-lo ao seu lado, mas ele preferiu ouvir sua família. O namoro chegou ao fim quando Donato foi morar no México. Donato e Dolores não agüentavam mais brigas e cobranças de suas famílias. Isso a fez sofrer, mas ela superou e seu sucesso na música aumentou.

    A estreia de Dolores em disco foi em 1952, chamado Músicas para o Carnaval, gravando dois sambas para o Carnaval do ano seguinte: Que bom será (Alice Chaves, Salvador Miceli e Paulo Márquez) e Já não interessa (Domício Costa e Roberto Faissal). Em 1953, gravou Outono (Billy Blanco ), e Lama (Paulo Marquez e Alice Chaves). Dois anos depois, vieram as canções Canção da volta (Antônio Maria e Ismael Neto), Bom querer bem (Fernando Lobo), Praça Mauá (Billy Blanco) e Carioca (Antônio Maria e Ismael Neto).

    Muitas vezes, nas madrugadas, ela criava suas letras na mesa dos bares, bebendo e fumando, ouvindo canções de bolero, salsa, choro e samba. Inspirava-se em seus casos amorosos e na sua vida em geral, suas alegrias, tristezas, dores, anseios e mágoas, para compor suas inesquecíveis letras.
    Em 1955 foi vítima de um infarto, tendo passado trinta dias internada no Hospital Miguel Couto. Dolores resolveu não seguir as restrições que os médicos lhe determinaram, agravando os problemas cardíacos que trazia desde a infância, problemas que só se agravaram com o tempo, pois abusava do cigarro (fumava mais de três carteiras por dia) e da bebida, principalmente vodca e o uísque. Com isso, a depressão passou a marcar sua vida. Mesmo famosa e amada por milhares de fãs, se sentia triste, um vazio lhe tomava conta e com isso, buscava refúgio na bebida e no cigarro.



    Nesse mesmo ano, conheceu o cantor e compositor Macedo Neto, de quem gravou diversos sambas. Os dois se conheceram nos estúdios da gravadora Copacabana e rapidamente foram morar juntos. Antes de se casarem no papel, porém, Dolores engravidou dele e passou por uma gravidez tubária (gravidez de alto risco que acarreta esterilidade materna e perda do feto), interrompendo seu sonho de ser mãe, o que arruinou sua vida e a levou a piorar mais ainda com o  vício em cigarro e bebidas.



    Um fato que a marcou foi que após ter perdido seu filho, ter entrado em depressão e resolvido se casar oficialmente com Macedo, ele proibiu sua mãe de comparecer ao casamento deles, por a mãe dela ser negra, fato que a deixou perplexa e enfurecida. A única que foi ao seu casamento foi a irmã Denise, pois sua mãe e suas outras irmãs não conseguiram ir por tamanha ofensa. Dolores só se casou para não se sentir tão só, pois nunca perdoou o marido por não ter deixado sua mãe ir ao seu casamento.
    Em 1958, após muitas discussões e brigas violentas, desquitou-se de Macedo Neto e passou meses na Europa cantando e se apresentando com seu conjunto musical, fazendo muito sucesso. Lá encontrou e viveu novos e intensos amores.
    Em 1956, fez sucesso com a canção Filha de Chico Brito, composta por Chico Anysio. No ano seguinte, um jovem compositor apresentou a Dolores uma composição dele e de Vinícius de Moraes. Tratava-se de Antônio Carlos Jobim em início da carreira. Em três minutos, Dolores pegou um lápis e compôs a letra da canção "Por Causa de Você". Vinícius ficou encantado com a letra e gentilmente cedeu o espaço a Dolores. Foi revelado, a partir daí, o talento de Dolores para a composição e grandes sucessos, como Estrada do SolIdeias ErradasMinha Toada e A Noite do Meu Bem, entre outros.



    Cantou no Uruguai, na União Soviética e na China, na companhia de músicos brasileiros, mas, por desentendimento dela com o grupo, Dolores muda de planos e realiza seu grande sonho, viajando da China sozinha para Paris. Ficou um bom tempo passeando e conhecendo as maravilhas da cidade-luz, a bela e encantadora Paris.
    De volta ao Brasil algum tempo depois, pegou para criar uma recém-nascida, pobre e negra, a quem deu nome de Maria Fernanda da Rocha Macedo, que foi registrada por Macedo Neto, mesmo estando ele separado de Dolores e a menina não ter com ele qualquer parentesco. A mãe biológica de Maria Fernanda era viúva e havia falecido após o parto pois não aguentou a emoção de ter perdido o marido, padrasto da menina, que foi uma das vítimas da pior tragédia em trens suburbanos do Rio de Janeiro. A bebê iria ficar com a empregada de Dolores, amiga da mãe da criança, mas por ela ser muito pobre, acabou entregando a bebê para Dolores, que se encantou perdidamente pela criança e deu todo amor e carinho possíveis. Passeava com a menina e lhe deu tudo de bom que o dinheiro e o amor podiam proporcionar.



    A partir daí, durante os dois últimos anos de vida, compôs algumas das mais marcantes canções da MPB, como Castigo e Olha o Tempo Passando, entre tantas outras.



    Na madrugada de  23 de outubro de 1959 depois de um show na boate Little Club, a cantora saiu com seu último namorado, chamado Nonato Pinheiro e com seus amigos para uma festa no requintado Clube da Aeronáutica. Ao sair da festa, resolveram fechar a noite bebendo e ouvindo canções no Kit Club. A cantora chegou em casa às sete da manhã do dia 24. Brincou e beijou muito a filha, já com três anos, na banheira. Em seguida, passou os últimos cuidados à empregada Rita: "Não me acorde. Estou cansada. Vou dormir até morrer", disse brincando. No quarto, sofreu um infarto  fulminante - que, à época, foi associado a uma dose excessiva de  barbitúricos, cigarros e álcool.



    Encontra-se sepultada no Cemitério do Caju no Rio de Janeiro.    
    A morte prematura de Dolores Duran, aos 29 anos, interrompeu uma trajetória vivida intensamente. A amiga Marisa Gata Mansa levou os últimos versos de Dolores para Ribamar musicá-los.
    Carlos Lyra fez o mesmo sobre os versos inéditos. O ex-marido criou a filha adotiva deles.


    Em apenas oito anos de vida artística, teve  intensa atuação em rádios, boates, discos, televisão.

    E apenas oito anos de vida artística, encantou o coração de muitos e muitos fãs.


    ANTONIO ALMEIDA


    Compositor brasileiro, nascido no Rio de Janeiro no ano de 1911 e morreu no ano de 1985.
    Autor de muitos sucessos carnavalescos, como Helena,Helena, em parceria com Secundino Silva ( 1941), A Mulata é a Tal, com João de Barro, 1948.
    Possui mais de 300 composições gravadas.
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